Fanfics Brasil - Capítulo 2 Os Alienados (Adaptada)

Fanfic: Os Alienados (Adaptada) | Tema: Original


Capítulo: Capítulo 2

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Já era meia noite. Claudia estava em seu apartamento, tentando desesperadamente ligar para o seu irmão. Ele havia saído, mas não contara para ela onde ia, isso a deixou ainda mais nervosa.


O que será que aconteceu? Insistia o pensamento. O que será que aconteceu?


Ela parou no meio da sala. Decidiu parar de ligar para ele e esperar para ver se ele chegava.


Claudia ligou a televisão e sentou-se no sofá. Ela não conseguia prestar atenção no programa de TV. Seus pensamentos vagavam em torno das ultimas três semanas.


Ela havia ido para o Brasil para passar suas férias. Se instalou no apartamento de Riki, em Copacabana. Ela se lembra que andaram muito por todo o Rio de Janeiro. Ela também conheceu os amigos de Riki: Mark, Kamila e Mateus.


Claudia, então, para passar o tempo e tentar afastar a angustia decidiu organizar seus pensamentos lembrando de cada amigo de Riki que ela conheceu no Brasil.


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Mark é bem nerd. Ele adora jogos de RPG, livros de crônicas de aventuras e vive antenado quanto às novidades de suas séries, filmes e livros favoritos. Ele tem cabelo preto bem pequeno, usa óculos – quando ele fica nervoso ou preocupado, ele pressiona o óculos contra o nariz -, tem uns vinte e três anos e trabalha na redação do Jornal Local RJ com a Kamila.


Kamila é um pouco reservada. Ela pegou muita amizade com Claudia quando ela veio para o Brasil. Ela é uma pessoa simpática, sabe sempre o que tem que dizer, mas ninguém nunca conseguiu dizer realmente se conhece a Kamila. Não sabem muito da história dela. Sempre quando o assunto era a vida dela ela mudava de assunto. Ela tem longos cabelos pretos e olhos escuros. Tem aproximadamente vinte e quatro anos.


Já Mateus, pode se considerar o melhor amigo de Riki. Eles conviveram desde pequenos, estudando juntos e fazendo a faculdade de psicologia juntos também. Mateus tem personalidade bem forte, é muito simpático e compreensivo e entra em brigas muito facilmente – exemplo: quando desrespeitam a ele ou a qualquer um de seus amigos. Ele tem a mesma idade de Riki, vinte e um anos.


Claudia, Riki e os amigos dele andaram muito e conversaram durante todo o inverno. Todos se tornaram amigos imediatamente. Claudia prometeu visitar o Brasil mais vezes. Até que Riki decide falar com ela e pede para ir junto com ela para Paris para estudar psicologia. Claudia estranhou de início, pois ela achava que Riki preferiria ficar com os amigos, mas ele explicou a ela o porque. Disse que queria ser um bom profissional, treinar um pouco mais da língua francesa e ficar mais tempo com a irmã. Desde os últimos anos, Claudia meio que se tornou responsável por Riki, já que seus pais estão muito ocupados com seus afazeres. Raramente eles vêem algum deles. Claudia se convenceu e o levou com ela.


Eles chegaram em Paris. Claudia decidiu esperar um pouco antes de colocar Riki em uma universidade particular da região. Decidiram dar um tempo juntos, andar juntos, matar a saudade.


Isso aconteceu nas ultimas semanas.


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Seus pensamentos foram interrompidos com batidas fortes na porta. Rapidamente sentiu um alívio.É o Rick! Finalmente aquele garoto lembrou que tem uma casa.


Ela desligou a televisão e foi até a porta. Quando a abriu seu coração parou. Havia um policial ou algo do tipo ao pé da porta mostrando seu distintivo.


– Detetive Wallace Chevalier. A senhorita se chama Claudia Bonin? - disse o detetive em francês.


– Sim, sou eu... – a foz falhou. - Algum problema?


– Senhorita, à pouco mais de 3 horas encontramos... uma pessoa. Ela possuía documentos de uma pessoa chamada Riki Bonin, que no caso é seu irmão.


