Fanfic: Intenso amor (lesbica) | Tema: Amor entre mulheres
No dia seguinte acordou em seu horário normal. Foi para o colégio, contou o acontecido com Gabriel e nada de especial aconteceu até o intervalo, quando foram para o mesmo lugar de sempre, e dessa vez Camila não os acompanhou.
Juliana: Pessoal, cadê Camila?
Ficaram buscando ela com o olhar. Eduarda e ela haviam se ignorado desde o dia que foi na casa dela, mas Camila parecia inabalável, continuava sorrindo e brincando com os outros como se nada tivesse acontecido, ao contrário de Eduarda que estava cada vez mais apática, alheia a tudo. A viu na cantina conversando com uma garota do segundo ano. Pareciam bastante entretidas, sorriam e se tocavam nos braços, conversavam ao pé do ouvido... Seus amigos a viram também e percebeu o sorriso discreto de Gustavo, somente os dois sabiam sobre Camila. Ignoraram, menos Eduarda que sentiu ciúmes. Saiu de perto dos amigos sem falar nada, perdeu o fôlego e precisava de ar puro. Foi para a quadra que estava vazia, sentou-se no chão mesmo e fechou os olhos buscando se tranquilizar. Teve que ir para a sala, mas não prestou atenção nas aulas de Antônio que a todo o momento chamava a atenção da garota. Faltava muito para o fim do ano letivo, ela não iria aguentar por tanto tempo, tinha que tomar uma atitude, mas principalmente tinha que aceitar sua condição sexual. Em casa começou a repensar sua vida, em tudo o que deixou de fazer para agradar, dos momentos felizes e tristes, dos seus amores e suas decepções. Nutriu um forte sentimento por Camila, passava da atração, do desejo sexual ou de uma simples paixão passageira. Sentia amor, necessidade de tê-la em seus braços, de cuidar, proteger, fazer loucuras por ela, de demonstrar seu amor, fazer carinhos e compreendê-la em tudo. Queria estar com ela nos momentos bons e ruins, dar seu apoio quando fosse preciso e comemorar suas vitórias. Iria se arriscar por ela, estava decidida, talvez fosse a coisa mais difícil que iria fazer em sua vida, mas ter Camila era mais importante. Já era noite, decidiu falar com ela no colégio. Para sua decepção a garota não ficou com eles quando chegaram, ficou conversando com a menina do dia anterior. Camila não assistiu as três primeiras aulas, o que causou mais ciúmes em Eduarda. No intervalo lá estava ela novamente com a menina. Tomou fôlego e foi até elas.
Eduarda: Camila, podemos conversar?
Camila parou a conversa e a olhou, com ar de desprezo.
Camila: Estou muito ocupada agora, não está vendo?
Eduarda: Por favor, é muito importante.
Camila se levantou da cadeira.
Camila: Espera só um instante.
Falou com a garota com quem conversava. Pegou no braço de Eduarda e a levou para um canto.
Camila: Olha... Não sei o que quer e não me interessa saber. Talvez esteja carente já que não tem mais seu namoradinho, mas não vai me beijar novamente e sair correndo, não sou um objeto e nem idiota para cair nesse seu joguinho de quero e depois não quero.
Eduarda: Não é isso...
Camila: Não me interessa, Eduarda, já chega! Queria que eu a deixasse em paz, já conseguiu, agora me deixa em paz também.
E deu as costas, voltando para onde estava a garota. Não ia desistir assim tão facilmente. Sentou-se perto delas e tentou ouvir a conversa. Falavam sobre bandas, programas de tv e sobre o que as duas tinham em comum.
Camila: Que tal ir em minha casa hoje à tarde?
X: Não posso ir, linda, tenho que sair com meus pais.
Camila: Hum, que pena, vou estar sozinha e adoraria te mostrar meus CDs.
X: Podemos marcar outro dia, eu adoraria ir em sua casa.
Eduarda: Acho que vou vomitar.
Falou baixo e as duas não ouviram.
Camila: Com certeza marcaremos.
Continuaram conversando sobre assuntos triviais e Eduarda continuou ouvindo. Depois foram para a aula e no término tentou falar com Camila, mas a mesma havia saído da sala e ido embora. Iria a casa dela à tarde,, almoçou e limpou a cozinha, se arrumou e saiu de casa às 14:30. Chegou à casa de Camila e tocou a campainha, e logo a porta foi aberta.
