Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

O homem deitado em sua cama tinha um corpo feito para dar prazer, esculpido e polido até atingir uma pecaminosa perfeição. E fazia muito tempo que Anahi Portilla não pecava, perfeitamente ou não.

Por isso, ela absorveu o brilho dourado da pele dele à luz da manhã, seguindo com os olhos famintos a larga planície de suas costas e o longo sulco de sua espinha.

Não eram apenas seus olhos que estavam famintos. Seus lábios formigavam e seus dedos coçavam de vontade de explorar a textura da pele e dos cabelos dele.

Mas Anahi só observou, em transe, sem se mover para não acordá-lo e estragar o momento.

Ele murmurou algo dormindo e esfregou o rosto contra o travesseiro dela, o ruído alto da barba por fazer contra o algodão macio.

Anahi perdeu o fôlego com a intimidade da pele dele, nua, deslizando em seus lençóis. Ele estava virado para o outro lado, por isso ela não podia ver seu rosto, mas seu cabelo escuro era espesso, desarrumado e totalmente convidativo.

Que pena que ele não estava acordado.

Que pena que ela não estava na cama com ele.

Os amigos de Christian já haviam ficado hospedados com eles antes. Mas este homem, especificamente, ela não conhecera. E nenhum dos amigos de Christian jamais ficara na cama dela.

Com o olhar colado àquela deliciosa visão, Anahi desfez o nó da echarpe e a deixou cair sobre a mala a seu lado. Desabotoou o primeiro botão do suéter, que de repente lhe pareceu apertado demais. Estaria o resto dele nu debaixo daquele lençol? Deus, ela esperava que sim. Só de pensar nisso, seu sangue começou a correr mais rápido, aquecendo lugares que não vinham sendo aquecidos há algum tempo. Um longo tempo. Já haviam se passado cinco anos desde que ela estivera com alguém.

Anahi era enfermeira, portanto já tinha visto mais do que a sua cota de homens nus, mas a verdade era que esse em particular estava abraçado com o travesseiro dela como se fosse à tentação em pessoa e... Bem, suas expectativas eram altas.

Quem era esse sujeito, para começar?

Olhando por cima do ombro para a sala de estar destruída, Anahi procurou por algum sinal de uma carteira ou documento. Nada. Apenas uma pilha de DVDs de filmes de ação, em meio a embalagens de comida encomendada por telefone e garrafas de cerveja. Aquele era o lado ruim de dividir apartamento com um colega masculino. Mas a verdade, para ser justa com Christian, era que ela voltara da conferência um dia antes do esperado.

Um trovejar grave vindo de uma garganta áspera do outro lado do quarto despertou seus sentidos, chamando sua atenção novamente para a cama e seu atual ocupante. Com uma curiosidade desinibida e, sim, ansiedade, Anahi se apoiou no batente da porta e observou enquanto ele acordava. Olhou os tendões nos antebraços tencionaram enquanto os longos dedos se juntavam e flexionavam em volta do seu travesseiro. Então ele se espreguiçou, uma movimentação e tensão letárgica de ossos e músculos contra pele dourada, e se virou de costas.

Tudo dentro dela congelou e se estilhaçou.

Poncho Herrera.

Não! Poncho era um engenheiro geólogo, e está em algum lugar do Oriente Médio, não aqui em Sydney.

Ah, mas não restava dúvida. Aquele era mesmo Poncho. O corpo dele tinha ficado mais firme e musculoso nos últimos cinco anos. O cabelo estava mais curto. As pequenas rugas de expressão ao redor dos olhos estavam mais profundas. Mas sua boca maravilhosa continuava a mesma.

De repente, Poncho abriu os olhos e, fixando o olhar nela, disse, simplesmente:

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