Fanfics Brasil - §2 Manual da conquista §2 vondy [finalizada]

Fanfic: §2 Manual da conquista §2 vondy [finalizada]


Capítulo: 19? Capítulo

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CAPÍTULO OITO


 


Mesmo sem nenhuma energia, o sexo de Christopher parecia um membro à parte do corpo, pois estava ereto e faceiro como nunca. Infelizmente, para ele, o desgaste com o trabalho cobrou seu preço, e a energia gasta para levantar os ânimos sexuais acabou faltando em outras partes. Ao caminhar na direção do corpo deslumbrante e excitante de Dulce, a visão falhou. Tudo ficou turvo, de repente.


— Christopher — Dulce disse ao ver o rosto pálido dele. — Christopher!


Os olhos se reviraram e ele tombou pesadamente no chão.


Christopher acordou com náusea e uma dor de cabeça alucinante.


— Você está bem? — Dulce estava sentada de joelhos no chão ao lado dele. Ele conseguiu mover os olhos para constatar, com tristeza, que ela havia vestido um roupão. Não sabia dizer qual dos dois estava mais constrangido.


— Não podia estar melhor. Ela sorriu.


— A culpa é minha. Acho que te assustei.


Não podia continuar estatelado ali, olhando para ela; Tentou se levantar.


— Desculpa. Não dormi nada ontem à noite. Só tomei café- Resolvi sair e... bem, me desculpa. — Ela parecia com pena.


— De todos os homens que já me viram nua, você foi o primeiro a desmaiar. Costuma desmaiar com freqüência?


— Desmaiar? Não desmaiei! Eu... perdi os sentidos. Foi a primeira vez. Vou para casa agora, comer alguma coisa e depois me atirar da janela.


— Mas você mora no segundo andar.


— Melhor ainda. Podia acabar morrendo se o andar fosse mais alto. Estou atrás de um grande gesto nesta vida, não na próxima.


Ela sorriu novamente.


— Você está muito pálido. Fiz uma massa. Quer comer um pouco? Isso ajudaria?


A gratidão encheu o peito de Christopher. Havia constrangido Dulce, feito papel de idiota e ela ia alimentá-lo, mesmo assim.


Ele se levantou, as pernas ainda bambas.


— Você é uma pessoa maravilhosa e rara.


Dulce não tinha a menor idéia de por que havia convidado o homem a comer na casa dela. Devia ser culpa. Por haver tentado pular os capítulos do livro, o pobre quase tinha tido uma síncope. Até que a cena tinha sido engraçada. Pôs a lasanha no forno e foi trocar de roupa. Não queria que Christopher desconfiasse que a lasanha tinha sido feita especialmente para ele. Que havia planejado que os dois comessem juntos depois de terem feito amor. Bem, pelo menos a lasanha ele ia comer.


Vestiu jeans e um casaco de moletom. Ao voltar para a sala, notou que ainda estava cheia de velas acesas. Disfarçou e foi apagando uma por uma.


— Você não está doente, está? — Ela perguntou, pousando uma das mãos sobre a testa de Christopher.


— Não, só estou cansado. Não dormi na noite passada.


— Sei. — Ela foi até a cozinha. — Você me disse.


Então se era cansaço, o que ou quem tinha feito Christopher ficar acordado a noite inteira? Pensando melhor, em vez de lhe servir lasanha deveria era ter jogado tudo na cabeça dele.


Christopher a seguiu até a cozinha e parecia ter lido os pensamentos de Dulce.


— Estava trabalhando.


Ela leu alguns artigos dele. Não era o tipo de jornalista que se encontrava com fontes secretas para derrubar governos. Escrevia sobre política local e assuntos do cotidiano. Lembrava que ele mencionara também escrever discursos e informes anuais para empresas. Não conseguia entender como algum desses assuntos poderia consumir uma noite inteira de alguém. Bem, não era assunto seu. Havia oferecido comida e não podia voltar atrás agora. Depois o mandaria embora.


— Sei.


