Fanfic: Voltando a amar. (Laliter) | Tema: Quase Anjos, Laliter

Era estranho as reviravoltas que na vida de um homem poder dar. Dias atrás, Peter Lanzani estava sendo expulso de sua casa, e hoje estava sentando à beira mar em frente a casa de seu avó, olhando seus amigos se divertirem com as ondas que lhes faziam afundar por alguns minutos, porém nada que deveria se preocupar. Ele apenas sorriu ao pensar nas coisas que havia acontecido naqueles últimos meses.

Peter fora expulso de casa por uma forma simples e um tanto confusa. Seu pai havia vendido a casa para comprar um barco e viajar pelo mundo. Peter não aceitava e não acreditava que seu próprio pai iria fazer isso com ele, deixa-lo sem lugar para dormir ou morar. A mãe de Lanzani havia morrido à 3 anos atrás, quando ele tinha acabado de começar a faculdade de engenharia civil. Ela foi atropelada por um motorista, provavelmente embriagado, que fugiu sem prestar socorro. Ninguém descobriu nada sobre o motorista, nenhuma testemunha havia no local, nenhuma pista, o que para Peter sempre foi muito estranho pois Buenos Aires era uma cidade muito movimentada, não apenas por argentinos, como também por vários turistas. Sua mãe era diferente de seu pai. Ela se preocupava com o filho, era uma mãe atenciosa e por ele ser seu filho único, o mimava até demais.

Ele sorriu ao lembrar-se de uma mãe, era ela uma mulher linda e extremamente carinhosa. Sentia muita falta disso, das reuniões em familia aos domingos, quando ele a abraçava e a pegava no colo e ela gritava sua única frase "Peter, me coloca no chão" eram tempos bons, tempos que não voltariam atrás.

– Ei Peter! – disse Nico correndo em sua direção – O que foi? Está ai todo calado, como se estivesse em outro mundo.
– Nada... Estava só lembrando da minha mãe.
– Ah desculpa cara... – o fitou – A tia Claudia faz muita falta mesmo
– Tudo bem... – disse pegando um pouco de areia em sua mão - Mas e ai, a agua está gostosa?
– Muito! – sorriu – Você deveria dar um mergulho, relaxa cara! Daqui uns dias já começaram as aulas novamente e não poderemos aproveitar tanto assim... Amo a casa do seu avô, ja te disse isso? – o olhou
– Nossa imagina Nicolás, você nunca disse isso! – exclamou irônico e riu
– NICO! Anda logo! – gritava Eugenia desde o mar enquanto pequenas ondas a levavam
– Bom, vou lá que não posso deixar essa loira sozinha não é? – piscou – Depois você vai lá, beleza? – Peter fez um joia, e ele correu indo em direção à ela.

Nicolás e Eugenia não eram namorados, mas eram quase isso. Eram amigos com benefícios. Nenhum assumia publicamente o namoro, mas todos sabiam que se gostavam. Todos alí se conheciam desde pequenos, era uma amizade de histórico familiar: O avô de Nico, Euge e Gastón eram amigos do avô de Peter, e assim o pai dele eram amigos dos pais de Gaston, Euge e Nico. Ou seja, a amizade já vinha de berço.

Peter levantou-se, tirou a camisa e caminhou lentamente rumo ao mar. Foi molhando calmamente seus pés, sentindo seus pelos se arrepiarem com a água fria, porem gostosa e enfim entrou ao mar, indo rumo aos seus amigos.

– Estava pensando na morte da bezerra? – riu Gastón ao ver Peter se aproximando.
– Não Gas, meus pensamentos não eram destinados a você – todos riram.
– Bom deixem a briguinha de casal para depois – ironizou Euge – Vamos fazer alguma coisa diferente, já tá sem graça ficar olhando para a cara de jumento do Gas e de morto do Nico – ao mesmo tempo os dois a fitaram
– Ah é senhorita Eugenia? Então toma! – ele deu um rápido mergulho e pegou um montinho de areia, que foi se desfazendo na agua e jogou em Euge, que claro gritou eufórica.
– Ahhhhhh Gastón! – o repreendeu enquanto o encarava – Você vai ver.

Todos começaram uma guerrinha de areia, jogaram no cabelo de Nico, colocaram areia dentro do short de Peter e assim foram passando o tempo. Quando Peter mergulhou para pegar areia e colocar dentro da sunga de Gas, veio também uma foto. Estava toda suja e desgastada, imaginava que havia tempo que estava ali.

– Gente, é de alguém essa foto? – todos pararam o que estavam fazendo e foram em direção a ele.
– Bom, minha não é, mas a garota eu gostaria que fosse – disse Nico e em seguida levou uma cotovelada de Euge – Ai! É brincadeira!
– Minha não é – disse Gas
– Nem minha – completou Euge.

Depois de estarem um tempo na praia, entraram para a casa, tomaram banho e desceram para jantar. O papo foi de diversos assuntos, sobre a faculdade, família, amigos, sobre o cabelo pintado de Nicolás, que resistia e dizia que era loiro natural, enfim, conversaram de tudo um pouco. Quando terminaram sentaram todos no sofá para ver um filme, não que fosse interessante, mas não havia nada mais para fazer.

Alguns minutos depois, Peter que estava deitado no chão olhou para o sofá e sorriu de canto ao ver como todos já estavam dormindo, e pareciam confortáveis apesar de estarem os três em um sofá de dois lugares. Em um movimento rápido levantou-se e ficou olhando pela grande janela de vidro da casa. A vista era linda, a lua estava enorme e refletia no mar, que agitavam com as ondas. Colocou a mão no bolso e sentiu que havia algo, quando olhou, era a fotografia dela. Peter a guardou assim que saiu da praia, não sabia o por quê, nem o que faria com ela, mas a única reação dele foi guardá-la e não soltá-la jamais.

Obrigada aos que favoritaram a web!

Amylaliter: Obrigada por comentar linda! Esse livro é perfeito né? Sempre tive a ideia de fazer algo parecido  sobre Lali e Peter. Como pode ver, são pequenas coisas que são parecidas ao livro, como por exemplo, encontrar a foto da Lali :) Capítulo postado, espero que goste :*