– Meu irmão foi assaltado? - perguntou Claudia assustada.


– Não é bem aí que eu quero chegar. O que eu quero dizer é que encontramos... um corpo. - Claudia empalideceu. O detetive se apressou a dizer – Mas ainda não sabemos se é ele! O rosto está desfigurado... - ele imediatamente se arrependeu de ter dito aquilo - Ah, não! Droga... Senhorita...


Claudia não conseguia disfarçar o pânico. Entrou imediatamente em negação. Saiu pela porta do apartamento, empurrando o detetive todo enrolado.


– Onde ele está? Isso é uma brincadeira, não é? Só pode! Riki, já descobri tudo, apareça idiota! Não tem graça. - ela saiu pelo corredor em pânico gritando o nome do irmão. O detetive foi atrás. - Riki? Riki! Pare com isso! Eu tô ficando nervosa. Apareça!


O detetive Chevalier a segurou nos ombros e a sacudiu.


– Senhorita Bonin! Acalme-se! Não é uma brincadeira. Isso é sério! Seu irmão, possivelmente foi assassinado. Mantenha a calma e me acompanhe até a delegacia. Precisamos lhe fazer perguntas.


– Danem-se as perguntas! Eu não acredito em você. Meu irmão não tem inimigos, não há cabimento a sua afirmação. Meu irmão não foi assassinado.


– Senhorita, por favor, se acalme e venha comigo. Essa vai ser uma noite longa e dolorosa. Quer um calmante? - O detetive retirou do bolso um frasquinho de comprimidos e deu um à Claudia. Ela engoliu sem hesitar.


Ainda não conseguia acreditar. Não queria acreditar, mas decidiu ir com o detetive para a delegacia.


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Foi como o detetive Wallace Chervalier disse: uma noite longa e dolorosa.


Claudia respondeu perguntas absurdas sobre o seu irmão. Varias vezes se irritou com o detetive que estava lhe fazendo o questionário. Mas a parte mais dolorosa foi ter que reconhecer o seu irmão no necrotério. Não havia mais ninguém ali para o fazer por ela e ela não aguentaria a ansiedade de esperar algum dos amigos de Riki chegar até Paris e identificar por ela. Então tomou outro calmante do detetive e foi até lá.


O cheiro... o cheiro do ambiente era... diferente. Ela tentou ignorar o ambiente assustador e seguiu em frente com o detetive. Ele a guiou até uma gaveta e a puxou. Retirou o pano apenas da parte de baixo. Ele disse que ela não precisava e não era obrigada a ver a parte de cima. Pediu para que ela apenas reconhecesse as roupas.


Ela desabou em lágrimas. Berrou. O detetive a abraçava consolando-a.


Claudia reconheceu as roupas do seu irmão. Uma calça jeans e uma blusa vermelha que ela lhe comprara assim que se mudou para Paris. Era umas das peças de roupas de presente que ela lhe dera de boas vindas. Agora as roupas vestiam um Riki sem vida. Como estaria o seu rosto? Quase pediu para o detetive retirar o pano por completo, mas decidiu que não queria guardar aquela ultima imagem do seu irmão para sempre. Preferiu manter apenas as lembranças dele vivo e com aquele sorriso brincalhão que ele tinha.


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Mal sabia Claudia, mas a partir daquele momento sua vida mudaria. Mal sabia que sua dor seria tanta que acabaria fazendo escolhas erradas para acabar com ela.


Depois de algum tempo, percebeu que estava tomando muitos daqueles calmantes que o detetive lhe oferecera. Mas os calmantes não eram mais suficientes para amenizar a sua dor. Começou a consumir álcool e drogas. Então se seguiram três longos meses de êxtase, em um mundo sombrio e desconexo. Um mundo cheio de tristeza e sofrimento, mas, ao mesmo tempo, sem nenhum sentimento.


 


 


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Autor(a): angeloptiste

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • bryan Postado em 06/01/2014 - 03:16:31

    Continua! Gostei muito!


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