Fanfics Brasil - 1 Keep Calm and You`re a Wizard

Fanfic: Keep Calm and You`re a Wizard | Tema: Harry Potter e One Direction


Capítulo: 1

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Eram 11h quando fui finalmente descansar depois de ter dado uma geral no meu quarto – mas, aquela geral mesmo, quando arruma guarda roupa, sapatos e tudo o mais. Tinha tomado banho e estava sentada na sala, conversando com a minha mãe, quando uma carta entra pela janela. Peguei-a e vi a quem era endereçada: a mim.


  - É uma carta para mim – falei.


  - Sério! ? E é de onde?


  - Da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts... Hein?


  - O QUE? DEIXA EU VER ISSO!


  Entreguei a carta e, assim como ela, estava sem reação! Como, mas COMO, eu recebo uma carta de uma escola de magia e bruxaria? Não tenho nenhum poder, sou toda atrapalhada, como poderei cursar isso? É impossível, isso não está acontecendo. Para ajudar, a carta estava escrita em inglês, ou seja, teria de mudar para fora do país para estudar. Isso até me parecia uma ótima ideia, mas, tenho apenas 11 anos. Olhei para a minha mãe, que lia a carta com cara de abismada. Entregando a mim, a li e, junto, veio uma lista com todo o material necessário. Ainda bem que faço inglês desde os 4 anos, então, para mim foi fácil.


  - Você se inscreveu em alguma coisa sem que eu saiba? – perguntou ela, desconfiada.


  - Não, você sabe que tudo que faço lhe conto, principalmente se tivesse me inscrito em alguma coisa de magia. Teria pedido sua permissão antes, concorda?


  - Pensando por esse lado... Mas, e agora? Você tem sua escola aqui, tem sua vida aqui. Pelo que percebi, a escola é estrangeira. Como vai se virar, tem apenas 11 anos!


  - Bem, não sei, mas, acho que tenho uma solução. Vou escrever para essa tal de Profª McGonagall perguntando sobre essas coisas e como ela pode me ajudar.


  Sentei na mesa pensando no que iria escrever. Depois de muito pensar, tinha a carta na cabeça e coloquei as ideias no papel. A carta ficou assim:


  Cara Profª McGonagall,


  Recebi sua carta da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts! Estou muito agradecida, obrigada pelo convite, porém, tenho alguns problemas, e gostaria que me ajudasse a resolvê-los. Como sabe, moro no Brasil, e, se fosse estudar na sua escola, teria de mudar daqui, e tenho apenas 11 anos ( minha mãe ficou um pouco preocupada, e confesso que também fiquei ); outro problema é que tenho minha escola, acho que não poderei abandoná-la no meio do ano, já que as aulas aí começam dia 1º de setembro. O material só é encontrado, creio eu, em alguma loja que exista aí, porque nunca os vi aqui.


  Bom, desculpe pelo transtorno, agradeceria se pudesse me ajudar.


Atenciosamente,


Hariel


  - Pronto, acabei a carta, veja se ficou boa.


  - Sim, ficou. Mas, e para enviá-la?


  - Não sei, peraí.


  Logo que a carta entrou em casa, escutei um pio de coruja. Fui até a varanda e vi uma encarrapitada em cima do portão. Era grande com o corpo cheio de pintinhas de um marrom mais claro, olhos grandes amarelos.


  - Foi você que trouxe essa carta até aqui né?


  Como se entendesse, grunhiu, e percebi que isso foi um sim.


  - Ótimo, então, fará um favor a mim. Leve esta carta até a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e entregue essa carta a Profª McGonagall, certo? Agora, como vai levar, não tem nenhuma bolsinha.


  Como a carta estava perto dela, ela esticou o pescoço e pegou a carta da minha mão. Fiz carinho no topo da sua cabeça, como forma de agradecimento.


  - Agora vá, e faça boa viagem!


  Entrei em casa, e percebi que minha mãe viu tudo pela janela. Olhou para mim com olhos arregalados.


  - Você entregou sua carta para uma coruja?


  - Sim. Quando a carta da escola entrou pela janela, escutei o pio dela, e outra, ela compreende nós, humanos.


  - Como os cachorros e gatos?


  - Sim!


  Peguei a carta da escola e a guardei na escrivaninha, como todo o cuidado. Ainda estava exasperada pelo acontecimento. O que posso fazer agora, é esperar a carta dela chegar.


  Uma semana depois...


