Fanfics Brasil - §2 Manual da conquista §2 vondy [finalizada]

Fanfic: §2 Manual da conquista §2 vondy [finalizada]


Capítulo: 21? Capítulo

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CAPÍTULO DEZ


 


— Não se esqueçam de trazer um artigo de jornal para a próxima aula. — Dulce falou em voz alta para que todos os alunos a escutassem, já que a campainha anunciando o fim da aula tocava estridente. Os alunos se retiravam rapidamente, agitados e barulhentos.


A verdade era que estava tão feliz quanto os alunos pelo fim da aula. O motivo era o programa que a esperava em seguida: ia ao shopping procurar o vestido perfeito para o casamento de MAITE Além disso, seria bom para se distrair um pouco e tentar não pensar tanto na noite anterior.


Onde estava com a cabeça?


Se houvesse considerado as implicações de ficar brincando de jogos eróticos com Christopher, nunca teria aceitado aquela pizza. Para um cara tímido, ele havia sido bastante ousado nos toques e atitudes. Mordeu os lábios ao se lembrar dos detalhes.


Foi interrompida por uma batida na porta.


— Anahí?


Ficou impressionada com a expressão de abatimento da amiga.


— Posso falar com você, um minuto?


— Claro, o que foi?


Anahí levava nas mãos um folheto amarelado. Havia segurado com tanta força que estava todo amassado. Dulce reconheceu o papel. Era o informativo sobre a mudança do professor de educação física. Um tal de Brad Koslowiskj estava substituindo o senhor Masters. Todos os professores haviam recebido o boletim pela manhã. Dulce retirou o papel da mão de Anahí em busca de alguma pista, mas não encontrou nada. O verso da folha estava em branco.


— É ele! — Anahí pegou o papel novamente e mostrou a Dulce.


— Ele quem?


— O cara de quem falei. O que me fez sentir a mulher mais desejada e plena do mundo.


Dulce finalmente entendia tudo.


— Você diz, o baixinho, careca e barrigudo, recordista olímpico em sensualidade?


Anahí resmungou e deixou cair o rosto sobre as mãos.


— Nunca pensei que fosse ter que ver esse homem outra vez. Como ele se atreve a vir trabalhar na minha escola, depois de ter me trocado por uma modelinho de quinta categoria?


— Querida, era ele quem tinha que estar sofrendo. Será que não percebe que você é muita areia para o caminhãozinho dele? Sabe disso, não sabe?


— Sei. — Anahí ergueu a cabeça e parecia ter recobrado a força. — É isso mesmo. Ele que se dane. — Amassou o papel ainda mais e o jogou na lata do lixo.


— Você já o viu aqui na escola?


Ela fez que não com a cabeça.    


— Mas isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Aposto que ele nem se lembra que eu dou aula aqui. Egoísta, narcisista! Cochon, imbecile! —Apesar de ser fluente em inglês, na hora da raiva, preferia voltar às suas origens francesas. Era a primeira vez que via a amiga xingando em francês por causa de um homem. Pelo visto, a situação era séria.


O passeio pelo shopping ia ter que esperar. Tinha uma amiga precisando de colo e não podia deixá-la na mão. Ambas passaram em casa para trocar de roupa e foram a um bar que Anahí havia descoberto recentemente. Durante uma hora, falaram mal de todos os homens da face da Terra, porém, de Brad, em particular. Nunca tinha visto Anahí tão abalada por causa de um homem antes.


— Está apaixonada por ele, não está?


A resposta foi dada, porém em francês. Anahí gesticulava e falava sem parar. Dulce não entendeu uma palavra. Depois de alguns minutos, com os olhos cheios de água, Anahí murmurou.


— Estou.


Dulce havia pensado em contar sobre a última estripulia de Christopher e de como ele havia passado de Sr. Acanhado a Sr. Safado, tocando-a de um jeito tão hábil que a havia feito gozar antes mesmo perceber onde estavam os dedos dele. Porém, achou melhor esperar uma ocasião mais apropriada para aquela troca de confidencias.


Não tinha a menor idéia do capítulo em que estavam ou mesmo se ele ainda estava seguindo o manual. O episódio no sofá parecia um capítulo de um livro totalmente diferente.


