Fanfic: - A marca de uma lágriima

‘Senhores passageiros, apertem seus cintos, a aeronave vai pousar em, cinco, quatro, três, dois, um’ Anunciou a aeromoça pelo microfone.

Talvez eu estivesse exagerando, mas aquela noticia foi a pior da minha vida. Eu encarei mamãe que sorria de forma encorajadora, seus calmos olhos azuis me olhavam de forma calma e compreensiva, eu revirei os olhos e voltei minha atenção á janela.

Nós duas morávamos juntas em Seattle-Washington, mas mamãe foi transferida para um hospital no Texas, é obvio que eu não concordei.

Toda minha vida vivi em Seattle e agora de uma hora pra outra, muda tudo, meus amigos, minha casa, minha escola, enfim TUDO!
Minha vida nunca foi um ‘mar de rosas’, ao contrario, minha mãe dava duro pra me sustentar. Meu pai? Nem seu nome sabia.

Minha mãe nunca falou absolutamente nada dele, quando criança perguntava constantemente dele, e ela sempre me vinha com outro assunto. Agora já nem pergunto, nunca fiquei fazendo pressão pra ela me contar algo sobre ele, eu entendia seu lado, se ela não falava era porque doía ou eu não deveria saber. Eu não podia jugá-lo, se nos deixou com certeza teria um motivo, seja ele bom ou ruim.

Ela já havia providenciado a casa onde iríamos ficar.

Fomos de táxi ate a pequena casa, não era muito grande, mas era aconchegante e confortável, os olhos dela brilhavam, era uma boa oportunidade, claro que a nossa vida não estaria resolvida mas iria resolver grande parte do nossos problemas.

‘O que acha?’ Ela perguntou entregando o dinheiro ao taxista.

‘Não acho!’ Eu disse indiferente.

‘Oh vamos filha, não torne isso mais difícil!Nao foi fácil pra mim tambem, porque não tenta entender o meu lado?’ Ela me encarou, seus olhos pedindo piedade.

‘Tanto faz!’ Eu fui rude demais, eu não ia agüentar ficar nesse joguinho por muito tempo, eu sei, eu sou fraca.

‘Oh por Deus, eu lhe imploro!’ Ela falou seria.

‘Certo! Eu já entendi, mas não pense que estou gostando, pois não estou!’Eu quase deixei o jogo e voltei para abraçá-la. Eu entrei na casa e a deixei lá, imóvel. A casa era bonita, as paredes perfeitamente pintadas num tom ‘areia’, o carpete de madeira lembra aqueles filmes que vemos constantemente, eu gostei. Fui direto a meu futuro quarto.

Era maior que o antigo. Tinha uma enorme janela na parede principal, a vista era incrível, o bairro parecia ser de classe media, casas grandes e bonitas, com jardins repletos de flores de variados tipos, alguns tinham até piscina, as águas translúcidas, claras como um cristal.

 ‘Iza.’ Ela chamou abrindo a porta sem ao menos bater.

‘Que?’ Eu perguntei.