Fanfic: Fator Atração (adaptada aya) | Tema: Anahi y Alfonso/ Ponny

Nove meses depois
A sala de cirurgia parecia brilhante demais, iluminada demais, e Any suspirou. Estava ansiosa. Ao seu lado, Poncho a amparava enquanto o médico, protegido pelo anteparo de tecido verde que bloqueava a metade inferior do corpo de Any, preparava a cesariana.
— Pronta, Any? — perguntou o obstetra.
— Sim — respondeu ela; sua voz estava calma, e ela aparentava serenidade. — Sim.
Os olhos de Anahi se arregalaram minimamente, e ela apertou com mais força a mão de Poncho, que dava graças a Deus por poder usar máscara cirúrgica. Assim, o rosto dele ficava parcialmente escondido. Como Any podia estar tão calma e parecer tão serena e controlada enquanto ele se sentia a ponto de sair berrando dali?
— Bem, vou fazer a incisão agora — anunciou o obstetra.
Oh, meu Deus. Poncho não sabia se estava mesmo pronto para ser pai. Não tinha tanta certeza agora. Desejava não ter parado de usar camisinhas tão rápido.
— Poncho? Querido? A câmera está pronta?
— Sim, está — respondeu ele, espantando seus pensamentos.
— O senhor quer ver o nascimento, sr. Herrera? — perguntou alguém de máscara.
— Não, obrigado. Prefiro ficar aqui — respondeu ele. Deste lado do anteparo. — Minha mulher precisa de mim aqui.
Any, é claro, percebeu o que estava acontecendo. Era ele quem precisava dela, não o contrário. Ela estava segura e feliz. Era uma mulher forte e absolutamente senhora de si. A mulher mais bonita que ele já conhecera, e a mais inteligente também E mesmo ali, deitada na maca de hospital, ela parecia no controle.
Aliás, sobretudo ali. Era como se houvesse feito aquilo por toda a sua vida.
Poncho prometeu solenemente a si mesmo que ficaria sentado ali, bem ao lado dela, apertando sua mão, e que pelos dias, meses e anos seguintes, sempre estaria ao lado de sua esposa e de seu bebê. Erraria algumas vezes, claro, mas não se afastaria, não evitaria suas responsabilidades e cuidaria de sua pequena família.
— É um menino! — uma voz exultante interrompeu seus pensamentos.
Poncho sentiu o coração acelerar e uma emoção que desconhecia até então.
— Um filho — balbuciou. — Eu tenho um filho.
— E uma menina!
Oh, meu Deus!
— Parabéns, papai e mamãe — disse o médico. — Gêmeos perfeitos e saudáveis.
— Eu amo você, Any — sussurrou Poncho para ela, beijando-a gentil e delicadamente, com todo o amor de seu coração.
Ela parecia tão frágil agora...
— Quem vai segurar os bebês? — perguntou o médico.
— O senhor quer segurar primeiro o menino ou a menina? — perguntou outra voz.
— Tanto faz — respondeu ele.
— Aqui, senhor, pegue a menina, então.
— Ei, olá, Eliza. Eu sou o papai. — Poncho colocou a menininha no colo da mãe com todo o cuidado. — E você é Cameron — disse ele quando a enfermeira lhe deu o segundo bebê.
O garotinho abriu os olhos e olhou para ele.
— Você vai ser um menino bonito, como o seu primo Robbie.

— Acho que Eliza será parecida comigo
— Any afirmou, observando sua filha de dois dias de idade dormindo em seu berço.
— Bem, neste caso, vamos trancá-la em casa assim que ela fizer 16 anos — disse Poncho, rindo.
— Sei que falei que gostaria de voltar ao trabalho em um ano ou dois, Poncho, mas acho que meus dias de enfermeira acabaram definitivamente. Quero me dedicar a cuidar dessas crianças e das outras que virão.
— Outras? Você já está pensando nisso?
Ela olhou para seus bebês com o coração transbordando de amor.
— Ah, sim, querido. Mas, sabe, quero continuar com a Fundação Arco-Íris. Aquelas crianças também precisam de mim Sempre terei tempo para a minha fundação.
Cameron fungou e depois começou a choramingar e agitar as perninhas, o que significava que estava cansado do colo do pai e queria mamar.
— Temos dinheiro suficiente para cuidar da fundação do jeito que ela merece, Poncho — ela afirmou enquanto desabotoava a camisola para amamentar seu bebê.
Assim que o irmão começou a sugar, Eliza acordou no berço.
— Ei, menininha! Acordada? Venha com o papai — disse Poncho, erguendo-a com todo o cuidado, como se ela fosse feita do mais valioso cristal. — Isso, meu amor.
— Venha cá, querida, há o suficiente para vocês dois — Any afirmou enquanto Poncho ajeitava a garotinha em seu colo, ao lado do irmãozinho.
Os bebês faziam os barulhinhos mais comoventes ao sugarem, e Any sorria. Poncho ajeitou uma mecha do cabelo dela que insistia em cair sobre seu rosto.
— Ei, querido — sussurrou ela para o marido. — Você também precisa dormir. E fazer a barba. E tomar banho. — Sorriu.
Poncho parecia tão cansado. E, ao mesmo tempo, tão sexy.
Hum... Ela teria que organizar o horário deles para que pudessem namorar entre os momentos de amamentação. Bem, não agora. Realmente, não agora. Agora Anahi tinha amor, todo aquele amor, para ocupá-la.
Como se pudesse ler seus pensamentos, ele sorriu-lhe.
— A vida está ficando cada vez mais agitada, não está, meu bem?
Ela olhou para ele com os olhos cheio de amor.
— Eu não trocaria a vida que temos, Poncho. Por nada.

FIM