Christopher passeou os dedos pela bancada até alcançar uma das mãos de Dulce.


— Se te contar uma coisa, promete que vai manter segredo?


Ela era professora de adolescentes. Será que ele achava que fosse uma tola? Aquela historinha de segredo era mais antiga que a sua avó.


— Depende do segredo.


Ele a olhava, indeciso. Não conseguia adivinhar se ele estava tentando inventar uma desculpa ou se estava realmente na dúvida se deveria ou não confiar nela. Dulce se afastou e começou fatiar o pão francês que havia comprado mais cedo. Ofereceu a ele uma cesta com as fatias e Christopher devorou um pedaço.


— Estou escrevendo um romance — ele disse, enquanto devorava um segundo pedaço.


— Um romance.


— É. E você é a primeira pessoa a saber.


Lembrou-se do aluno Joe Stegna quando falou que não havia podido terminar o trabalho sobre Shakespeare, porque estava construindo um foguete no quintal de casa. Ela cruzou os braços e olhou para ele com uma cara de quem não estava para brincadeiras.


— E qual é o nome desse romance?


Mentes aprisionadas. — Ele estava entretido na torrada. — Sei que o título é meio brega, mas é só para ter uma referência, só para começar com algo. O que acha?


Que qualquer um poderia ter inventado um título como aquele em um segundo, era o que achava.


— Qual é a história? — Apanhou os pratos e talheres Para os dois, enquanto aguardava mais uma mentira.


Ele a ajudou a arrumar a mesa, ajeitando os jogos americanos.


— É meio difícil falar sobre o tema ainda.


— Eu entendo.


— Achei que fosse ser puro mistério e suspense. Na verdade, ainda nem acabei. Estava apenas deixando os pensamentos voarem. Foi então que entrei na mente do policial. Ele é o personagem principal. Na história, está tendo problemas psicológicos. Começa a ter problemas em distinguir o que é ficção e o que é realidade. Nesse meio tempo, o assassino começa a deixá-lo ainda mais insano. Nils não é nenhum idiota.


— Nils?


— É o nome do assassino. Em alguns momentos, o policial nem tem mais certeza se o assassino existe realmente. — Os olhos de Christopher queimavam de entusiasmo e Dulce percebeu que havia cometido um erro. Ele estava mesmo escrevendo um romance.


Ela colocou as travessas na mesa, sentou-se do lado dele e resolveu não esconder que havia preparado um banquete. Trouxe a salada da geladeira e pegou a garrafa de vinho tinto para que ele abrisse.


— Sei que dizer que está escrevendo um romance soa meio pretensioso, mas...


— Não, é fantástico. É um jeito maravilhoso de alimentar a mente e impulsionar a criatividade. E, além disso, nunca se sabe, pode acabar sendo um sucesso de vendas. Parece ser interessante. Um livro de suspense psicológico e de amor. Você já leu...


Quando a lasanha saiu do forno, os dois já estavam em uma discussão literária animada, conversando sobre os livros e autores preferidos. Christopher acabou admitindo algo que nunca dissera a ninguém até então. Que seu sonho era viver escrevendo livros de suspense.


—E você? — Ele perguntou já na sobremesa, provando o sorvete de morango. — Sempre quis ser professora?


Dulce o observava do outro lado da mesa. As luzes das velas dançavam pelo rosto de Christopher, criando sombras e traços e se refletindo nos olhos dele. Era incrível que depois do fracasso retumbante da estratégia de sedução, ela se sentisse tão relaxada e à vontade com um homem.


— Sempre. Era a irmã mais velha e brincávamos de escolinha. Claro, eu era a professora. Quando meus irmãos começaram o ensino fundamental, já sabiam ler e escrever.


— Você deve ter o dom da profissão. Ela deu de ombros.


— Não sei. Tenho a impressão que aprendo mais do que ensino. Mas dou o melhor de mim para tornar as aulas interessantes. Se não sei nada sobre o assunto, procuro trazer um especialista. — Ela parou, fazendo uma expressão de como se houvesse inventado a pólvora.