No entanto, quanto mais se envolvia com o vizinho no andar de baixo, mais perigosa parecia a idéia de fazer amor com ele. E se por acaso conseguisse transformá-lo em um grande amante? E depois que ele se formasse e ganhasse o diploma? Bem, deixaria para se preocupar com isso na sexta-feira.


Sexta. Christopher não podia esperar pela próxima "aula". Havia se tornado o dia preferido da semana. Aquela, especialmente, pois seria o dia que os dois, enfim, fariam amor.


— Na sexta — ele disse, quando ligou para combinar tudo. — Que tal se você viesse aqui para casa? Eu faço o jantar.


Dulce pareceu um pouco comedida do outro lado da linha. Ele também não estava relaxado como normalmente estaria ao saber que acabaria na cama com uma linda mulher. Ela fez uma longa pausa antes de responder.


— Quer que leve a sobremesa?


Se tudo desse certo, ela seria a sobremesa, pensou. Aquela era a noite em que iria seduzi-la, com uma boa comida e outras táticas dadas pelo livro.


— Não se preocupe, já estou providenciando tudo.


Com um "até mais" sugestivo, ele desligou. Por enquanto, estava tudo indo conforme a música. Mas talvez devesse se benzer ou algo parecido, pois com a falta de sorte que andava tendo, ia acabar torcendo o pé a caminho do quarto.


Ah, tinha grandes planos para aquela noite. Lembrou que finalmente poderia usar as velas do outro dia. Dulce era, com certeza, uma mulher que gostava de velas e luz do luar. Ele ansiava por vê-la iluminada por ambas as luzes.


Em frente ao armário, Dulce estava na dúvida entre a minissaia e a calça bem justa. Pensou, que, de repente, seria melhor vestir a que fosse mais fácil de tirar depois.


Espere um minuto. O que é isso? —r dizia-lhe a consciência.


Semicerrou os olhos, encarou-se no espelho. Não havia dúvida de que a sedução seria o prato principal naquele jantar. Também não duvidava que desejavam um ao outro. Christopher era sexy e quanto melhor o conhecia, mais gostava dele. No entanto, queria que o sexo acontecesse do jeito dela. Baseados no dia anterior, eles já tinham passado do capítulo quatro havia muito tempo. Queria ensinar Christopher a fazer amor com uma mulher com destreza. Mas, ao mesmo tempo, não queria.


Voltou a se concentrar no armário e acabou encontrando uma saia jeans longa caríssima que havia comprado recentemente em uma loja de grife. Perfeito, pensou. Para acompanhar, escolheu um casaco branco de gola e manga comprida. Sentia certa satisfação ao pensar que não existia qualquer chance de despertar desejo em Christopher ou em quem quer que fosse. Olhou-se no espelho e sorriu.


Se ela e Christopher iam, em algum momento, se tomar mais íntimos, teria que ser nas condições e no ritmo de Dulce. Afinal, quem era a professora ali?


Desceu as escadas e não pôde conter a ansiedade ao tocar a campainha da casa de Christopher.


Quando ele abriu a porta, Dulce arregalou os olhos. Era a primeira vez que o via tão bem vestido. A calça preta era de linho, os sapatos eram de couro, impecavelmente engraxados e a blusa era de um tecido tão macio que ela sentiu vontade de tocá-la. O colarinho estava com alguns botões abertos, deixando à mostra alguns pêlos de seu peito. Superprovocante. Naquela noite, ele havia se vestido para ela.


Sentiu um calafrio de júbilo pela homenagem. Olhou bem nos olhos dele e se arrependeu. Ficou completamente petrificada. Havia um brilho especial, uma faísca atrevida e perigosa naquele olhar.


Não eram olhos de um homem que não sabia como satisfazer uma mulher. Aqueles eram olhos de um predador, de alguém capaz de dominá-la, possuí-la e fazê-la ficar fascinada por ele.


De repente, ele sorriu e aquela impressão estarrecedora se foi como se nunca houvesse existido. Ele agora olhava sua roupa. Pela expressão divertida no rosto de Christopher, ele sabia exatamente porque Dulce havia procurado no armário a roupa que fosse mais parecida com a de uma freira.


— Por favor, entra.


