Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

franmarmentini: Pronto fran vou acabar com a sua curisidade......

A caixa de madeira com detalhes em madrepérola estava embrulhada em um lenço de seda, um dos poucos itens que ela manteve como uma lembrança de sua mãe. O cheiro familiar do perfume dela ainda permanecia dentro da caixa quando a abriu.

Lá dentro estavam as lembranças de sua vida. Sua etiqueta de identificação do hospital de quando nasceu. Uma pulseirinha que usava quando era criança. Sua entrada para o show de sua banda favorita.

Retirou a foto do primeiro ultrassom que fizera ao saber que estava grávida. A imagem em preto e branco granulada era tudo que tinha sobrado daquela vida minúscula. Tracejou o delicado contorno com a unha. Nunca tivera a chance de senti-la crescendo dentro de si, contar os dedos dos pés e das mãos e ouvir o som de seu choro.

— Se o seu pai tivesse sabido sobre você...

Que diferença faria? Anahi suspirou e guardou a foto, devolvendo a caixa para o seu lugar.

Poncho e ela haviam sido amantes por três meses. Apenas isso. Não era tempo suficiente para construir um relacionamento sólido e confiável. Ela não sabia que estava grávida quando se separaram Mas sabia que deveria contar a ele tudo o que acontecera. Contar sobre o aborto espontâneo que sofrera no começo do segundo trimestre de gravidez. Anahi nunca se recuperara da perda e nunca esquecera seu bebê. Mas devia a verdade a Poncho, ainda que aquilo reabrisse velhas feridas.

Nos dias que se seguiram, ela mergulhou no trabalho. Naquela terça- feira deixou o plantão ansiando por um banho quente e muito sono, depois de uma jornada de 14 horas. O trabalho não apagava a imagem de Poncho de sua mente, mas ajudava.

Ao tentar dar a partida no carro, recebeu um barulho esquisito como resposta. Chamou pelo mecânico, esperou por ele e, depois de vinte minutos de análise cuidadosa, o diagnóstico de Mikey foi o pior possível:

— Anahi, sinto muito, mas a coisa parece ser bem séria, desta vez. Todo o sistema elétrico está comprometido e o motor também. Vou tentar alguma coisa, querida, mas dê seu carro como perdido.

Lutando contra as lágrimas de frustração e exaustão, Any esperou que Mikey saísse do estacionamento rebocando seu pobre carro velho e então chamou um táxi.

Chegou a casa sonhando com seu travesseiro e, ao abrir a porta, sentiu o coração afundar no peito. Acomodados no sofá, Christian e Poncho assistiam à reprise de um velho filme de guerra. Oh, meu Deus. Cumprimentou os rapazes rapidamente e escapou para o corredor, rezando para que eles não a segurassem em algum tipo de conversa.

Ao colocar a mão sobre a maçaneta da porta de seu quarto, sentiu um toque macio no ombro.

— Ei. Devagar um instante. O que há de errado? Você parece exausta.

Era Poncho. Lindo, como sempre, e parecendo realmente preocupado com ela.

— Acabo de enfrentar um plantão duro, meu carro quebrou e, segundo o mecânico, não há conserto dessa vez. Ele estava muito velho e desgastado. Mikey vai tentar, mas... — disse ela tentando sorrir.

Houve um momento de silêncio, e então, sem tirar os olhos do rosto dela, Poncho se inclinou e seus lábios tocaram os lábios de Anahi, uma vez, duas. Sem exigir, sem esperar...

Os joelhos dela cederam, seus ombros caíram Any fechou os olhos e sentiu o que restava de seu mau humor desaparecer. Estava literalmente se dissolvendo nas mãos dele.