Fanfic: §2 Manual da conquista §2 vondy [finalizada]
— Oi — disse Christopher. Ele não parecia constrangido. Ela tentou fazer o mesmo.
— Oi. — Dulce aproveitou o momento para entregar as duas cartas extraviadas.
— Obrigado. Essas são para você. — Ele tinha nas mãos alguns envelopes também. — Desculpa por hoje cedo.
Por que ele tinha que lembrá-la desse assunto? E agora, o que ela devia responder? Espero que você aprenda direitinho? Se precisar de ajuda nos deveres de casa, é só me chamar?
Olhou nos olhos dele e pôde jurar que aquele brilho parecia de alguém que estava se divertindo. Será que Christopher achava a situação dele engraçada? Será que ele precisava de estimulantes sexuais? Dulce não pôde evitar olhar de relance para o "equipamento" de Christopher.
— Está tudo funcionando, se essa é sua preocupação — Christopher garantiu.
Dessa vez, quem estava ficando envergonhada era ela. Olhou para ele aturdida e depois para o corredor, a fim de certificar-se de que não havia mais ninguém por perto. — Seu funcionamento... não é problema meu.
— Eu sei — ele disse se aproximando dela. A voz agora saia mais baixa e mais rouca. — Estava pensando em mudar esse quadro.
— Como é? — perguntou em um tom de professora indignada com o aluno malcriado.
Ao contrário dos alunos insolentes que se assustavam com o tom e a cara que Dulce fazia quando passavam dos limites, Christopher parecia estar se divertindo muito com aquela situação.
— Tem uma coisa que queria te perguntar. Tem a ver com a noite passada.
Do outro lado do corredor, uma porta se abriu. Era o fofoqueiro do senhor Forrester. Se ele a visse ali com Christopher, aquela história ia virar uma novela.
Dulce pegou as chaves de casa e abriu a porta, praticamente puxando Christopher para dentro.
— É melhor conversarmos sem público.
— Claro, obrigado. — Ele passou pelo o hall e parou ao chegar na sala. — Muito bonito. — Ele apontava para o sofá antigo que ela havia reformado, cheio de almofadas com cores vibrantes.
— Obrigada. Quer se sentar? — Ai, Senhor, por que não tinha ficado no corredor, apesar do cricri do senhor Forrester? Ter convidado Christopher para entrar o estava encorajando. Aquilo não ia acabar bem.
Ele sentou-se no sofá e ela optou pela poltrona do lado oposto.
Christopher a olhou de relance e em seguida para as cartas que tinha nas mãos. Deixou-as na mesa de centro e se recostou no sofá. Estava relaxado e confiante. E bonito demais para o azar de Dulce.
Apesar de saber do segredo de Christopher, o corpo de Dulce não parecia se importar com o fato. Sentia a mesma forte atração de sempre, o mesmo desejo ardente. Não era justo. Provavelmente, aquele fogo sem sentido era um sintoma de que ela estava há muito tempo sem namorado.
Dulce fez o mesmo que ele e deixou as cartas sobre a mesa. Entre as contas, havia um enorme convite de casamento. Mais parecia uma epidemia, pensou ela. Todas as amigas na faixa dos trinta anos estavam se casando.
Olhou rapidamente o endereço do remetente e empalideceu.
— Ah, não! — resmungou.
— Qual o problema?
Ela levou um susto, pois não tinha se dado conta que havia falado em voz alta.
— MAITE McLaren vai se casar.
— Ah. Meus pêsames. — Christopher estava muito engraçadinho. Ela até achou graça mas estava sentindo-se abalada com o casamento de MAITE
— Ela era uma das minhas melhores amigas. Até roubar meu namorado, na faculdade. — O orgulho ferido que nunca havia sarado por completo veio à tona quando lembrou do flagrante dos dois aos beijos na biblioteca.
— Fizeram uma aula de poesia juntos e juram que se apaixonaram lendo "Folhas da relva", do Walt Whitman.
— E você, onde estava?
— Lendo Milton. Paraíso perdido. Não vejo MAITE há... já deve ter uns três ou quatro anos. Agora vai se casar com ele e quer esfregar mais uma vez no meu nariz a humilhação que me fez passar.
— Que safada! Ela riu.
— Tirou as palavras da minha boca. — Abriu o envelope e começou a ler o convite. — Esperamos ter a honra da sua presença... blá, blá, blá. Ah, tem um recado escrito a mão. Por favor, traga seu acompanhante. Eu e Christian vamos adorar conhecê-lo.
— Parece que ela está querendo medir forças.
— Parece que ela descobriu que estou solteira e quer fazer me sentir uma perdedora. — Talvez o bichinho do casamento também a tivesse mordido, pois a verdade era que gostava da idéia de sossegar e arranjar alguém para valer. Tinha um ótimo emprego, adorava morar em Seattle, seu corpo era jovem e fértil. Era uma mulher na idade ideal para casar e ter filhos. Só faltava o progenitor. Onde afinal estava ele?
Christopher deu de ombros.
— Então não vá ao casamento.