— Obrigada. — Ela entregou a ele uma garrafa de vinho branco. — Achei que estivesse um pouco quente demais para vinho tinto.


— Perfeito.


Ela entrou no apartamento, sentindo-se estranha. Havia uma mesa redonda arrumada para dois, na varanda, e o lugar estava rodeado de velas. Depois que ele serviu o vinho, apagou as luzes do apartamento, deixando o ambiente iluminado apenas pelas velas e pela noite. A sensação de estranhamento em Dulce aumentou.


No céu, um fiapo de lua. A temperatura estava morna, ainda sob o efeito do dia quente e úmido. Christopher estava excepcionalmente misterioso e a varanda parecia um mundo distante da realidade. Um turbilhão de emoções se apossou de Dulce. Porém, principalmente, sentia muito desejo.


Tentando se controlar, tomou o vinho rápido demais e começou a falar de modo mecânico sobre como os alunos estavam animados com a visita de Christopher.


— Resolvi pedir que todos escrevessem um artigo, depois da sua palestra. Depois, farei uma eleição em sala para escolher os três melhores. Você, então, escolhe o melhor.


— Por mim, tudo bem — ele disse. A voz estava surpreendentemente mais rouca que o normal.


— Obrigada. — Deu mais um gole do vinho e descobriu que a taça estava vazia. Que rápido, pensou. A taça era daquelas grandes. Devia estar com muita sede.


Ao deixar a taça sobre a mesa, ele a serviu um pouco mais.


— Está com fome?


Fome? Estava faminta! No entanto, apesar do tom sedutor da voz de Christopher, ele obviamente estava falando de comida. E se ela fosse uma mulher esperta, trocaria o vinho por água.


— Por mim, podemos jantar — ela respondeu. — Você teria um copo de água?


— Claro, só um minuto. — Apanhou a jarra, na bancada ao lado da mesa de jantar, e a serviu de água. Retirou-se para a cozinha e, em dez minutos, estava de volta com dois pratos. Acendeu mais duas velas sobre a mesa para que melhor enxergassem a comida que parecia de um restaurante cinco estrelas.


— Que delícia. É atum? — Adivinhou ela, olhando o filé de peixe à sua frente, com um molho maravilhoso, acompanhado de arroz e aspargos.


— Comida energética — ele respondeu. — Perfeita para atletas.


— Por acaso, é o seu lado personal trainer que está falando?


O olhar de Christopher era enigmático.


— Quem sabe.


Será que havia algo naquele manual ridículo que ensinava a não falar nada de especial, apenas causar duplo sentido e declarações obscuras? Devia encontrar o livro e queimá-lo. Sentia-se manipulada e não gostava disso. Ela era a professora, afinal. Era quem deveria estar no comando da situação.


Mesmo assim, o filé fresco de atum estava incrível e a conversa de Christopher tornou-se menos esquisita, depois que começaram a comer.


Dulce contou um pouco sobre o dia na escola e perguntou o que ele tinha feito.


Ele pareceu incomodado na cadeira, movendo-se de um jeito tenso e, por fim, disse:


— Estava escrevendo um artigo.


— Para um jornal local? — Seria interessante levar para os alunos, pensou.


— Não, para uma revista.


— É mesmo? — Não se lembrava de Christopher haver comentado sobre trabalhos para revistas. — Que legal. Que tipo de revista?


Ele pareceu ter engasgado, apanhou a garrafa de vinho e a esvaziou em sua taça, que por sua vez foi esvaziada rapidamente.


— É uma revista masculina.


Ele estava claramente constrangido com aquele assunto, então, Dulce achou melhor mudar de tema. Certamente, deveria ser uma revista bem cafona e piegas para adolescentes na puberdade. Respeitava o fato de que ele não se sentisse à vontade em falar dos artigos que tinha que escrever como ganha-pão.


— E como vai o romance?


— Muito bem. Agora, já consigo ver os personagens com clareza, como se eles conversassem comigo. Acho que estou ficando até meio doido. Escuto vozes na minha cabeça. Juro.


— E o que eles falam? — Ela estava achando aquela história divertida, mas também fascinante. Era a primeira vez que conhecia alguém que estava escrevendo um livro.


