Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

Poncho levou Anahi de carro até o apartamento dela. No momento em que ela passou pela porta, foi até a cozinha, limpar a bagunça que havia feito cozinhando antes de sair.
Seus pés estavam dormentes, seu cérebro também; ela não dormia há mais de 24 horas, mas estava flutuando em algum tipo de neblina eufórica. Ela era titia. Mais do que isso, era maravilhoso saber que Carissa tinha se tornado mãe, afinal.
— Vamos, Anahi, deixe os pratos. É hora de dormir.
Ela olhou em volta para o som daquela voz rouca e encontrou Poncho encostado no batente da porta.
Mas algo no olhar dele a paralisou. Não era desejo. Bem, não era apenas desejo o que ela via ali. Havia algo mais, algo mais profundo. Ela foi até ele, tocou seu queixo por barbear, sentiu o cheiro de suor masculino da camiseta dele.
— Não é maravilhoso? Um bebê.
— Não sei como as mulheres fazem isso. Por que vocês fazem isso?
— Por quê? Por amor, Poncho.
Meu Deus, ele não era capaz de entender aquilo?
— Mas é tudo tão... Difícil e perigoso. E parece ser tão doloroso...
— Ah, Poncho, você não entenderia, querido. Esqueça — disse ela, profundamente decepcionada. Amava-o de todo o coração e podia admitir aquilo agora. E não iria discutir com ele. Estava cansada demais, há tempo demais.
— Ei, Any. Querida, você está chorando? O que foi?
— Não estou chorando coisa nenhuma.
Ela fungou sem conseguir parar de chorar.
— O que foi, meu bem?
Ela não conseguia falar.
— Shhhh, tudo bem, amor. Você está exausta, e as últimas horas foram cheias de emoção.
Ah, meu Deus. Ele não sabia. Não sabia o que havia acontecido, não sabia de nada.
Com toda a gentileza, Poncho a conduziu para o quarto. Tirou as roupas dela e as suas e ligou o chuveiro.
Sob a água quente, ele lavou os cabelos dela e depois a ensaboou, com doçura, com carinho, como se ela fosse uma coisa delicada e rara, como se pudesse quebrar a qualquer instante. Poncho a fez ficar parada sob a água quente, enquanto tomava ele mesmo um banho rápido, e depois a tirou de lá, enrolando-a em uma toalha felpuda. Poncho secou seus cabelos e, em seguida, aninhou-a na cama e se ajeitou ao lado dela.
— Anahi — disse ele, e o nome dela ecoou pelo quarto escuro. Ele cheirava a sabonete agora e, na penumbra, o brilho dos olhos dele a hipnotizava.
Poncho correu dedos delicados pela pele do colo dela, inclinado por cima de seu corpo, beijando seus ombros e seus cabelos.
— Faça amor comigo, Poncho — sussurrou ela docemente. Anahi precisava senti-lo, queria a pele dele contra a sua e o coração dele batendo sobre o seu.
— Você não está cansada demais?
— Depois de ver o que vi? Depois de presenciar aquele milagre junto a você? Não, querido, não, não estou cansada.
Poncho a beijou e enlaçou seus dedos nos dela.
— Você é maravilhosa. Maravilhosa. Eu vou beijar cada centímetro de seu corpo, cada pedacinho dele, Any.
Ela estremeceu e respirou fundo, enquanto ele corria a boca por sua pele. Será que Poncho conseguia ouvir o som de seu coração disparado enquanto explorava seu rosto e seus cabelos, seus ombros, seu colo e seus seios, enquanto a boca dele percorria sua barriga e sua cintura, suas coxas, joelhos, pernas e pés, enquanto ele murmurava que ela era linda e macia?
Ele fez uma pausa para separar as pernas dela, e seu olhar encontrou o de Any. E o que ela viu nos olhos dele era honesto e puro. Poncho baixou a cabeça e a tocou com a língua, fazendo-a se contorcer. Choramingando o nome dele, Any tocou seus cabelos, implorando que ele a possuísse. Poncho se ergueu e se deitou sobre ela, guiado pelo calor de seu desejo. Ela o enlaçou com as pernas e arqueou os quadris. Ela o queria dentro de si.
Eles nunca haviam se amado daquela forma tão lenta, tão reverente, tão doce.
Ele manteve os olhos presos ao dela a cada movimento.
— Olhe para mim, Any — sussurrou ele. — Preciso de seus olhos, querida.
Algo mágico e inusitado se estabeleceu entre eles. Era como uma força magnética, ancestral, atraindo-os um para o outro, fazendo com que eles se perdessem um no outro como nunca acontecera. Tudo o que tiveram antes fora como que um pálido ensaio do que estavam vivenciando naquele momento.
A pele dela brilhava ao luar, pensou ele, para depois perceber que não era a lua, era ela quem brilhava. Poncho a possuiu centímetro a centímetro, implacável, decidido, fazendo-a gemer e chorar, fazendo com que explodisse de novo e de novo com seu nome nos lábios, os sussurros dela servindo apenas para torná-lo mais potente até que seus olhos se escureceram, o mundo todo pareceu distante e ele se desfez dentro dela, agarrado aos seus quadris, o mais profundamente que pôde, tornando-a irrevogável e
conscientemente sua, sem nenhum escudo, nenhuma proteção, nenhum cuidado. Sua.
Momentos depois, ela se acomodou no peito dele, aturdida com a força de Poncho, a forma como se sentia. Ela não se sentia só. Ou com medo. De alguma forma, era como se agora ela o tivesse dentro de si.
— Poncho...
— Shhh, querida. Durma.
— Eu preciso.
Ele cobriu a boca de Any com seu dedo indicador.
— Any, amanhã — disse ele com um tom de voz que não lhe deu espaço para retrucar.
Ela amoleceu em seus braços e ele ouviu sua respiração desacelerar. Ele cuidaria dela, nem que fosse a última coisa que fizesse na vida. Beijando os cabelos de Anahi, Poncho adormeceu também.