Fanfic: §2 Manual da conquista §2 vondy [finalizada]
CAPITULO DEZOITO
Christopher soltou um palavrão violento, porém em voz baixa. Com certeza, ela havia visto o maldito programa. Mas como, se estava na escola? Talvez algum conhecido houvesse visto e contado tudo para ela. Estava perdido agora e sabia que nem uma tonelada de rosas resolveria o problema.
Ela estava furiosa. Com razão. Xingou-se várias vezes por não ter contado a verdade antes. Bateu na porta de leve.
Nada.
Bateu um pouco mais forte.
Nada.
Bateu com o punho até ficar dormente.
Nada ainda.
Começava a ficar irritado. Será que ela não poderia pelo menos ouvir o que ele tinha dizer?
— Dulce!
Uma porta se abriu, mas não foi a dela. O Sr. Forrester, o fofoqueiro do prédio, meteu a cabeça para fora do corredor.
— Que barulheira é essa?
— O senhor viu a Dulce?
O velhinho pôs o resto do corpo para fora.
— Deve estar dormindo. Chegou em casa mais cedo Por causa da gripe.
Então foi por isso que ela descobriu, pensou Christopher.
— Dulce! — voltou a gritar. — Abra a porta ou eu vou...
Não tinha a menor idéia do que faria se ela não abrisse e tampouco descobriu, pois a porta se abriu em seguida. Havia um trinco de segurança e a brecha era de alguns centímetros.
— Quer parar de esmurrar minha porta? — disse Dulce colérica, com a voz fanhosa e uma tosse de acompanhamento.
— Você está bem? Quer que faça um chá ou uma sopa para você? — Christopher esqueceu completamente o que tinha ido fazer ali.
— Tem algo que pode fazer por mim.
— O quê? É só pedir.
— Esquecer que eu existo.
Ele foi mais rápido e pôs o pé na abertura da porta antes que ela a fechasse.
— Por favor, me escuta.
— Para quê? Para ouvir mais mentiras?
— Não! Dulce, eu te amo. — As palavras não fizeram o efeito desejado. Aliás, não fizeram efeito algum. — Só quero conversar com você. Me dá um minuto.
Sabia que Dulce era uma mulher inteligente e ia se dar conta de que ele não sairia da porta dela até que fosse ouvido. Ela abriu o trinco, e Christopher entrou bem rápido no apartamento.
— Trouxe essas flores para você.
Ela cruzou os braços, a três passos da porta, olhando-o com indiferença. Sem jeito, deixou as flores na mesinha ao lado, torcendo para que fossem resgatadas mais tarde.
— O que você quer?
— Você! — Ele passou as mãos pelos cabelos e tentou organizar as idéias.
— Sei que devo desculpas e explicações. Ou vice-versa. Enfim, tinha que ter contado antes que escrevi aquele livro. Mas, no início, a única coisa que queria era descobrir se ele funcionava. Escrevi o manual mais pelo dinheiro, mas não tinha certeza se era eficaz.
— Você me fez de otária.
— Não. — Ele a olhava inconsolável. Como ela podia pensar isso? — Nunca faria isso com você.
— Como você gosta de ser tocada, Dulce? Gosta disso? Gosta daquilo? — Ela o imitava, com desdém. Realmente acreditava que ele a tinha usado.
— Por favor, não pense isso. Não foi o livro que nos ensinou a sermos extraordinários na cama. Nós ensinamos um ao outro. Nos apaixonamos e foi o que tornou o sexo tão especial.
Ela deu uma risada sarcástica quando ele falou em paixão. O que ocasionou em um ataque de tosse. Dulce procurou um lenço no bolso do roupão. O roupão dele. Poderia ter vestido um dos confortáveis pijamas que tinha, mas preferiu o roupão de Christopher. Àquilo era um bom sinal, pensou ele.
— Lembra-se do dia que você veio me trazer o envelope e o livro caiu no chão?
— Vividamente. — Mesmo fanha, ela continuava com a voz sexy.
— Foi a primeira vez que vi o livro impresso. Na hora, fiquei morrendo de vergonha e não queria que achasse que eu precisava de um manual. Quase contei que eu o tinha escrito.
— E não contou por quê? — ela perguntou com ironia.
— Porque também não queria que pensasse que era um escritor medíocre. Na minha arrogância, achei que ninguém fosse precisar de um guia sobre sexo e que você me acharia um imbecil por ter escrito um livro desses. Não conhecia você direito. Para mim, era apenas a vizinha bonita com quem tinha fantasias enquanto terminava os últimos capítulos do livro. Queria convidar você para sair, mas tinha uma pilha de trabalhos para entregar e o livro tirava a maior parte do meu tempo livre. Quando apareceu na minha porta, parecia um sonho, porque tinha me livrado de todos prazos. Mas aí o livro caiu no chão. — Ele não parava de falar, parecia uma máquina. Mas estava nervoso e precisava contar tudo de uma vez. — Vi uma oportunidade única de testar o livro, quando você acreditou que eu precisava dele.
— Não tem idéia de como me senti quando vi você falando da sua experiência para o país inteiro.
— Mas também falei para o país inteiro que te amo.
— Marketing pessoal dos mais bregas.
Ele entendia que tinha cometido um erro, entendia que ela estivesse magoada, mas aquilo era demais. Sentiu raiva.
— Como tem coragem de falar isso? Eu te amo, droga! Disse para quem quisesse ouvir e agora estou falando para você, se ainda não se deu conta. Te amo e quero me casar com você.
Dulce balançou a cabeça.
— Ontem, essas palavras teriam significado tudo para mim.
— E hoje?
— Tarde demais, Christopher. Vai para casa. Estou doente e cansada.
— Sinto muito — respondeu, sem saber mais o que dizer.
— Também sinto muito. Achei que fosse o homem dos meus sonhos.
— E eu sou — ele disse nervosamente. Havia passado a vida toda evitando que uma mulher o achasse o homem dos seus sonhos. E agora sentia que se Dulce deixasse de pensar isso sua vida perderia o sentido.
— Estou com tanta raiva de você! — Ela fechou os punhos e Christopher pôde ver que ela estava irada.
— Acabei de dizer que te amo. Que quero casar com você. Não significa nada?
— Significa que você é igual ao seu pai, que não sabe nada sobre o amor. Quando a gente ama, não mente, não usa a pessoa para uma experiência... para provar que um livro idiota funciona.
Ele largou os braços e rebateu.
— Chega. Você não acredita em mim. Eu desisto!
Ele escancarou a porta, ajeitou a mochila no ombro e saiu. Descia as escadas quando ouviu a porta se abrir novamente. Seu coração se encheu de esperança. Talvez, ela tivesse voltado atrás e decidido dar uma chance a ele. Virou-se e viu as rosas que havia comprado voarem porta afora.
Autor(a): theangelanni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 168
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stellabarcelos Postado em 02/08/2016 - 15:05:23
Ahhhhh que lindos! Amei muito
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larivondy Postado em 24/06/2013 - 13:26:18
amei a web, Chris dizendo que ama a Dul *-*
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:13
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:11
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:11
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:10
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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aniiinhaa Postado em 19/08/2009 - 17:50:55
aii q liindo, amei o final!
Por pouqinho eu achei q ela ia dispensar ele OO'
Se for criar outro web me avisa flor! ;*