— Eles não falam comigo. Falam entre si. É meio assustador, mas é bacana, também. Hoje de manhã, a psiquiatra disse ao herói que não vai se casar com ele. Claro, sabia que ela ia recusar o pedido, mas ela disse não, no momento mais delicado do pobre homem. Ele precisava estar forte e a recusa o deixou bem abatido. Agora, o assassino está apertando o cerco.


Dulce estremeceu com a expressão intensa de Christopher. Ele estava imerso em sua própria história. Era genial.


— Ela vai mudar de idéia?


— Como? Quem?


— A mulher. A psiquiatra. Ela vai acabar aceitando se casar com o ele no final? Adoro histórias com final feliz.


Ele balançou a cabeça.


— Não. Ela não vai cometer esse erro.


— Erro? Mas ele precisa dela. — Ela se inclinou, empolgada com os personagens como se já os conhecesse muito bem. — Sem ela, o herói fica muito vulnerável.


— Você é uma romântica, Dulce. As pessoas têm que aprender a viver por conta própria. O ser humano é uma criatura só e deve aprender a conviver com isso.


— Não nego, sou romântica, mesmo — respondeu, um pouco incomodada com a observação amargurada de Christopher. — Mas é melhor do que ser um cético.


— Céticos não sofrem desilusões. Lembrou-se da amiga Anahí.


— A maioria dos céticos que conheço são pessoas românticas que sofreram desilusões. Foi o que aconteceu com você, Christopher?


— Estamos falando sobre personagens de um livro.


— Mas a atitude cínica parece vir de você.


Ele deu de ombros e se inclinou sobre a cadeira, mirando o fiapo de lua que se pendurava no céu.


— Não nasci para casar. O que não significa que o casamento não dê certo para algumas pessoas.


Não sabia por quê, mas Dulce sentiu uma ponta de tristeza ao ouvir aquelas palavras. Parecia que alguém o havia magoado muito.


— Vamos para a sobremesa e um café?


Ela hesitou. Não eram nem dez horas ainda. Não podia ir embora ainda.


— Estou muito satisfeita. Por que não fazemos assim: eu lavo a louça e você faz o café?


— Combinado.


Molhou prato por prato e os talheres antes de guardá-los na máquina de lavar louça. Na cozinha, pôde ver que Christopher era um cozinheiro muito mais eficiente e organizado do que ela. Depois que o café estava pronto, ficou na dúvida se deveria ir para a varanda ou não. No entanto, o sofá trazia certas lembranças que poderiam ser muito perigosas.


Mas antes que ela pudesse se decidir, Christopher a surpreendeu.


— Vem cá. Quero mostrar uma coisa. — Tomou-a pelas mãos e a levou pelo corredor que dava nos quartos. Como era idêntico ao seu apartamento, Dulce sabia exatamente aonde estavam indo.


— Mas lá é o seu quarto.


— Eu sei. É onde fica o meu computador. Gostaria muito que você lesse a passagem do livro de que falei. Quero que você me diga se as palavras da psiquiatra soam convincentes. Se parecem ser de uma mulher.


Aquela era a desculpa mais brega que ela já tinha ouvido ou realmente ele respeitava a opinião dela, o que seria algo envaidecedor. Talvez a leitura pudesse ser uma janela para ver o que Christopher sentia sobre as mulheres.


Mas será que queria mesmo entrar no quarto dele?



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Autor(a): theangelanni

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CAPITULO ONZE   Dulce chegou à conclusão de que não havia nada demais se fosse ao quarto de Christopher. Afinal, o computador ficava lá. Afinal, estava realmente interessada na história e curiosa para saber mais sobre o romance. Que mal havia nisso? Tentou ignorar a cama, mas a verdade foi que realizou uma verdadeira inspeç&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 168



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  • stellabarcelos Postado em 02/08/2016 - 15:05:23

    Ahhhhh que lindos! Amei muito

  • larivondy Postado em 24/06/2013 - 13:26:18

    amei a web, Chris dizendo que ama a Dul *-*

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:13

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:11

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:11

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:10

    amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^

  • aniiinhaa Postado em 19/08/2009 - 17:50:55

    aii q liindo, amei o final!
    Por pouqinho eu achei q ela ia dispensar ele OO'
    Se for criar outro web me avisa flor! ;*


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