Fanfic: Voltando a amar. (Laliter) | Tema: Quase Anjos, Laliter

– Isso é hora de macho ficar na cama? – disse a voz do outro lado da linha.

– Ah Nicolás me poupe! – disse irritado – Isso é hora de acordar as pessoas?

– Nossa, dá pra ver o quanto você está com saudades dos seus amigos em...

– Não seja tão dramático que posso te confundir com alguma mulher em – disse já rindo – E ai cara, como você está?

– Estou bem sim e vamos parar de frescura que eu sei que você está bem também – riu

– É melhor mesmo, mas e ai, o que aconteceu para você me ligar? Digo desde que eu sai daí você nunca mais me ligou.

– Eu falei que era pra parar de frescura, né? – riu – Então, eu arrumei um trabalho bem na cidade onde você foi buscar a mulher da foto. É em Castilla, né?

– É sim, então, você vai vir pra cá?

– Claro!

– E a Eugenia? – perguntou

– Ah, quando chegar aí eu te conto ok? Um abraço e daqui uns dias a gente se vê!

– Beleza, abraço! – fim da ligação.

Após ser acordado pelo telefonema de Nico, Peter se despiu e tomou um demorado banho de água gelada, o calor daqueles dias estava insuportável. Escovou seus dentes no box do banheiro mesmo, vestiu um short jeans e uma regata preta e foi junto à Zeus para o canil.

Enquanto caminhava pôde perceber que um carro o seguia. Mas não era um carro comum, era o carro de Benjamin, que logo apareceu do seu lado.

– Você se acha muito esperto, né? – disse Benjamin dirigindo o carro lentamente para acompanhar Peter, que ainda caminhava sem encará-lo.

– Não vejo o porquê me diz isso.

– Você pensa que porque esteja trabalhando no canil e que aquela vagabunda da Lali te dá mole, você manda em tudo!

– Escuta aqui – disse parando bruscamente e colocou as mãos na janela do carro – Você não é ninguém mais na vida da Lali, entendeu? E você não tem a moral para insultá-la na minha presença.

– Ui – disse saindo do carro e sorrindo – o limpador de fezes de cachorro ficou bravinho! – zombou enquanto se apoiava no carro.

– Não, você ainda nem me viu bravo. – o fitou e continuou a caminhar.

– Você vai se arrepender de ter vindo para a minha cidade Peter, lembre-se, estou te avisando! – gritou, mas Peter não fez questão de responder.

Quando chegou ao canil viu Esperança sentada em uma pequena montanha de tijolos, então ele decidiu se aproximar.

– Esperança? – a chamou e ela se virou – Está tudo bem?

– Ah, Peter! – sorriu – Estou sim, por quê?

– Nada, é que te vi de longe meio pensativa, pensava que havia acontecido alguma coisa.

– Não, é que... Bom, senta aqui comigo – ele se sentou então ela continuou – Não quero que diga nada à Lali, tudo bem?

– Certo, pode falar.

– Bom, hoje tive alguns sintomas de que terei outro AVC... Minha visão está começando aos poucos a diminuir, minhas forças também e minha cabeça dói intensamente... – Ela o olhou e ele parecia surpreso.

– Me perdoe por estar tão surpreso, mas é que eu não sabia que você tinha sofrido um AVC... Você é tão animada, faz de tudo! Eu nunca suspeitaria disso.

– Hum... É verdade eu não paro quieta, mas eu já tive um... Foi terrível, foi algum tempo depois do Victório ter morrido. A Lali já estava tão deprimida e eu fui outro empecilho para ela...

– Não diga isso, você sabe que a Lali faz tudo com o maior prazer para a senhora. Ela quer apenas seu bem e te cuidar.

– Eu sei, por isso não quero que diga nada a ela. Eu sei me cuidar sozinha, não quero que ela perca o tempo dela comigo, que ela perca com outra coisa sei lá... Com você!

