Fanfic: Como perro y gato • | Tema: RBD e Laliter

Dulce sentiu seu sangue gelar, não conseguia acreditar no que via na sua frente. Era a mulher que lhe negou um abrigo, um carinho. A mulher que lhe afastou a familia que ainda lhe restava: sua irmã.

Flora= Desculpa, quem seria você? - Dulce sentiu toda a raiva lhe subir pelo corpo e sorriu irônicamente.

Dul= Quem eu sou? - Rindo irônicamente.= Então isso quer dizer que eu mudei bastante desde a última vez que nos vimos. Claro, tu seria incapaz de lembrar da neta que judiava e dizia ser bastarda. Sabe, nunca entendi o porque minha mãe ainda insistia ter uma relação boa com a senhora. Não sabe quem sou eu? Vou me apresentar. Sou Dulce María Espinoza Saviñon, a neta que a senhora não quis. Como vai, vovó?

Flora abriu a boca incrédula. Todos entraram pra dentro da casa para ver o que estava acontecendo. Lali não estava entendendo nada e apenas olhava as duas confusa. Dulce tinha os olhos cheios de lágrimas, mas não eram lágrimas de sofrimento e sim lágrimas de raiva. Raiva por aquela mulher ser o que era com ela.

Dul= Como pode ser tão cruel? Como teve coragem de me deixar sozinha e desamparada sem ninguém. Como foi que a senhora teve coragem de me deixar com o trauma de ter visto os meus pais sendo mortos na minha frente? Sabe aonde eu podia estar agora? Morando de baixo de uma ponte, roubando, drogada ou até mesmo morta e tudo isso seria tua culpa, mas tem gente nesse mundo que tem um coração diferente da senhora que não tem nada ai dentro desse peito. Como teve a ignorância de me tirar a única familia que eu tinha que era a minha irmã? Me separou dela como se não fossemos nada uma da outra. Acha que eu não me lembro o dia em que a policia te ligou e tu se negou a me criar? Eu não esperava, mas devia ter esperado algo assim de uma pessoa como a senhora. O jeito que me tratava, que gritava comigo, que me batia e o jeito que se fazia na frente do meu pai. Eu NUNCA fui uma bastarda como a senhora dizia, minha mãe NUNCA traiu o meu pai e sabe como eu sei disso? Porque eu me lembro dos dois juntos e do dia em que os vi conversando sobre o teste de DNA que tu obrigou a minha mãe a fazer pra provar que eu era mesmo filha dele. Sério mesmo que eu nunca entendi o porque minha mãe tentava ter uma relação boa contigo sendo que a senhora sempre a tratava como uma qualquer, como uma dessas namoradinhas peruas que meu pai levava pra casa quando era mais novo. Eu vivo com tudo isso intalado na minha garganta, com esse vazio, com esse sofrimento e a culpa é toda, TODA tua! - Chorando e apontando o dedo pra velha que estava em silêncio.

Flora= Quem pensa que é pra sair falando comigo desse jeito? Eu mereço respeito! - Furiosa.

Dul= Eu sou a menina da qual tu fez questão de tirar tudo o que lhe sobrara. Respeito? Por acaso a senhora sabe o significa a palavra respeito? Porque isso tu nunca teve com a minha mãe, comigo e até mesmo com o meu pai.

Lali= O que está acontecendo aqui? - Assustada.

Flora= Nada minha neta, vamos embora daqui de uma vez.

Dul= COVARDE! Agora tu vai contar toda a verdade pra Mariana. - Gritou.

Flora= Não grite comigo, menina!

Dul= Como pude um dia te chamar de avó?

Lali= EU QUERO SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO! - Gritou desesperada.

Dul= Conta de uma vez!

Flora= Dulce...ela...ela é sua irmã mais velha. Tu não se lembra dela porque as separei no dia em que seus pais morreram.

Lali= Minha irmã?

Flora assente e Lali olha pro chão sentindo seu coração bater mais forte. Seus olhos se encheram de lágrimas quando olhou pra Dulce que estava vermelha de tanto que chorava. Ela não sabia o que fazer e então saiu correndo.

Flora= Viu o que fez? Estragou a vida da menina!

Dul= Tem certeza que fui eu a que estragou a vida dela? - Indignada.= Uma hora ou outra ela ia descobrir.

Juan= A senhora pode fazer o favor de se retirar? Depois levamos Mariana em casa.

Flora saiu da casa deles irritada e Dulce sentou-se no sofá chorando compulsivamente.