Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

— Você gosta de ler, Anahi? — A mãe dele perguntou assim que Poncho se foi.
— Sim, quando tenho tempo.
Elizabeth indicou o caminho para fora da cozinha e em direção ao corredor para a biblioteca.
— Temos uma grande coleção de livros aqui se você quiser pegar algo emprestado algum dia. — Abriu a porta, acendeu a luz.
O olhar de Anahi foi direto para a mesa, e ela soltou um suspiro de alívio. Tudo estava bem Elizabeth caminhou em direção às grandes estantes, que cobriam uma parede, e leu os títulos, todos os volumes primeiras edições encadernadas em couro. Não havia nenhum livro barato à vista.
— Poesia?
Anahi balançou a cabeça.
— Não, receio que poesia não foi feita para mim — Nem a maior parte dos autores clássicos.
— Algum autor em particular? Gênero?
Anahi balançou a cabeça.
— Gosto de romances.
Elizabeth assentiu, ainda estudando as estantes.
— Esses são livros de Colin, ou foram passados adiante pela família. Mas eu também gosto de um bom romance, minha querida. — Elizabeth foi até um antigo armário de carvalho, abriu a porta e retirou um bom punhado de livros surrados.
Anahi observou as capas. Paisagens varridas pelo vento, mulheres sensuais em lingerie de seda, abraçadas por homens másculos, com suas mãos na carne feminina voluptuosa. Ela pegou um livro familiar.
— Este é um dos meus autores favoritos.
— Então a senhora também gosta de um final feliz.
— Querida, não me chame de senhora, já disse. Eu me sinto com mil anos. E sim, gosto muito de finais felizes.
Anahi pensou nela e em Poncho, e seu estômago se enrolou em um nó apertado. Um final feliz não estava em seu futuro. Ela não se encaixava nessa mansão com essas primeiras edições e taças de cristal.
— Mas isso é fantasia — disse Anahi, colocando o livro de lado. — A vida real não é assim.
— Não, não é — disse Elizabeth, devagar. Afastou alguns passos, depois se virou. — Estou preocupada com Poncho. É uma prerrogativa de mãe, eu acho — disse ela com um esboço de sorriso. — Ele se magoa facilmente. Com o passar dos anos, ele se tornou um especialista em esconder suas emoções, mas com você, nesta noite... é óbvio como ele se sente a seu respeito. Meu filho estava ansioso pela festa, Anahi, ele queria que a conhecêssemos, entende? — Encarou-a francamente, seus olhos azuis presos ao dela. — Eu odiaria vê-lo magoado.
Ah, a leoa protege os seus.
— Eu também. — Anahi ouviu o corte em sua voz. E sobre seu marido? Ela queria perguntar.
Como Poncho se sentiria sabendo que seu pai havia se recusado a colocá-la em contato, que Poncho nunca teve a chance de ser parte de sua gravidez?
— Poncho e eu somos... amigos próximos, nós dois entendemos e valorizamos nosso relacionamento.
Elizabeth assentiu como se tivesse ficado satisfeita com a resposta, por enquanto. Mudando de assunto, perguntou:
— E você, Anahi? Sei que não foi fácil perder sua mãe. Ela era uma empregada leal e uma trabalhadora excelente. Você trabalhou duro também para estar onde está.
— Sim — E você realmente entende tudo isso?
Elizabeth deve ter lido a expressão de Anahi, porque disse:
— Meu pai era um operário, minha mãe, uma passadeira — a voz dela era firme, intensa —, e eles trabalharam duro, todos os dias de suas vidas, até que um ataque do coração levou meu pai, deixando minha mãe com duas crianças pequenas.
A respiração de Anahi ficou presa e instantaneamente ela se arrependeu da amargura em seu tom.
— Desculpe-me. Eu não sabia.
Porque Poncho nunca tinha dito a ela.
— Como você conheceu seu marido?
— Eu trabalhava como caixa em seu primeiro restaurante. Depois de algum tempo, ele me promoveu para o escritório e eu assumi a função burocrática de sua assistente pessoal. Isso foi há um longo tempo. — Tentando afastar a melancolia, a mãe de Poncho perguntou: — O que você acha de obrigarmos os homens a esquecerem-se dos negócios e jantarmos?