Camila: O que faz aqui?
Eduarda: Eu quero falar com você.
Camila: Vai embora.
Tentou fechar a porta, mas Eduarda segurou.
Eduarda: Por favor Camila, me deixa entrar.
A outra tentou fechar a porta mais uma vez, mas acabou cedendo.
Camila: Entra, mas seja rápida.
Eduarda entrou com sua bicicleta e a deixou num canto. Camila estava parada de braços cruzados, esperando Eduarda começar a falar.
Eduarda: Quero que me perdoe por minhas atitudes.
Camila sorriu irônica.
Camila: Era isso? Eu não me importo mais com isso. Está perdoada, agora vai embora.
Eduarda: Não é só isso.
Fez uma pausa para tomar coragem, estava tremendo.
Eduarda: Olha Camila, eu sempre busquei ser a filha perfeita para meus pais. Se sou sempre escolhida como a melhor da turma não é porque agrado aos professores e aos meus colegas, é porque me esforço muito, já passei dias e noites estudando sem parar só para ter notas boas e ver minha família orgulhosa de mim. Sempre busquei namorar alguém que agradasse meus pais, embora não chegasse a amar quem estava comigo. Não costumo sair para festas, evito discussões, aceito certas coisas somente para agradar. E de tanto pensar em agradar aos outros, acabei esquecendo de mim, de quem realmente importa. É por isso que estou aqui, agora, implorando para que me perdoe, e que me aceite também. Tinha um sentimento aqui preso dentro de mim, e você o libertou, me mostrou o que realmente sou e me fez descobrir o que é amar de verdade. Eu quero você, quero estar com você, quero lutar por esse sentimento bonito, ser sua companheira, amiga, confidente, sua namorada, e espero muito que queira o mesmo que eu.
Falou, vendo a outra baixar a guarda impressionada com o que ouviu. Camila ficou estática e boquiaberta, olhando para Eduarda que a olhava esperando alguma reação, mas nada, nem uma palavra, uma expressão ou um sinal. Eduarda abaixou o olhar, como se tivesse sido derrotada.
Eduarda: Eu entendo seu silêncio. Tinha que falar isso, desabafar com você por isso vim, não foi fácil, mas senti que deveria saber o que se passa comigo também. Bom, sinto que perdi... Adeus.
Deu as costas.
Camila: Espera!
Eduarda virou-se e Camila correu até ela, abraçando-a e beijando-a em seguida. Camila encerrou o beijo com selinhos, pegou a mão de Eduarda e seguiram para o quarto. Continuaram a se beijar, e então ouviram um barulho na cozinha. Eduarda parou de beijá-la no momento, assustada.
Eduarda: O que foi isso?
Camila: Foi na cozinha, deve ter sido minha mãe.
Eduarda arregalou os olhos.
Eduarda: Não estava sozinha?
Camila riu do espanto dela.
Camila: Não... Minha mãe só sai daqui a dez minutos.
Eduarda: Então ela ouviu tudo!
Ficou mais assustada, fazendo Camila rir mais.
Camila: Ela não liga, sabe sobre você. Vem cá, me beija.
Puxou Eduarda, que estava apavorada, para mais um beijo. Logo ouviram a porta da frente se fechando.
Camila: Ela já foi.
Eduarda: Como sua mãe aceita isso?
Camila: Depois de muitas brigas ela acabou aceitando. Sabe que eu não vou mudar e o melhor foi aceitar. Dai ela se tornou uma espécie de confidente minha, eu conto tudo para ela ter confiança em mim e ela me dá a liberdade de escolher quem eu quiser.
Eduarda: Interessante...
Camila: Vem, deita aqui comigo.
Deitaram-se juntinhas na cama, se beijaram e Camila aninhou Eduarda em seus braços.
Autor(a): lindaflor
Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Eduarda: E agora, como vai ser? Camila: Você é minha namorada, simples assim. Eduarda: Você gosta mesmo de mim? Camila: Mais do que imagina. Beijou a testa de Eduarda e a apertou mais, colando seus corpos. Eduarda: Você já teve... Camila: Tive o que? Eduarda: Assim... Com outra gar ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo