Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

• daninha_ponny: Postado *-------*


• vitoriaponny: CONTINUANDO QUERIDA.....

— Anahi.

Aquela voz grave reverberou pelos ossos dela, mais profunda e sexy do que Anahi lembrava... e ela lembrava muito bem. Os sussurros aveludados dele em seu ouvido, contra seu pescoço, em seu colo. O jeito como ele murmurava seu nome enquanto deslizava para dentro dela.

Poncho esfregou o rosto, então começou a se mover para a beirada da cama.

— Quando Christian disse que a colega de apartamento dele se chamava Anahi eu jamais imaginei que... Diabos. Sinto muito. Devia ter me deitado no sofá, mas Christian disse...

— Não se preocupe. Não tem problema nenhum.

Estaria ele nu sob a coberta? Deus, ela esperava que não.

Ele notou o olhar dela e sorriu.

— Está tudo bem, Any — disse Poncho finalmente. — Eu estou decente.

Isto é bastante discutível, pensou ela enquanto ele se levantava, presenteando seus olhos com seu peito musculoso, já que usava apenas cueca preta e justa.

Ai. Meu. Deus. Ela olhou para o outro lado, sentindo o rosto arder enquanto pensamentos impuros queimavam seu cérebro. Pelo menos ele estava fora da cama dela.

— Quando você estiver pronto... — Quando você estiver vestido. Ela se virou e foi direto para a cozinha, onde colocou a cafeteira francesa para funcionar.

Algum tipo de conversa seria inevitável, e antes que aquilo acontecesse Anahi precisava de uma dose ou duas de cafeína. Tudo bem, talvez três.

Onde estava Christian? Vira o carro dele na garagem do subsolo, e a porta do quarto dele se encontrava fechada. Anahi suspirou enquanto jogava pó de café na cafeteira. O aroma era tranqüilizador, e ela respirou fundo, pedindo a Deus que Christian aparecesse logo e lidasse com a situação.

Mesmo depois que Anahi deixou o quarto, Poncho continuou olhando fixo para o lugar onde ela estivera. Anahi. Sua Anahi. A imagem dela ainda ardia em suas retinas. Curvas e cores, um suéter justo amarelo, uma saia roxa acima de uma tentadora visão de perna, botas até o joelho, amarradas com cadarços... tão inusitado, tão vibrante. Tão Any. Ele adorava a combinação maluca de cores que ela fazia, a energia dela, seu humor. E Deus, como era linda!

Ainda a mulher mais sedutora que ele conhecera em sua vida.

E ele havia passado a noite na cama dela sem saber.

Uma olhada para Anahi foi o bastante para fazer a adrenalina circular, e seu corpo ficar tenso de ansiedade. Ele se lembrava agora de como as coisas tinham sido entre eles, quentes, urgentes, um passeio pela via expressa até o paraíso. Sempre imaginara como reagiria se a visse novamente. Se seus antigos desejos e necessidades seriam tão fortes quanto eram em sua lembrança.

Agora ele sabia que sim, e isso não ajudava em nada. Poncho lutou contra o impulso de seguir a ondulação tentadora dos quadris dela, a sutil fragrância de rosas e baunilha que ainda flutuava no ar.

E ela estava morando com Christian Chaves, pelo amor de Deus. Ele inspirou com força. Christian tinha lhe dito que dividia o aluguel com uma enfermeira, mas precisava ser essa enfermeira? Poncho tentou sem sucesso ligar a Anahi da qual se lembrava com alguém de uniforme branco engomado e sapatos com sola de borracha. Uma olhada pelo quarto não deu nenhuma pista de como estaria à vida dela agora. Apenas uma fotografia minúscula, emoldurada — que ele não notara sobre o criado-mudo na noite anterior -, mostrava Any e a irmã dela, Carissa.

Poncho estudou a foto por um instante. Sim, ainda os mesmos lábios sensuais e cabelo escuro sobre os quais ele tinha fantasiado por tempo demais para o bem de sua paz de espírito. Não havia homens em sua vida, então. Pelo menos nenhum que merecesse ser lembrado com uma fotografia.

Poncho se sentiu aliviado, e imediatamente reprimiu esse sentimento.

Ele balançou a cabeça. A vida amorosa dela não era da sua conta. A vida dela não era da sua conta. Não mais, desde que cada um fora para um lado.

Uma faísca da emoção que sempre acompanhava as lembranças que tinha de sua vida com Anahi passou por ele como um reflexo dourado. Parte dele queria cair fora dali, ir para casa, pular na cama de novo, sua própria cama, e esquecer o reencontro.

Outra parte queria ficar, modificar aquele relacionamento de cinco anos atrás, até que se tornasse algo diferente, algo que poderia ter durado.

Mas Anahi não quisera ter um longo romance com ele.

Poncho vestiu o suéter do dia anterior.

Seu reflexo no espelho enquanto lavava o rosto com água fria mostrava que ele também não era mais o homem que Any um dia conhecera. O que eles pensariam um do outro agora? A sensação de aperto dentro dele ficou mais forte, e Poncho se inclinou sobre a pia para dar uma boa olhada em si mesmo. Você não quer saber disso, Poncho, meu velho, nem comece.

Respirando fundo, ele resolveu enfrentar essa nova e estranha realidade. Atravessou o apartamento, dirigindo-se para a cozinha, mas, ao vê-la, parou de repente. Ela estava segurando um bule de café fumegante, sua blusa amarela um contraste estonteante para a longa cascata de cabelos castanhos, parecendo tão nova e fresca quanto um narciso do começo da primavera. Ela simplesmente o deixou sem fôlego.

A cor nas maçãs do rosto dela se acendeu num suave tom de pêssego quando o seu olhar encontrou o dele, junto à porta. Ele tinha visto as quatro estações naqueles olhos, e por um instante acreditou ter vislumbrado um cintilar da alegria do verão por trás das profundezas nubladas, antes que perdessem o brilho e se transformassem em um olhar neutro.

Aqueles olhos haviam assombrado seus sonhos.

Poncho não podia ficar mais tempo ali, porque ela desviou o olhar e, passando por ele, cruzou a sala até a mesinha de café. Seu corpo ainda tinha as mesmas curvas suaves e longas linhas esbeltas, a mesma inclinação da cabeça que fazia com que seu cabelo balançasse de leve quando ela colocou o bule e as canecas sobre a mesa. Se algo nela mudara fisicamente fora apenas para irradiar a beleza interior que as mulheres pareciam adquirir quando amadureciam.

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