Fanfic: Intenso amor (lesbica) | Tema: Amor entre mulheres
Finalizou o beijo, a abraçou forte e se afastou.
Eduarda: Não posso, sinto muito.
Pegou a bolsa e saiu correndo. Abriu a porta, olhou para trás e Camila a olhava, segurando o choro. Eduarda pegou a bicicleta e saiu, foi para casa chorando, as lágrimas ofuscavam a estrada e por pouco não se desequilibrou e caiu. Guardou a bicicleta, correu para o quarto, trancou a porta, jogou a mochila em qualquer lugar e caiu na cama, desabando em prantos. Tinha ódio de si, do seu medo. Era mais que certo que queria Camila, mas porque não se arriscar por ela, porque insistia em recuar? Talvez fosse medo de amar, já se sentiu apaixonada por outras pessoas, mas nada tão arrebatador quanto o que sentia por aquela garota. A imagem da menina perfeita estava se desfazendo, não era mais a mesma, não era a mesma Eduarda de dias atrás. No dia seguinte não conseguiu olhar nos olhos de Camila, que a tratava com indiferença, como uma mera colega e nada mais. No outro foi mal em uma prova, algo inédito em seus anos escolares, o que causou espanto para seus colegas e no seguinte não participou das conversas do intervalo, o que gerou uma série de perguntas por parte de seus amigos, o que a fez inventar desculpas para seu desânimo nada comum. Gabriel estava cobrando atenção da namorada, que viu na quarta-feira e foi tratado com indiferença. Eduarda sentia-se fraca de espírito, sua cabeça doía, até os sonhos eram inconvenientes, o cheiro de Camila surgia do nada, ela fechava os olhos e somente sentia. Olhou seu celular, várias chamadas e mensagens de Gabriel, decidiu ir vê-lo, talvez ele a tirasse da fossa por um instante. Era 18:00 da sexta-feira, pegou a bicicleta e saiu. Chegando ao bairro em que ele morava, viu uma movimentação estranha em uma esquina, um casal praticamente se devorando, diminuiu a velocidade e ficou observando. Reconheceu a camisa, a bermuda, o físico. Era Gabriel agarrado em uma loira, largou a bicicleta no chão e em passos firmes foi até eles.
Eduarda: Interrompo?
Gabriel empurrou a loira quando a viu parada, com as mãos na cintura e olhos faiscando de ódio.
Gabriel: O que está fazendo aqui?
Eduarda: A idiota aqui decidiu ver o santo namoradinho dela, mas percebeu que ele está fazendo algo melhor com uma vagabunda qualquer.
X: Ei, quem é vagabunda aqui?
Gabriel: Laís, fica na sua.
A garota recuou.
Gabriel: Duda, eu posso explicar tudo isso.
Eduarda: Acabou, não quero explicação nenhuma, não quero te ouvir mais, não quero mais te ver, esqueça que eu existo. Eu poderia armar um barraco aqui, mas não vou, mas mudo de ideia se for atrás de mim, ok?!
Já ia saindo, quando voltou, dando uma bela bofetada no rosto de Gabriel.
Eduarda: Isso é por ter me feito de idiota. Adeus.
E saiu sem olhar para trás. Mais um motivo para chorar, o mundo parecia estar conspirando contra ela. Lembrou-se do réveillon, quando desejou ter um ano melhor, muitas alegrias e conquistas, mas tudo estava dando errado, estava perdendo o ânimo, a sua essência. Se tivesse descoberto a traição há umas duas semanas antes com certeza discutiria, brigaria, e talvez até perdoasse. Não tinha mais vontade de ver Gabriel, sentia-se como lixo, incapaz de ter o amor de alguém. Chegou em casa chorando, entrou e sua mãe, ao vê-la em prantos, foi falar com ela.
Adélia: Filha! O que aconteceu?
Eduarda: Acabou mãe... Gabriel me traiu.
Adélia abraçou a filha.
Adélia: Tem certeza, Duda?
Eduarda: Sim, eu acabei de ver ele com outra mulher. Terminei tudo.
Adélia: Oh minha filha... É assim mesmo. Vem vou te dar um chazinho, vai se sentir melhor.
Eduarda: Não mão, só quero ir pro meu quarto e dormir um pouco.
Adélia: Tem certeza?
Eduarda: Sim, quero ficar sozinha.
Adélia soltou a filha, que foi para o quarto, caiu na cama e chorou tudo o que tinha para chorar. No sábado acordou com os olhos inchados, demorou um tempo para se levantar, olhou o celular e haviam ligações de Gabriel, ignorou e foi tomar um banho e em seguida um café quente. Sua mãe avisou que passariam o fim de semana na casa de seus tios, em uma fazenda onde Eduarda amava ir. Tinha um cavalo lá que seu tio te deu, mas fazia algum tempo que não o via, também suas primas, com as quais iam para o lago que tinha lá. Esses dois dias que passou fora de casa serviram para espairecer um pouco, talvez essa fosse a intenção da sua mãe. Sorriu, se divertiu bastante, aquele cheiro de campo a apaziguava, caminhar com Caco, seu cavalo, era uma terapia indescritível, mas ainda assim sentia remorso ao ver Ritinha e Renatinha, suas primas, somente de roupa íntima tomando banho no lago e sentindo atração pelos corpos delas. Ritinha, 19 anos, era morena, a pele queimada de sol um corpo espetacular, com cabelos negros e olhos escuros, seus seios fartos e barriga lisinha deixavam Eduarda admirada. Renatinha era mais baixa, 16 anos, seus cabelos eram mais dourados e mais enrolados, os olhos eram escuros e seus lábios tentadores, não tinha seios fartos como a irmã, mas foi abençoada com coxas grossas e bumbum perfeito. As garotas não percebiam o olhar da garota sobre elas, melhor assim. Chegaram em casa lá pelas onze da noite no domingo, Eduarda foi dormir mais tranquila, no dia seguinte teria aula e precisava descansar.
Autor(a): lindaflor
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No dia seguinte acordou em seu horário normal. Foi para o colégio, contou o acontecido com Gabriel e nada de especial aconteceu até o intervalo, quando foram para o mesmo lugar de sempre, e dessa vez Camila não os acompanhou. Juliana: Pessoal, cadê Camila? Ficaram buscando ela com o olhar. Eduarda e ela haviam se ignorado d ...
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