Fanfic: Amor sem Fim (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

Horas depois, Anahi desceu para a praia acompa­nhada por assistentes carregando cadeira, guarda-sol. refrescos e livros. Era o desejo do marido que ela re­cebesse toda a atenção necessária, o que na opinião dela era o cúmulo do exagero.
Alfonso tinha medo que ela se cansasse demais e insistira que quando saísse de casa sempre estivesse em companhia de alguém, para o caso de uma emer­gência. Entrar na água nem que fosse para molhar o pé estava estritamente proibido se ele não estivesse por perto. Anahi já o havia lembrado que o ginecologista estava muito satisfeito com a gravidez e que não havia nenhum motivo para preocupação, mas Alfonso permanecia superprotetor e precavido.
Anahi, no entanto, estava completamente tran­quila. Sentia-se bem disposta e incrivelmente feliz. Com um sorriso sonhador nos lábios, deu um gole no suco de maçã e observou as ondas que morriam na beira da areia úmida, uma após a outra, em uma sequência hipnótica. Cinco semanas haviam se passado desde o casamento, e mesmo com Alfonso tendo que dedicar algumas horas do dia ao seu império, o espírito de lua-de-mel permanecia vivo.
Na verdade, a preocupação e os cuidados que tinha com ela acabaram com as inseguranças de Anahi. Ele se tornara um amante apaixonado e uma compa­nhia altamente divertida e agradável. Anahi amava a energia inesgotável, o raciocínio rápido e incisivo de Poncho. Aprendera, inclusive, a apreciar o humor sarcástico dele. Resumindo: o ado­rava e não conseguia imaginar a vida sem ele.

Alfonso estava lhe ensinando grego. No entanto, ela falhara em ensinar relaxamento e não fazer nada. O marido estava em atividade durante 18 das 24 ho­ras do dia. Sempre que ela acordava de madrugada, ele ja estava desperto fazendo algo. Juntos passearam pelas ilhas próximas, no iate de Poncho, e comeram em tavernas modestas nos vilarejos da redondeza. Evitavam os lugares mais frequentados e, consequen­temente, os fotógrafos.
Haviam feito piquenique debaixo da árvore que o avô Herrera tinha plantado e apreciado o pôr-do-sol das ruínas de um templo na beira da praia.
Na primeira noite sem Poncho, por causa de uma viagem de negócios, Anahi decidiu se encher de mi­mos: tomou um banho de espuma, comeu uma deli­ciosa torta de chocolate, foi para a cama cedo e ligou a televisão para ajudar o sono a vir logo. Estava pas­sando a abertura de uma cerimônia de premiações, com direito a tapete vermelho e muitas celebridades. Já estava mudando de canal quando apareceu Perla ao lado de um ator pouco conhecido. A morena vestia um longo prateado deslumbrante que chamou a aten­ção de Anahi. A mulher era tão extraordinariamente bonita que ela jamais iria conceber como Alfonso pu­dera desistir daquela beldade e se casar com uma loira baixinha e sem atrativos.
Anahi tinha achado melhor não comentar sobre a ligação de Perla na noite do casamento, mas estava aliviada por não ter recebido mais nenhum telefone­ma. Na tela, o apresentador aproximou-se de Perla e elogiou os brincos e o colar de safira e diamantes tão primorosamente elaborados.
— Foram um presente muito especial de Alfonso Herrera. Ainda somos muito íntimos — informou a bela morena.
— íntimo em que sentido? — brincou o apresenta­dor. — Quer dizer, Alfonso Herrera não acabou de se casar, no mês passado?
Perla riu e arregalou os olhos.
— Sem comentários. Só posso dizer que recebi as jóias há bem menos tempo.
Depois de alguns minutos de choque, Anahi des­ligou a tevê e, de repente, estava se arrastando para fora da cama e correndo pelo quarto na direção do ba­nheiro para aliviar a náusea repentina que sentiu. De­pois disso, estava tremendo tanto que teve de se sen­tar antes de recobrar o equilíbrio e lavar o rosto. O sorriso malicioso, insolente e cheio de si nos lábios de Perla não saía da cabeça de Anahi. Poderia ser verdade? Estaria Alfonso se encontrando com a ex-noiva às escondidas?
Durante as últimas cinco semanas, Alfonso havia se ausentado uma meia dúzia de ocasiões e passado todas as noites com Anahi.
Agora, ele estava em Atenas a trabalho. Devia acreditar? Pois poderia estar se encontrando com Perla em algum lugar. Seria por essa razão que ela tinha parado de importuná-la? A morena havia estado esperando o momento certo para fazer um anúncio em público?
Anahi sabia que não teria sossego enquanto não confrontasse Poncho. Telefonou para Nemos e pediu que ele providenciasse um vôo para Londres na manhã seguinte. Disse que queria fazer uma surpresa para Poncho.
Mesmo assim, achou que Alfonso ligaria, pois imaginou que ele também iria acabar se inteirando da declaração indiscreta de Perla. No entanto, Alfonso não ligou e Anahi não conseguiu dormir. Fez uma mala com roupas às três da manhã, atormentada por perguntas que não sabia res­ponder.
De uma hora para outra, a relação que ela acreditava ser tão segura parecia estar calcada em estruturas de areia. Ele nunca havia prometido a ela fidelidade. Tampouco tinha jurado que ficaria com ela para sempre. Jamais dissera que a amava. Mas gostava dela, ria de suas piadas, a protegia e cuidava e, do momento que despertava até o ultimo minuto antes de dor­mir, parecia não conseguir se separar de Anahi. Pena se tudo aquilo não fosse amor. Ou seria? Durante o vôo, planejou exatamente o que iria dizer. Prometeu a si mesma que não perderia a calma e a dignidade ao dizer ao marido que não continuaria a viver com um homem que tinha um caso com outra mulher. Particularmente com Perla. A morena já não avisara que Alfonsosempre acabava voltando para I ela? A possibilidade de que Perla pudesse estar com Alfonso deixou Anahi desesperadamente ciumenta e insegura. Nada a machucava mais que o poder de sua imaginação. Ou seria paranóia?