  Estava eu na sala assistindo TV quando outra carta entra pela janela. Escutei novamente o pio da coruja e, olhando pela janela, vi que era a mesma. Minha mãe olhava ansiosamente para mim. Abri e li a carta.


  Cara Hariel,


  Quanto a se mudar, não tem nenhum problema, pois nossa escola é internato. Aqui terá abrigo, comida, segurança; ou seja, tudo que precisa para se viver bem. O material como você já deduziu, só é encontrado aqui, portanto, quando estiver faltando uma semana para as aulas começarem, enviaremos alguém para que lhe auxilie nas compras. Quanto a sua escola, já entramos em contato com ela e ficamos sabendo que consegue desfazer a matrícula. Estamos esperando a senhorita com muita ansiedade.


Atenciosamente,


Prof


 ª McGonagall


  Minha mãe leu a carta e me olhou decisiva.


  - Você quer ir estudar lá?


  - Eu pensei muito e sim, eu quero estudar lá, mesmo que eu sinta saudades, mas, eu sinto que isso será bom para mim.


  - Bom, então, depois vamos resolver as coisas dessa sua nova escola, ok?


  - Ok!


  Fui até a coruja que me trouxe a carta.


  - Oi menina, tudo bem? Como foi a viagem de ida e volta? Creio eu que cansativa, não? Afinal, você teve que atravessar vários países até chegar aqui. Bom, escrevi esse papelzinho aqui a um tempo, antes mesmo de receber a resposta. Quero que o entregue para a mesma pessoa, ok? Agora, vá! – fazia carinho enquanto dizia isso para ela, até levantar voô.


  Aquele dia pude sentir que era o mais feliz da minha vida! Iria começar uma nova vida, novos amigos,encontraria novas pessoas, morar em outro lugar! Estava super anciosa para começar o ano letivo na minha nova escola.


  Algum tempo depois...


  Bom, faltam exatamente uma semana para que as aulas comecem na minha nova escola. Segundo McGonagall, uma pessoa viria aqui em casa e me auxiliaria na compra do que eu precisasse. Imagine que nem estou anciosa, né? Estava eu lendo um livro qualquer quando escuto chamarem meu nome; a voz era masculina.


  - Hariel!


  Vou até a janela para ver quem me chama, confesso que fiquei bem assustada! O homem era muito grande, parecia até um gigante. Tinha barba e cabelos engrenhados, parecendo palha de aço.


  - Oi, como vai? – falei.


  - Você é a Hariel, não?


  - Sim, claro! E você, é quem?


  - Ah, desculpe não ter me apresentado. Sou Hagrid, fui enviado até aqui pela Profª McGonagall para lhe ajudar a comprar o material escolar e tudo o que precisa! – disse ele, sorrindo.


  - Ah sim, claro Hagrid. Volto um momento, vou só chamar minha mãe.


  Sai em disparada até o quarto dela.


  - Mamãe, a pessoa que a McGonagall mandou para me ajudar está aqui, vamos lá!


  Quando minha mãe viu Hagrid, quase teve um ataque. Ela ficou tensa, dura.


  - Ah, olá, como vai a senhora? – disse Hagrid, todo simpático, sorrindo.


  - Vou bem, e o senhor?


  - Bem, obrigado. Muito prazer, sou Hagrid, vim ajudar sua filha com a compra do material escolar para Hogwarts!


  - Ah... Prazer Hagrid! Bem, o que ela tem que levar?


  - A lista de compras que veio junto com a carta que ela recebeu.


  - Mas, e dinheiro?


  - Nós, bruxos, temos dinheiro diferente do de vocês, trouxas. Antes que a senhora se sinta ofendida: trouxas são as pessoas que não conhecem magia e nem a estudam.


  - Ok. Vá lá pegar sua lista de compras filha e se troque também. Ah, por acaso Hagrid, lá está frio?


  - Sim, mas nada que chegue ao frio do inverno, nada que uma calça e uma blusa não resolvam.


  Fui para o meu quarto, separei a carta, e me troquei. Como não sabia o que colocar, fui assim:


  http://www.polyvore.com/hariel_hogwarts/set?id=107922103


  Mamãe e Hagrid conversavam animadamente.


  - Está pronta? – perguntou ele.


  - Sim, claro!


  - A propósito, a senhora não precisa se preocupar, cuidarei bem dela e não nos espere para o jantar. As compras irão demorar um pouco.


  - Ah, tudo bem, mas ela não terá que viajar?


