Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

A animação dele diminuiu, mas não estava de todo perdida. Ela o queria, Poncho sabia; aliás, tinha certeza, pelo modo como seus mamilos estavam pressionados contra ele, o modo como os quadris dela formavam um ângulo contra os dele, assim como as pernas dela estavam pressionadas contra as dele.
— Shhh, meu bem, não me deixe sozinho — murmurou Poncho contra os cabelos dela, alisando suas costas ao mesmo tempo que erguia a camisa de flanela para encontrar uma calcinha minúscula cobrindo suas nádegas. Puxou-a contra si para que ela sentisse o quanto a queria. — Ei, meu bem... — A boca dele estava próxima à dela agora.
— Você é tão macia, Any... tão doce.
O conhecimento de que ela estava nua sob sua camisa fazia sua virilha latejar. Sem deixar de beijá-la, não pôde resistir a deslizar a mão sobre seu seio e acariciar um mamilo até ele virar um pequeno pico endurecido.
— Pare... — ela choramingou, mas gemeu e arqueou seu seio na mão dele.
— Você não quer que eu pare, querida, não de verdade... — Poncho inclinou a cabeça para beijar o pescoço e o colo dela. Deixou sua mão vagar sobre as curvas tentadoras do corpo de Anahi, descendo mais e mais, até encontrar a barra de sua camisa novamente. — Eu também não quero parar.
Ele a empurrou para trás até que as coxas dela batessem no sofá.
Ela pressionou a mão contra o peito dele e afastou o rosto alguns centímetros.
— Sempre se resume a sexo entre nós, não é?
Aquilo o fez parar e respirar fundo. Ele a encarou por poucos batimentos instáveis, tentando avaliar seu humor. Pensou ter visto uma cintilação em seus olhos, fria e dura como pedra, por baixo do brilho quente de excitação.
Era tentador baixar as mãos de Any até o zíper de sua calça, para que ela sentisse o quanto a queria, até que ele mesmo sentisse o calor de sua pele queimar através do tecido. Tão tentador quanto abrir a calça ele mesmo e permitir que aqueles dedos especialistas tomassem conta de sua necessidade. Mas, repentinamente, cuidar da necessidade física não era sua prioridade agora. Queria saber mais sobre as emoções inquietantes que ele testemunhava.
— Any...
— Poncho...
Os dois falaram ao mesmo tempo.
— Você primeiro — disse ele.
O tom sério, o modo hesitante como Any disse o nome dele, fez com que ele se preparasse. Anahi agitou as mãos como se estivesse com dor, e Poncho podia jurar que diria alguma coisa, mas ela deixou escapar um suspiro que parecia vir das profundezas de sua alma e fechou seus olhos.
— Não é nada. O que você iria dizer?
Ela estava se fechando para ele, e
Poncho não gostava nada daquilo.
— Querida, o que está acontecendo? Ontem nós tivemos momentos tão lindos, foi tudo doce, tão delicioso... Você se entregou e me deixou amá-la... — Colocou o cabelo dela de lado para acariciar a pele macia de seu pescoço e lambeu lentamente o lóbulo da orelha dela. — Eu me perdi dentro de você e você se perdeu comigo, Any. O que aconteceu, amor? Você se esqueceu disso?
E era disso que ele sentia falta com as outras mulheres com as quais tinha dormido. O modo como Anahi se dava a ele, honesta e abertamente, sem inibição. Era mais do que sexo. Era... mais.
Essa revelação repentina detonou algo dentro dele. E Poncho entendeu que a noite anterior tinha significado algo muito importante para ele.
Anahi ergueu os olhos e olhou-o como se pudesse vê-lo por dentro.
Poncho olhou de volta, procurando por respostas.
— Você já imaginou que tipo de relacionamento teríamos se não houvesse sexo envolvido? — perguntou ele.
Ela piscou, longos cílios emoldurando seus olhos, que pareciam maiores e mais claros em contraste com sua pele pálida.
— Sem sexo? — Balançou a cabeça. — Nosso relacionamento é baseado em sexo. Sempre foi assim, mesmo no passado.
Ela estava certa, claro, mas o sexo era a única ligação que tinham? Poncho já não estava certo disso. Estava cansado de viver sozinho, queria alguém para quem voltar todas as noites, alguém para compartilhar a vida, alguém com quem rir e a quem amar. E queria aquilo por muito tempo. Apenas não havia percebido até agora.
— Vá para casa, Poncho. Sua família vem em primeiro lugar. Estarei no turno da noite pelos próximos dias, e ocupada com a Fundação Arco-Íris. E ainda prometi ajudar com...
— Por que você se cobra tanto? Por que se mantém tão ocupada?
Era quase como se Any evitasse ter tempo livre.
— Estive fazendo isso pelos últimos cinco anos. As crianças do hospital são minha vida, e estar envolvida com elas me mantém focada.
Não, isso a mantêm distraída, pensou ele, relembrando a garota que ela fora um dia, a garota que ocasionalmente faltava ao trabalho para ficar com ele. Anahi estava usando o trabalho para encobrir qualquer que fosse seu problema.
A rejeição dela e o fato de não ter se aberto com ele perturbou-o e o irritou, e Poncho se afastou.
— Tudo bem, Any. Será como você quer, querida, vá descansar e eu vou embora.
Ele saiu sem olhar para trás. Na calçada, parou por alguns instantes observando o sol de inverno se afundar lentamente por trás dos edifícios sombreados, sentindo o vento frio cortar através de sua camisa.
O que teria acontecido há cinco anos para transformá-la de forma tão significativa?