Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

A porta se abriu um pouco. Ele notou a pele pálida e círculos escuros sob os olhos dela... a privação quase absoluta de sono da noite passada a estava afetando? Ou era algo mais, escondido atrás de sua cuidadosa expressão neutra?
— Posso entrar?
Ela abriu um pouco mais a porta, ele entrou e a fechou silenciosamente.
— Christian não lhe deu uma chave, Poncho, você acha mesmo que sou tão tola?
Ela cruzou os braços, chamando atenção para seus seios absolutamente perfeitos. A camisa de flanela vermelha dele mal cobria o traseiro dela, dando- lhe uma visão de suas pernas compridas e torneadas. Aquelas mesmas pernas que haviam estado ao redor dele na noite anterior. Seu corpo ainda queimava com a lembrança. Ele estava lisonjeado que ela ainda estivesse usando sua camisa. Dava-lhe uma sensação de... Posse. Era como se Anahi fosse inteiramente dele.
— Christian não daria a nenhum de seus amigos uma chave sem discutir isso comigo primeiro — disse ela. — É uma regra que temos.
Poncho assentiu, mostrando o buquê e procurando os olhos dela.
— Muito sábio. Lamento sobre esta manhã.
— Eu entendi, não fique preocupado.
Não, ela não entendia, porque pegou as flores evitando os dedos dele.
— São lindas. Obrigada. Acho que você esteve ocupado — agradeceu Any enquanto Poncho a seguia até a cozinha para que ela colocasse as flores em um vaso.
— Sim, estive com meus pais. Eles adoraram o apartamento. — Ele preferia ter explorado os lugares escondidos e não tão escondidos dela novamente.
Não, não era de todo verdade, admitiu a si mesmo. Ele queria mais do que isso. Queria conversar com ela e ouvi-la rir. Queria cozinhar para ela e ver um filme de mãos dadas.
Ela lhe deu um quase sorriso, mas seus olhos não sorriam nem por um segundo.
— Acho que poderia ter sido pior. Eles poderiam ter aparecido no apartamento sem telefonar antes. — Era incrível como aquele pequeno movimento do canto de seus lábios podia transformar todo o rosto dela. Como o sol vindo de trás das nuvens de tempestade.
Incrível também, ele pensou quando a viu abrir a torneira e encher o vaso com água novamente sem sorrir, como o sol pode desaparecer rapidamente. De repente, estava desesperado mesmo por um vislumbre daquele brilho mais uma vez.
— Desculpe-me pela bagunça e pelas roupas espalhadas — disse ela fazendo um gesto na direção de uma pilha de roupas para lavar no canto da cozinha. Havia outra pilha na sala. — A nossa máquina de lavar quebrou. A sala está um pouco como um bazar, no momento.
Ele não tinha percebido que a sala cheirava a sabão em pó e amaciante até que ela pontuou isso; estivera muito preocupado com o cheiro de sua pele recém-lavada com sabonete.
Ao voltarem para a sala, Any abriu um espaço na mesa de centro e colocou o vaso ali.
— Tinha a intenção de tê-la consertado, mas...
— Esqueça a lavagem de roupas, Any, pelo amor de Deus. E as flores também, querida — disse ele, deslizando as mãos ao redor da cintura dela e puxando-a mais para perto. — Quero falar com você.
— Não quero conversar.
Ele sorriu para as palavras abafadas dela contra seu peito e beijou o topo de sua cabeça.
— Nem eu.
— Quero dormir. Não dormimos muito na noite passada.
— Pensei que era isso que você estava fazendo.
— Não. Estive resolvendo coisas da casa, lavando minhas roupas a mão.
— Bem, podemos ir para a cama agora se você quiser.
— Sozinha, Poncho.