  - Sim, claro, mas, nós, bruxos, temos um sistema rápido para viajens.


  - Tudo bem então. Divirtam-se.


  Dei um abraço bem forte na minha mãe e fui fazer minhas compras. Tinham certas coisas que me intrigavam.


  - Hagrid, eu moro numa cidade no fim do mundo do Brasil, como vou viajar rapidamente se, no mínimo, temos que ir de avião?


  - Bom, agora que é uma bruxa, tem que saber de certas coisas. Uma delas é que, um método que dura certos segundo para viajar de um lugar a outro, é se aparatando! Mas, você só pode fazer isso sozinha quando tiver 17 anos, que é quando um bruxo atinge a maioridade. Isso deve ser feito sem que os trouxas nos vejam, pois eles não sabem que existimos.


  - Hum... E onde poderemos fazer isso?


  - Aqui mesmo.


  Paramos em um local abandonado, parecido com um campo a céu aberto. “Mas, as pessoas não nos verão?”


  - Segure minha mão e não a solte, ok?


  - Ok!


  A minha mão na do Hagrid parecia uma formiguinha. Senti uma sensação horrível, parecia que meus órgãos iam sair pela boca, fiquei zonza, tudo ficou escuro até que, do nada, paramos em frente a uma parede.


  - Uau, é bem rápido mesmo. Onde estamos?


  - Inglaterra, mais precisamente, Londres!


  Tá, ok, agora é hora de pirar! Eu tenho fascínio por Londres!


  - Hum... Mas, porque estamos parados em frente a uma parede?


  Para responder, Hagrid pegou tipo uma sanfona, não sei explicar o que era aquilo, bateu com ela em alguns pontos da parede e, do nada, os tijolos começaram a se mexer, até ficar uma entrada redonda.


  - Bem-vinda ao Beco Diagonal. Aqui, irá encontrar tudo o que precisa.


  Fiquei abismada com tudo aquilo. Era gente pra cá, gente pra lá, corujas piando, ratos correndo, gatos pulando, uma loucura...


  - Vamos as compras?


  - Ah, claro! Mas e dinheiro?


  - Vamos ao Gringotes. Lá é o banco bruxo. Diria que é o local mais seguro, depois de Hogwarts!


  - Mas quem colocou dinheiro lá? Eu não tenho ninguém conhecido no mundo bruxo, então, como vou ter dinheiro?


  - No caminho te explico.


  Fomos andando e eu admirava cada lugar. Gringotes era um banco enorme, lindo, todo feito com mármore branco e lustres de primeira qualidade, pelo que se via. Na entrada, tinha um corredor com duendes dos dois lados, trabalhando com balanças, moedas, papéis – que eram diferentes do que eu conhecia – penas... “Penas, mas, pra que? Eles escrevem com isso? Eles não conhecem caneta não?”


  Chegamos até um duende que escrevia lentamente no papel desconhecido.


  - Com licença, vim buscar dinheiro para a senhorita Hariel – disse Hagrid.


  O duende me olhou com cara feia, analisando cada detalhe.


  - A sua varinha, senhorita Hariel – disse ele.


  - Me desculpe, mas não tenho varinha. Vou começar esse ano em Hogwarts.


  - Ah sim, claro. Sigam ele – e apontou para outro duende, que estava em pé nos esperando.


  Ok, o caminha até o meu cofre foi meu turbulento. Sobe, desce, da pirueta, roda... Até que, finalmente, chegamos.


  - Cofre 777! – disse o duende.


  Descemos e fomos até a porta, onde o mesmo abriu o cofre. Não acreditava no que via! Montes e mais montes de moedas de ouro, e outros montes menores com outros dois tipos de moeda, objetos que nunca vi na vida, como taças, colares, pedras preciosas, e até mesmo espadas!


  - Mas, mas o que é isso? – perguntei.


  - Bom, essa é sua riqueza aqui no mundo bruxo. Tome, pegue essa bolsinha e coloque uma boa quantidade de moedas.


  - Qual?


  - Essas de ouro, são as que valem mais!


  Enchi quase que toda a bolsinha com as moedas e, rapidamente, saímos de lá.


  Bom, compramos um monte de coisas: livros, vestes, varinha, tudo, tudo o que eu precisava. Bom, nem tudo, faltava um animal. Dentre as opções, escolhi uma coruja!


  - Hagrid, onde encontro uma loja com corujas?


  - Vou lhe mostrar.