– Comigo? – perguntou surpreso – Não, a gente mal se fala...

– Peter – o interrompeu – Eu sou velha, mas já fui jovem algum tempo da minha vida, e eu sei que ontem vocês não ficaram apenas bebendo cerveja!

– Desculpe – sorriu – Mas é que ela não quer contar a ninguém, ela tem medo do Benjamim.

– Ah aquele traste! Mas ela está certa, por mais que eu diga que ele é um tolo, ele também é perigoso. Cuidado com ele, ok?

– Tudo bem – sorriu – Agora me deixa ir, que o meu dever me chama!

– Obrigada Peter, muito obrigada. – disse segurando na mão dele e ele apenas sorriu.

Quando Peter já estava em seus afazeres, Lali saiu de casa e ficou na varanda olhando-o. As vezes trocavam sorrisos, mandavam beijos discretamente e ela ficava ali, sorrindo abobada, até que então percebeu que Esperança a olhava.

– Vó – sorriu – Não tinha percebido que a senhora estava aí!

– Nem eu tinha percebido sua presença – mentiu – Eu estava aqui conversando com o Peter.

– Ah, e sobre o quê? Se posso saber é claro – perguntou curiosa.

– Nada, sobre as coisas da vida...

– Ah... E ele te contou alguma novidade?

– Bom, tirando que há mais fezes dos cachorros hoje do que nos últimos dias, não! – disse irônica e sorriu.

– A Maria me ligou, quer que hoje eu vá dar aula na segunda série, a Paula está de viagem ainda e não há professores disponíveis... Mas eu não sei se estou preparada para ir...

– Você tem que ir Lali, não pode deixar essas crianças não tem culpa do que o Benjamin fez...

– É eu sei, mas não vai ser fácil entrar lá e ver todos os professores pensando "Olha lá, a professora chifruda"!

– Esquece isso Lali, ou ao menos tente esquecer e fingir que nada aconteceu. E mais, vai ser bom para você porque o Bruno também estuda lá.

– É você tem razão... Eu vou me arrumar, depois falamos mais.

– Tudo bem, mais esquece isso. – Lali lhe deu um beijo na bochecha e entrou na casa.

Esquecer? Seria impossível esquecer aquela cena, ela poderia se lembrar como se fosse hoje. Era uma quarta-feira qualquer quando Lali estava dando aula de espanhol para a turma da terceira série. Benjamin geralmente todas as quartas ia visitar Lali na escola. Sim, naquele tempo Benjamin podia ser uma espécie de marido perfeito. Ele ia visitá-la, levava algum lanche, mas sempre era na quarta. Lali achava estranho, mas, imaginava que aquele dia ele tinha algumas horas de folga do trabalho.
Era a hora do lanche e ele ainda não tinha chegado, ela esperou horas em frente à escola, mas não o encontrou. Então de longe ela viu o carro dele estacionado, e ela decidiu procurá-lo pela escola, pois devia estar em algum lugar.

Ela entrou em várias salas de aula e não o encontrou. O procurou na cantina, no pátio da escola e nada. Lali desistiu de procurá-lo e foi até a sala da diretora para conversar com ela sobre a falta de alguns alunos, foi então quando abriu a porta de viu Benjamin em cima da mesa de Belém aos beijos com ela. Belém estava sem sua camisa branca e apenas vestia um sutiã e sua saia lápis. Ela então o chamou pelo nome.

– Benjamin! – disse Lali enquanto lágrimas se formavam em seus olhos.

– Lali! – exclamou surpreso saindo rapidamente de cima dela. – Não, não é o que você está pensando – disse gaguejando enquanto Belém vestia a camisa rapidamente.

– Ah claro, vai me dizer que você estava fazendo tarefa com ela? – perguntou irônica e gritava tanto que todos os professores e alguns alunos curiosos foram ver o que estava acontecendo. – Então é isso o que você faz quando vem me ver? Fica com essa daí?

