Fanfic: Amor sem Fim (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

Alfonso ficou imóvel, o rosto sombrio. Não estava acostumado a ser insultado. Um brilho temerário preencheu seus olhos.
— Custe o que custar, você vai aprender a me res­peitar. Posso esperar. Sou paciente. No final, sempre atinjo meus objetivos.
— Pois isso não vai acontecer, porque não vamos voltar a nos encontrar — afirmou Anahi veemente­mente. — E, agora, vou voltar ao trabalho.
Ao retornar para o local de trabalho, Anahi sentia-se fria e extremamente desolada. Ela o odiava e, ao mesmo tempo, o queria; e aquela situação era ameaçadora e a consumia. Pessoas sensatas apren­diam com seus erros e mudavam para melhor. Tal­vez, em seu caso, devesse mudar, literalmente, re-fletiu.
Não tinha laços fortes em Londres e a cidade era extremamente cara para se viver. Se fosse embora, poderia começar do zero, antes do nascimento do bebé. Se Alfonso não soubesse de seu paradeiro, com certeza acabaria deixando-a em paz e ela não ficaria tentada a viver uma relação que acabaria por destruí-la. Tinha pouco dinheiro no banco, mas a avó lhe dei­xara cerca de 1.500 libras em um cofre dos correios.
Seria o bastante para cobrir as despesas com a mu­dança.

Acharia o mesmo se eu estivesse grávida?
Aquela pergunta martelava na cabeça de Poncho. Até conhecer Any Portilla, Alfonso havia acreditado que um estilo de vida luxuoso e presentes caros eram suficientes para deixar qualquer mulher aos seus pés. Mas Anahi era uma mulher complica­da, desafiadora e, no entanto, em muitos aspectos, mais simples.
Sabia que ela queria um homem com quem se sen­tisse segura, que cuidasse dela como merecia. Então, fez aquela pergunta sobre gravidez e Alfonsoa rece­beu mal. Anahi, na verdade, estava fazendo uma simples pergunta para descobrir o nível de compro­metimento que ele tinha com ela, analisou Poncho. E estava esperando uma resposta sincera, porém ele não era homem de expor sentimentos, discutir a rela­ção. Mais de uma vez havia terminado relacionamen­tos só porque queriam entrar nessas discussões. Mas com Anahi a história era diferente e ela requeria mais tolerância e apoio. E precisava escutar que, não importava o que acontecesse, ele estaria lá para cui­dar dela. Infelizmente, ela lhe tinha dado pouco tem­po para que pudesse compreender a realidade de que apenas a sinceridade pura e simples a faria escutá-lo.
— Sr. Herrera...? — Um dos membros do conse­lho murmurou, depois de alguns minutos de silêncio incompreensíveis que estavam deixando os integran­tes da reunião bastante preocupados.
Alfonso o olhou, friamente:
— Não me interrompa. Não vê que estou pen­sando?
Que diabos Anahi estava tramando?, perguntou-se, intensamente frustrado. Como ousava dizer a ele que não era um homem decente, digno ou merecedor de respeito? Apenas porque nunca sentira vontade de reproduzir não significava que não soubesse o que era certo e apropriado. Algum dia, teria filhos, com Perla.
De repente, passou por sua cabeça a imagem de uma menina mimada, geniosa, com uma expressão entediada e petulante que apenas sorria quando se olhava no espelho. Em seguida, visualizou outra ima­gem igualmente atemorizante e um filho fútil e bobo. Se os genes de Perla triunfassem, o que seria do fu­turo do império Herrera para as próximas gerações? Alfonso não conseguiu reprimir uma careta.