  Quando entramos na loja, fiquei encantada. Várias corujas, de todos os tipos, cores, espécies, tamanhos. Fiquei procurando uma que encantasse, até achar uma inteira branca, sem pinta nenhuma. Seus olhos eram acinzentados e, chegando perto da pupila, eram brancos!


  - Bela escolha senhorita, essa coruja é uma das mais raras que existem. É difícil ela ir com alguém. Pelo visto, é muito especial a vossa pessoa – disse o dono da loja.


  - Obrigada. Mas, porque é difícil ela ir com alguém?


  - Várias pessoas já a quiseram, mas, quando a chamava, ela não vinha. Quando a comprei, seu antigo dono me contou que ela só iria para alguém que tivesse algum dom especial, algo especial.


  - Hum... Fico agradecida por ela ter me escolhido então.


  O senhor Lewis – o dono da loja – foi colocá-la em uma gaiola, mas ela se recusou. Voou direto para o meu ombro, e não queria que a tirassem de lá. “Será que ela compreenderá o que eu falar, igual aquela outra que levou a carta para mim?”


  - Kiyo, você tem que entrar na gaiola, pois vou embora e não posso chegar em casa com você nos meus ombros. Não moro em um lugar bruxo, sou uma trouxa. Você não vai se machucar, ninguém vai te machucar, cuidarei muito bem de você. Olhe, até comprei comida e tudo o que você precisa.


  Kiyo piou baixinho e, colocando ela no meu braço esquerdo, coloquei-a na gaiola. Todos que estavam na loja me olharam perplexos.


  - É, você realmente tem algo especial, principalmente com animais! Eles te compreendem com muita facilidade, e olhe que tenho muito fardo nas costas e nunca, nunca vi nada igual! – disse Lewis. Todos que estavam na loja concordaram com ele.


  - Bom, acho que isso descobrirei com o tempo. Obrigada senhor Lewis!


  - Não há de que, e volte sempre para me contar sobre ela.


  - Pode deixar, voltarei sim.


  Saímos da loja e, como já havia acabado de comprar as coisas e estava realmente faminta, comecei a procurar algum restaurante.


  - O que está procurando? – perguntou Hagrid.


  - Algum restaurante, estou faminta!


  - Ah, vamos no Três Vassouras. Lá a comida é ótima, e o atendimento é dos melhores.


  Chegando no tal Três Vassouras, fui procurar uma mesa enquanto Hagrid fazia o pedido, não tinha ideia do que pedia. Depois de uns dez minutos depois, uma senhora trouxe duas garrafas e mais alguma coisa. Olhando na embalagem, vi que era uma tal de cerveja amanteigada. Tenho que admitir: era muuuito bom.


  Saciados até sair pelos olhos, saímos do restaurante e resolvemos que era hora de ir embora. Fomos até o local onde chegamos por meio daquele negócio que esqueci o nome, fizemos a mesma coisa e, em poucos instantes, cheguei em casa.


  - Mamãe, cheguei! Pode me ajudar aqui?


  Ela saiu toda animada e ficou admirada com o tanto de coisas que voltei nas mãos – principalmente com a coruja.


  - Bom, já vou embora.


  - Ok Hagrid, e você vem quando me buscar?


  - Dia 1º de setembro as oito da manhã. Deixe seu malão pronto, tudo arrumado e organizado, ok?


  - Ok, estarei te esperando, tchau!


  Indo até o meu quarto com as coisas, minha mãe não parava de fazer perguntas. A primeira pergunta foi em relação a coruja, daí começou a fuçar nas minhas coisas, quando abriu a caixa da varinha e a pegou na mão, senti um leve desespero.


  - Por favor, tenha muito cuidado com isso. Me dê ela aqui, junto com a caixa – a guardei com todo o cuidado possível.


  - Porque me mandou ter cuidado?


  - Nós, bruxos, não podemos fazer magias na frente dos trouxas. Se fizermos isso, vamos enfrentar um julgamento do Ministério da Magia e corremos o risco de sermos presos em Askaban. Daí, nunca mais saímos de lá, o lugar é horrível, cheio de dementadores.


  - O que são essas coisas?


  - Elas se alimentam de todas as suas lembranças, trazem consigo um frio terrível...


  - Ah ta. Não chego mais perto da sua varinha.


  - A propósito, ela tem 22 cm, flexível, e núcleo de pena de fênix e madeira de cerejeira!


  - Hum, que chique.


