Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

— Anahi? — disse ele em uma voz muito parecida com a de Poncho, e o coração dela bateu forte no peito.

Depois, um silêncio tão longo que ela pensou que a ligação tinha caído.

— Ah, sim, a filha da arrumadeira. Você é garçonete, não é? — O desprezo na voz dele a perfurou como uma adaga.

— Por favor, senhor, preciso contatar Poncho; é muito importante.

— Com garotas como você, sempre é -

dissera ele.

Anahi passou os braços ao redor do corpo e olhou para as janelas escuras, lembrando-se do desconforto que sentira, do medo.

— Preciso falar com Poncho — repetiu.

— Ele não está interessado em ter nenhuma espécie de contato com você. Por que não se mantém longe de problemas e desaparece da vida do meu filho?

Foi o que ela fez. Alguns meses depois entrou para o curso de enfermagem e, aos poucos, descobriu uma nova vida em sua carreira.

Com a mesma força da tempestade,

aquelas memórias obscuras invadiram o cômodo, sugando o calor do fogo. A escuridão desoladora foi de súbito afastada quando Poncho entrou na sala vestido com o roupão de banho e trazendo suas roupas molhadas nas mãos.

Sua energia avassaladora, masculina, como um campo magnético, deixou-a sem fôlego, mas aliviada.

Os olhos deles se encontraram e o coração dela batia tão alto quanto a chuva no telhado.

Anahi sabia que precisava ser forte. Levantando-se e pegando suas chaves no bolso, disse:

— Bem, Poncho, o jantar está pronto. Há uma porção de coisas para o café da manhã na geladeira. Espero que sua noite seja calma e agradável, e...

— Você não está pensando em dirigir neste tempo, está?

Como se para enfatizar suas palavras, um raio foi visto pela janela, seguido imediatamente por um trovão que fez a casa tremer.

— Não posso ficar aqui, Poncho. Não posso passar a noite. — Não com você nu debaixo do roupão. Não com cinco anos de solidão, frustração e saudade de você minando a minha força de vontade. Ela se virou e começou a

caminhar em direção à porta. — Tenho que ir para casa.

— Vi o estado da estrada, e isso foi uma hora atrás, Anahi — disse ele. — Não há postes de luz até que você atinja a estrada, talvez nem lá.

Ela virou-se para encará-lo.

— Tenho meu celular.

— Não seja ridícula, Any. Pelo amor de Deus, podemos dividir uma refeição e a lareira sem..

Tirar as roupas um do outro? Ah, sim, exatamente o que ele teria dito, pensou Any, sentindo seu rosto corar, sentindo o reflexo latente da resposta em seu próprio corpo.

Ela soltou um suspiro.

— Acho que você tem razão.

Eles poderiam fazer aquilo dar certo. Dois adultos inteligentes e civilizados poderiam compartilhar a cabana por uma noite, sem problema. Jantariam e depois ela dormiria no sofá, deixando o quarto confortável e bem arrumado para ele.

Pela manhã, ela iria embora tendo cumprido sua obrigação, e a Fundação Arco-Íris estaria dez mil dólares mais rica.