Fanfic: Os Alienados (Adaptada) | Tema: Original
Riki estava em uma rua estranha e pequena, chamada Rue Fleurs Rouge (Rua Flores Vermelhas), em algum lugar em Paris. Seu pai havia lhe chamado para conversar naquele lugar. Ele não queria ir a esse encontro, por não se dar bem com o pai, mas a curiosidade lhe venceu, além do mais, a vóz de seu pai tremia ao telefone, como se fosse algo de vida ou morte.
O nome de seu pai era Niki. Houve uma brincadeira com o nome de ambos. Segundo o próprio, Niki se chamava assim porque seu pai o achou durão ao nascer. Ele colocou este nome em homenagem ao seu bisavô, Nikielo, Que lutou na segunda guerra mundial. Conseguiu sobreviver a todas as batalhas em que lutou, mas morreu por causa de um tumor em seu cérebro, o que levou dois longos anos de sofrimento. Quando Niki teve seu primeiro filho, decidiu chamá-lo de Riki, em homenagem ao seu pai que se chamava Rikielo. O seu pai não fizera nada de tão importante em sua vida, mas Niki decidiu continuar a brincadeira de nomes.
Um nome bem diferente, mas com uma pronúncia bem comum, pensou Riki.
Ele parou em uma esquina, onde a única iluminação era um poste à beira da calçada. Ele estava parado em frente a um bar abandonado. No letreiro se lia “La Barre”.
Que nome original, Pensou Riki. Mas percebeu que logo a baixo havia uma pequena descrição em françês do bar. Na verdade, não era um bar. Era uma pequena boate que se chamava “La Barre”. Riki achou ridícula a sua conclusão. Parou de pensar na boate/bar e dirigiu seu pensamento para outro lugar na rua.
Havia uma pista estreita, entre duas ruas cheias de armazéns e lanchonetes fechados. Talvez abandonados. Certamente, aquela era uma rua de comércios. A rua estava quase completamente escura, poucos postes a iluminavam.
Riki começava a se perguntar onde estava o seu pai. Queria saber logo porque ele queria tanto o encontrar naquela rua abandonada. Primeiro: O que ele estava fazendo em Paris? Ele morava em Natal, no Rio Grande Do Norte, no Brasil. Moravam ele e sua mãe lá, mas moravam em casas diferentes. O nome de sua mãe era Míria, e havia decidido se divorciar de seu pai quando Riki tinha onze anos. Ele e sua irmã Claudia, cinco anos mais velha que ele, haviam sofrido anos por causa das brigas de seus pais. Finalmente se separaram e tiveram um pouco de paz. Riki, atualmente, tem 21 anos. Sua família sempre teve posses. Seu pai é dono de uma grande fazenda no Mato Grosso do Sul, e sua mãe é a proprietária de uma empresa exportadora de materiais em geral, concentrada no Rio de Janeiro.
Ele voltou a pensar em Claudia. A lembrança de sua irmã o deixou mais calmo. Ela tinha longos cabelos ruivos e ondulados – ele já era moreno de pele branca –, tinha olhos verde escuro, iguais aos dele e tinha umas poucas sardas no rosto. Claudia mora em Paris há três anos, Riki acabou de se mudar para Paris para estudar psicologia. Estava morando com a sua irmã em seu apartamento no centro da cidade. Agora ele estava bem longe de casa.
Um ruido de passos o despertou de seus pensamentos. Uma sombra se aproximava do outro lado da rua, em uma pequena passagem entre dois armazéns. A sombra parou debaixo de um poste iluminado. O homem de meia idade tinha cabelos pretos e olhos escuros. A pele era morena. Vestia um moletom azul e uma calça jeans preta. Ele olhou hesitante para Riki, quase como se quisesse sorrir por vê-lo.
– Pai – chamou Riki. - O que está acontecendo? Por que estamos aqui?
Niki abriu a boca para falar, mas de repente empalideceu. Riki teve uma sensação estranha. Seu pai o surpreendeu com um grito de alerta.
– Riki, cuidado!
Riki olhou imediatamente para trás. Mau processou o soco que levou e foi direto para o chão. Ele conseguiu olhar para o homem. Era alto, estava de gorro preto.
– Você – disse ele, com infelicidade.
– Agora – disse o homem, sombrio.
Ele olhou para o outro lado da rua. Seu pai estava inconsciente, nos braços de outros dois homens.
– Você disse que não ia machucar ninguém da minha família! - Rosnou Riki.
– Não o machucamos. Ele só foi dopado.
– Ah! Me sinto muito melhor.
O homem o ignorou. Ele olhou nos olhos de Riki.
– Riki, agora.
Agora, Pensou Riki. Agora que tudo acaba pra mim.
Ele deixou escapar uma lágrima. Agora. Mais nenhum momento de vida. O tempo acabou.
Ele pensou em seu amigos no Brasil, pensou em sua mãe e seu pai e pensou, principalmente, em sua irmã. Quem irá protegê-la? Não deveria acabar tão rápido.
Riki respirou fundo. Era agora. Ele sabia que esse momento ia chegar. Ele olhou nos olhos do homem.
– Vá em frente. Mas não machuque nem a minha família e nem aos meus amigos.
– Não farei.
Riki, então, fechou os olhos. Ele ouviu alguns ruidos estranhos. Mecânica de arma. Além dos ruidos, ele escutava seus soluços. Não estava preparado para morrer. Pensou novamete em tudo que lhe foi importante. Pensou intensamente em cada momento feliz de sua vida. Resou.
Então, escutou o barulho do disparo.
Autor(a): angeloptiste
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Já era meia noite. Claudia estava em seu apartamento, tentando desesperadamente ligar para o seu irmão. Ele havia saído, mas não contara para ela onde ia, isso a deixou ainda mais nervosa. O que será que aconteceu? Insistia o pensamento. O que será que aconteceu? Ela parou no meio da sala. Decidiu parar de ligar para ele ...
Próximo Capítulo