  Ficamos até uma meia noite conversando e minha mãe querendo saber de tudo, até que, exausta, fui dormir.


  1º de setembro


  Bom, eram 07:30, Hagrid chegaria daqui meia hora; como tudo estava arrumado, fui tomar um banho e me arrumar. Fiquei assim:


  http://www.polyvore.com/kings_cross/set?id=107981040


  Faltavam agora apenas cinco minutos... quatro... três... dois... um... 08h!


  - Hariel, vamos! – escutei uma voz conhecida.


  - Estou indo – gritei.


  Minha mãe me ajudou com o malão enquanto levava Kiyo. Antes de sair, dei um forte abraço nela.


  - Promete que vai se cuidar? Qualquer coisa, escreva-me, ok? – pediu minha minha mãe.


  - Sim para os dois pedidos. Te amo.


  - Também te amo minha filha.


  Foi com lágrimas nos olhos que deixei-a lá; mas, sei que isso é o melhor para mim.


  Chegando na estação, olhei a passagem e via plataforma 9 3\4. “Mas como? Aqui só tem 9 e 10...”


  - Hagrid, onde fica essa estação? Aqui não tem nenhum... Mas, cadê você?


  Olhava de um lado para o outro, e não o via. Ele foi embora, e eu fiquei que nem uma tonta procurando ele. Como não sabia o que fazer, fiquei entre as duas plataformas, ate que vejo, ao longe, um monte de pessoas ruivas com o mesmo malão que eu. Quando chegaram mais perto, perguntei:


  - Com licença, vocês também vão para Hogwarts pelo que vejo, mas, a plataforma indicada não consta aqui. Como faço para chegar lá?


  - Ah querida, é fácil, olhe só: Percy, vá na frente para que ela possa ver como se faz! – disse uma mulher baixinha, meio gordinha, ruiva. “Deve ser a mãe, mas, nossa, quantos filhos!”


  O tal do Percy – o garoto feio – foi de encontro a uma parede e, quando pensei que fosse bater, ele a atravessou.


  - Mas, mas como ele fez isso? – perguntei.


  - Apenas magia querida, apenas magia. É seu primeiro ano lá?


  - É sim.


  - Bem, o do Rony também!


  Olhei para o tal do Rony e ele sorriu sem graça. Retribui o sorriso.


  - Vá na frente querida.


  Olhei para a mulher e, vendo que não tinha muito jeito, fui. Fechei meus olhos com medo de abater nela e, de nada, me vi em uma estação de trem cheia de gente indo e vindo, passarinhos de papel voando, varinhas fazendo encantamentos, pessoas rindo... e eu aqui perdida, não sabendo o que fazer! Fiquei esperando até que, quando o trem apitou, virou um rebuliço de gente entrando e eu ficando amassetada, para trás! O desespero tomou conta, porém, alguém me ajudou com o malão, pois estava toda atrapalhada.


  - Ah, obrigada. Qual o seu nome?


  - Harry Styles, e de nada!


  - Prazer Harry, me chamo Hariel.


  Ele apenas retribuiu o sorriso. “Gente, que sorriso mais lindo. Olhas essas covinhas.”


  Quando me dei conta, eu estava só no corredor, o trem estava andando e eu quase caindo. Fui procurar alguma cabine que não tinha muita gente; só fui encontra-la bem ao fundo do trem, e aquele garoto das covinhas estava lá. Tinha mais quatro garotos com ele. Bati na porta e a abri.


  - Com licença, mas posso ficar aqui? O trem está lotado, e só aqui que achei lugar. Prometo que não incomodarei.


  - Fique a vontade Hariel – disse Harry.


  - Ué, vocês já se conheciam? – perguntou um garoto. Ele tinha olhos azuis, cabelos castanhos e despenteados.


  - Sim, eu a ajudei com as malas agora pouco, pois estava atrapalhada. A propósito, este é Louis, aquele lendo é o Liam, o desligado é o Zayn e o que não para de comer é o Niall.


  - Prazer em conhecê-los. Harry, poderia me ajudar aqui com a mala? Sou baixinha, não alcanço o bagageiro.


  - Claro, só precisarei da sua ajuda para empurrá-la, ok?


  - Certo.


  Harry a pegou e acomodou-a lá, enquanto eu a empurrava. Fiquei na pontinha dos pés e, quando finalmente os descansei, virei e dei de cara com ele, mas, seu rosto estava muito próximo do meu. Fique meio paralisada por uns cinco segundos, até que sai do transe com Louis me chamando.