– Fala direito comigo professora Mariana. – disse Belém

– Falar direito? Meu Deus como você pode ser tão sínica? Você estava deitada na mesa com o meu marido e você quer que eu fale bem com você? – gritou – Agora tudo está se encaixando! Você vem me ver só as quartas, e é justo no dia em que a Belém está aqui toda a manhã!

– Não, não é isso... – disse Benjamin.

– Então o que é?! – gritou – Me explica então porquê se não é isso, o que é?

Benjamin ficou calado e não encontrou palavras para se explicar, afinal, não tinha nada para ser explicado, Lali já havia descoberto tudo.

– Foi o que eu pensei.

Depois daquele dia, Lali ainda perdoou Benjamin, mas depois dessa vez ele começou a se encontrar com outras mulheres e a ser agressivo com Lali, foi então quando ela decidiu se separar.

Lali estava se arrumando para finalmente após alguns anos voltar em aquela escola. Sentia muita vergonha de colocar seus pés ali outra vez, mas por um lado estava aliviada, pois Lali amava dar aula, e depois daquele acontecimento, Belém foi expulsa da diretoria e no lugar dela colocaram Maria, a qual Lali admirava muito e eram muito amigas.

Após se arrumar, tomou o café da manhã e foi com Bruno para o colégio. Queria muito se despedir de Peter, que os olhava sorrindo, mas não poderiam correr o risco de Bruno contar alguma coisa para Benjamin.

– Tchau Peter! – gritou Bruno.

– Tchau amigão, estuda muito viu? – sorriu e olhou para Lali – Até mais Lali.

– Até mais – sorriu vergonhosa.

Horas depois Bruno chegou em casa acompanhado de Benjamin, que o pegou na escola pois Lali iria passar o dia dando aula.

– Oi bisa! – disse Bruno abraçando Esperança.

– Oi meu amor – o abraçou – Mas eu já disse que não precisa me chamar de bisa, assim eu me sinto mais velha ainda, me chame de vovó!

– Tudo bem, vovó – sorriu – Oi Peter!

– E ai, como foi na escola? – perguntou

– Foi bem, alguns meninos me zoaram porque estava com o violino... – disse com voz triste – Mas está tudo bem, eu vou subir que estou apertado! – exclamou enquanto entrava na casa correndo.

– Que estranho – disse Esperança.

– O quê?

– O Benjamin não desceu, não falou nada para se vangloriar... Esse deve estar tramando alguma coisa!

– Você acha? – a encarou

– Eu conheço coisa ruim do outro lado!

– Fica tranquila, não vou deixar acontecer nada com vocês.

Eram as 17:20 quando Lali chegou em casa e viu Esperança do lado de fora sorrindo e caminhando rapidamente.

– Vó? Porque a senhora está caminhando rápido?

– Você não está escutando? – perguntou

– O quê?

Esperança não respondeu, apenas entrou na casa e Lali a seguiu e quando entraram ficaram perplexas com o que viam: Peter estava tocando o piano, enquanto Bruno o acompanhava com o violino. É, aquela cena para muitos poderia ser normal, mas para elas era muito.
Bruno sempre se negava a pegar no violino, pois pensava que não era bom o bastante e ainda mais, o pai lhe encorajava, sempre dizia que aquilo era coisa de meninas. Ele não gostava que ninguém o escutasse tocar, e que ninguém falasse com ele sobre qualquer assunto que incluísse o violino, mas agora parecia diferente. Ambos tocavam em completa sintonia. Quando Bruno errava, Peter o olhava sorrindo e o ajudava a acertar aquele erro. Ambos pareciam... Pai e filho.

– Como você conseguiu? – disse Lali a Peter, quando estavam sentados na varanda.

– Consegui o quê? – a olhou.

– Convencer o Bruno a tocar... Há anos tento isso!