— Na verdade, o tema das próximas aulas será jornalismo. Estava pensando em levar um jornalista de verdade para a sala de aula. Aceitaria ser o convidado de honra?


Ele a olhou e ergueu as sobrancelhas.


— Eu?


— E, por que não?


— Não sou um repórter fixo, trabalho como freelancer.


— Qual o problema? Acho até mais interessante. Por favor, diga que aceita!


Ele parecia bastante desconfortável e, mais uma vez, Dulce suspeitou que fosse a excessiva timidez.


Do outro lado da mesa, Christopher se perguntava se ela estaria tão entusiasmada com a idéia se soubesse que alguns dos trabalhos que ele fazia eram sob o pseudônimo de Lance Flagstaff. Ou, por exemplo, que o último artigo de sua autoria havia sido para uma revista masculina com o título "Como deixá-la excitada o tempo todo".


Deu um bom gole do vinho e chegou a conclusão que estava cansado demais para inventar uma boa desculpa e recusar o convite. Realmente, precisava dormir. Não conseguia pensar direito.


Porém estava eternamente grato a Dulce pela visão do corpo nu, iluminado pelas velas. Uma imagem que estaria em sua memória para sempre. Nunca havia visto nada tão belo. Porém, pelo andar da carruagem, talvez ele não a visse nua nunca mais.


Ela não tirava o olho dele, esperando ansiosamente pela resposta. Bem, pensou ele, contanto que ninguém soubesse que era Flagstaff, não haveria perigo algum de que fosse acusado de corromper adolescentes.


— Se você faz tanta questão... tenho um horário flexível. É só me avisar qual a> melhor hora para você.


Dulce deu um sorriso contagiante.


— Obrigada, Christopher. Muito legal da sua parte.


Houve um silêncio e Christopher sentiu que era hora de levantar acampamento antes que passasse mais vergonha, dormindo em cima da taça de sorvete. Os olhos estavam pesados. Levantou-se com dificuldade.


— Quer que ajude a lavar a louça?


— Não precisa, obrigada. — Ela também se levantou, foi direto para a porta da saída, abrindo-a para ele.


Ele a seguiu.


— Obrigado pelo jantar.


— De nada. — O clima ficou tenso de repente. Mais uma vez, ele não se perdoava por mais uma mancada. Não queria que aquela relação tão promissora fosse ser prejudicada por causa de uma queda de pressão. Ele tinha que consertar aquela situação de alguma maneira.


Os lábios de Dulce estavam levemente tensos e ele sentiu uma onda de desconforto.


— Bem — disse ela. — Boa noite.


Que droga! Pelo menos, até agora, a tolice ainda não o havia matado.


— Então, será que vou voltar a te ver nua novamente? A raiva e uma faísca de ressentimento brilharam nos olhos dela.


— Não nessa en...


Christopher a interrompeu antes que ela pudesse terminar, ciente de não querer que ela prometesse algo que ele não gostaria de que ela cumprisse. Agarrou-a pelos ombros e a puxou contra si, beijando-a com ímpeto, para que da boca de Dulce não saísse mais nenhuma palavra, até que seus lábios amolecessem, os sons e protestos se transformassem em um suspiro.


Pouco depois, afastou-se lentamente, divertindo-se com a expressão de assombro no rosto enrubescido de Dulce. Estava tão atraente e feminina e tão perfeita para ele naquele momento!


Ela continuou sem qualquer convicção: Encarnação.


— Eu não teria tanta certeza — ele a desafiou.



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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 168



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  • stellabarcelos Postado em 02/08/2016 - 15:05:23

    Ahhhhh que lindos! Amei muito

  • larivondy Postado em 24/06/2013 - 13:26:18

    amei a web, Chris dizendo que ama a Dul *-*

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:13

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:11

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:11

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:10

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • aniiinhaa Postado em 19/08/2009 - 17:50:55

    aii q liindo, amei o final!
    Por pouqinho eu achei q ela ia dispensar ele OO'
    Se for criar outro web me avisa flor! ;*


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