Dulce deixou o queixo cair, mas a atenção se voltou de imediato para o guarda-roupa.
— Não ir? Tenho que ir. Isso — Ela sacudiu o convite pomposo na frente dele. — É uma afronta, uma provocação. Vou nesse casamento nem que chova canivete.
Olhou a data. Seria em um mês.
— Tenho quatro semanas para me preparar — disse, sem plena consciência de que estava se abrindo para um estranho, o vizinho do andar de cima. — Vou precisar de um vestido impecável e uma companhia de parar o trânsito. — Passou a mão pela barriga e apertou-a buscando gordurinhas. — Também vou precisar de um regime radical. Vou cortar fritura. Quem sabe perco alguns quilinhos?
Olhou para o relógio. Ia tentar se livrar logo de Christopher e fazer umas abdominais no tapete. Tinha apenas um mês e não podia perder um minuto sequer.
A verdade era que nunca tinha superado ter perdido Christian para MAITE Também,nunca tentou esconder a dor de cotovelo de ninguém. Todas as colegas de classe deviam achar até hoje que ela era uma pobre coitada que não tinha conseguido segurar o namorado.
MAITE estava querendo um segundo round? Dulce estava mais do que pronta para a briga. Estava mais velha, mais madura e mais senhora de suas emoções. Tinha um emprego interessante e uma vida muito boa.
Aquela seria a chance de provar isso para a amiga traidora. Precisava de um vestido fabuloso e novos acessórios. Resmungou, mentalmente. O acessório mais importante que precisava não era uma bolsa nova ou um par de saltos altos. E sim um homem lindo e maravilhoso a tiracolo. Onde encontraria um desses?
Faltando apenas um mês para o casamento, não podia perder tempo. Voltou sua atenção para Christopher. Quanto mais rápido se livrasse dele, mais tempo teria para bolar algum plano infalível.
— Você queria conversar alguma coisa comigo?
— Dulce, preciso da sua ajuda.
Ela fez uma pausa e se esforçou para esquecer MAITE, a ladra de namorados.
— Precisa da minha ajuda para quê?
— Sabe aquele livro que você viu cair no chão? Sexo para idiotas completos!
— Sei. — Dessa vez, não ia ficar ruborizada. Afinal, era ele quem deveria sentir vergonha e não ela.
— E que ele é para casais. Ela arregalou os olhos.
— Quer dizer que é para um casal de idiotas completos? Christopher sorriu.
— Não exatamente. O livro é dividido em capítulos... com lições e, bem, alguns exercícios. Preciso de alguém com quem praticar. Como você é a única mulher que conheço que sabe da existência do livro, fiquei pensando se você não faria os exercícios comigo.
Ela se levantou bruscamente. Não acreditava no que ouvia.
— Está me pedindo para fazer amor com você? Acho que está precisando é de um guia prático sobre bons modos para idiotas completos. É óbvio que a resposta é não.
Dulce foi até a porta. Que jogo ridículo esse lunático estava tentando fazer com ela? Não era de admirar que ele não tivesse conseguido sair com ninguém até hoje.
— Não, espera. — Ele se levantou e a seguiu. — Você me entendeu mal. Não quero que faça amor comigo. Por favor. Você parece uma pessoa com um bom coração.
— Também tenho o cérebro maior que uma laranja, sabia? — Nervosa, abriu a porta e o encarou, possessa de raiva.
— Tchau.
— Não tem nada além de beijos até o capítulo quatro.
— Arranja outra.
— Não me expressei bem. Desculpa. Escuta. — Ele passou as mãos pelos cabelos já despenteados. Parecia um menino assustado e carente. — As mulheres que conheço já têm idéias preconcebidas sobre mim. Elas esperam certas coisas... mas você é diferente. Você não me vê assim. Achei que pudesse me ajudar. Só para começar. Os primeiros capítulos. Prometo que nunca faria nada que não quisesse.
Mais uma vez, ela se espantou com o fato de que um homem tão lindo pudesse ser um desastre com as mulheres. Um daqueles mistérios da vida.
— Quer que faça amor com você por pena?
Autor(a): theangelanni
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— Mas quem está falando de sexo? Só quero descobrir se o livro funciona. Se você topasse praticar os primeiros capítulos comigo, tipo, toda sexta-feira, seria eternamente grato. Ela estava com um veemente "Não!", na ponta da língua. Mas o convite continuava ali, preso entre o polegar e o dedo indicador. De repente, foi como se ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 168
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stellabarcelos Postado em 02/08/2016 - 15:05:23
Ahhhhh que lindos! Amei muito
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larivondy Postado em 24/06/2013 - 13:26:18
amei a web, Chris dizendo que ama a Dul *-*
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:13
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:12
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:11
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:11
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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ingenua Postado em 22/01/2011 - 23:47:10
amei o final,, faz uma continuaçao... =D ^^
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aniiinhaa Postado em 19/08/2009 - 17:50:55
aii q liindo, amei o final!
Por pouqinho eu achei q ela ia dispensar ele OO'
Se for criar outro web me avisa flor! ;*