– Eu disse à ele que ele não precisa agradar todo mundo, que ele tem que gostar do que faz, e se ele gosta de tocar é o que deve fazer. – a olhou – Não devemos nos importar com os pensamentos dos outros.

– Isso é uma indireta? – sorriu

– Não, mas funcionaria se fosse? – sorriu e Lali o abraçou.

– Vou te mostrar um lugar, vem comigo.

Lali e ele entraram pelas matas daquele imenso lugar. Aos poucos Peter foi descobrindo lugares lindos, que nunca imaginaria que houvesse ali. Eles caminharam por alguns minutos, as vezes tropeçavam e alguns espinhos arranhavam suas pernas, mas ambos riam, estavam felizes com a presença do outro.

– Esse lugar é incrível! – disse Peter olhando à sua volta.

Realmente era incrível. Nunca poderia imaginar que ali houvesse tantas coisas escondidas. Ambos estavam no meio de uma plantação de margaridas e desde ali podiam ver o mar.

– Eu vinha aqui quando queria ficar sozinha... Era um lugar somente meu.

– Deve ser ótimo ficar aqui pensando na vida né?

– Sim – sorriu – Eu pensava de tudo um pouco. Nos meus pais, no meu irmão, na escola, música...

– Música? – perguntou surpreso

– É, você vai achar estranho, mas eu tenho um a estranha mania de compor – sorriu.

– Não, não é estranho... Eu também tenho essa "mania" – sorriu – Há alguns dias eu fiz uma melodia com o violão, mas ainda não tenho letra para ela... O que você acha de você escrevê-la?

– Ah... Eu não sou muito boa. – o olhou – Mas eu posso tentar.

– Perfeito – selou os lábios da morena e ficaram se beijando durante alguns minutos – Uma coisa – disse entre os beijos.

– Fala – sorriu

– Você disse que esse lugar era só seu, mas eu agora sei da existência dele.

– Você disse certo, era só meu, agora é nosso.

Oi bebês! Fiquei com dó de vocês de não postar nenhum cap hoje! Então fiz um rapidão, e bem grandão!

Porsiemprelaliter: KKKKKKKKKKKK Morri! Logo logo vai ter o que vocês querem, ou seja, LALITER NOS AMASSOS! KKKKKKKKK Awn que linda, acho que é muito para mim esse legado de uma das melhores escritoras, mas obrigada! Tem várias escritoras perfeitas aqui né? E obrigada pela compreensão.

Larys_u.u: O Nico! kkkkkkkkkkk foi ele quem ligou, aposto que vocês pensavam que era o Benja... Obrigada pela compreensão linda! Vou contar as novidades aqui em baixo ok? \/

Amylaliter: AAAAAI estava com saudades! Você sumiu mesmo em, mas ai, como foi a viagem? É, geralmente os filmes não tem nada a ver com o livro né? Mas como algumas partes são parecidas e o final também, ai fiquei sem ânimo para ler! Ok aviso sim :)

NOVIDADES: Bom meninas, as novidades é que estou cheia de ideias para esta web, e outra, é que quando eu estiver menos ocupada, vou fazer outra web Laliter, mas essa vai ser diferente, deixo a provável sinopse para vocês!

Mariana Espósito é uma escritora desconhecida da Argentina mas que deseja atingir o grande e esperado sucesso. Sua vida nos últimos anos foi dedicado à sua mãe que morreu de leucemia e desde então Mariana, ou Lali como é chamada, virou uma mulher fria e desiludida com o amor. Após sair da capital de onde morava, Lali vai para o interior em busca de novas ideias para o seu livro e de um pouco de paz. E nessa pequena cidade encontra Peter Lanzani, uma pessoa que mudará o rumo de sua vida. Em breve a web novela, "Um novo caminho" - Romance.

Aviso que posso mudar algumas coisas ok? Isso é apenas uma ilustração da ideia. Um beijo, e me digam o que acharam!

C O M E N T E M