  - Está tudo bem?


  - Ah sim, claro. Me desculpe Harry.


  - Sem problemas – sorriu.


  Ficamos conversando a viagem inteira, Zayn dormiu metade da viagem, Niall não parava de falar e comer, Liam só parou de ler depois que o carrinho de doces passou. “É, até que estou bem. Espero que eles sejam meus amigos.” Enquanto conversávamos sobre a escola e um livro que falava sobre ela, alguém bate na porta. Fui atendê-la.


  - Posso ajudar? – perguntei.


  - Você é a famosa Hariel? – perguntou o garoto. Tinha cabelos loiros, olhos acinzentados, rosto macilento, branco como papel. “Perai, estou quieta no meu canto e do nada um ser vem e pergunta isso?”


  - Primeiro: oi para você também. Segundo: me chamo Hariel sim. Terceiro: não sou famosa porcaria nenhuma. Quarto: quem é você para falar assim comigo? – empunhei minha varinha na garganta dele.


  - Sou Draco Malfoy e esses são Crabbe e Goyle, meus amigos, e sim, você é famosa. Todo mundo está comentando sobre você e seu dom de compreender os animais. Aquela ali é a sua coruja, não é?


  - É sim, o que quer com ela? Deixe-a em paz, ou lanço um feitiço em você.


  - Como vai lançar um feitiço em mim se está no primeiro ano assim como eu? Você não conhece nenhum feitiço nem sabe como lança-los e...


  - Densaugeo!


  Os dentes de Draco começaram a crescer rapidamente. Deseperado, saiu correndo feito um bebê dali.


  - Essa foi boa, adorei! – disse Louis, rindo.


  - Ei, não podemos sair com roupas de trouxa para a escola, não é? Melhor nos trocarmos.


  Em dez minutos, estávamos todos devidamente uniformizados. Aos poucos, o trem foi parando. Kiyo começou a ficar agitada.


  - Calma menina, eu sei que você quer sair, mas não pode. Espera um pouquinho aí, melhor, porque não dorme? Quer que eu cante sua música favorita?


  Enquanto nos arrumávamos no barco, eu cantarolava a tal da música e todo mundo me olhava com cara estranha. “Ué, vocês não cantam pro bicho de vocês não?”


  Devo admitir: a escola é linda! É um castelo e, pelo que parece, bem antigo. Como estava a noite, ele estava todo iluminado. Fiquei de queixo caído com a vista.


  Nossas bagagens foram levadas para algum lugar – não sei onde – e nós fomos para o Salão Principal. Todos os veteranos nos olhavam curiosos e todos usavam um chapéu preto pontudo. Bem no local onde ficavam os professores, um banco e um chapéu já estavam a postos para escolher os estudantes para as casas Lufa-Lufa, Corvinal, Grifinória e Sonserina. Como meu sobrenome é com “L”, vai demorar um pouco. Na verdade, passou muito rápido, até que ouço:


  - Lestrange, Hariel.


  Todos me olharam pasmados. Mas, o que acontece? Tudo ta dando certo né? Uma hora outro vem encher minha paciência, agora todo mundo me olha assim... Enquanto minha cabeça ficava fervilhando essas coisas, o Chapéu Seletor resmungava alguma coisa, mas não sei o que é e nem prestei atenção, só escutei quando gritou:


  - SONSERINA!


  Todos os estudantes da respectiva casa se levantaram e aplaudiram calorosamente. Quando tudo aquilo acabou, e o Profº Dumbledore deu seus recados, uma ceia magnífica nos foi servida. Por sorte, Harry, Niall, Louis, Liam e Zayn ficaram na Sonserina...


  Após os comes e bebes e eu comer até sair pelos olhos, fomos para o Salão Comunal da Sonserina guiados pelo monitor chefe. Daí mais sermões e avisos sobre escadas que andam, quadros que fazem não sei o que e blá, blá, blá... Não via a hora de dormir logo!


  Nosso Salão Comunal era muito rústico. Era colorido com duas cores: prata e verde esmeralda. A combinação ficou realmente ótima e eu adorei o local, super aconchegante. Fui para o meu dormitório e, chegando no quarto certo – pois é separado por ano – logo encontrei a minha mala. Minhas vestes estavam já com o símbolo da casa correspondente e tudo que teria de ter a identificação, também. Coloquei meu pijama e, rapidamente, peguei no sono.


 



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Autor(a): mister_styles

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