Fanfic: Até que enfim a gravidez | Tema: Fátima Bernardes e William Bonner

VAMOS POR MESES! DAQUI PRA FRENTE, VAI SER ASSIM, ATÉ O ÚLTIMO. DEPOIS
FAÇO UM ARREDONDAMENTO DE TODO O PÓS NASCIMENTO E ACABA A FIC. TALVEZ
FECHE TUDO COM MENOS DE 30 CAPÍTULOS.

- a festa
 - o desejo

 Fátima, através do exame de ultrassom, descobriu que tava com nove
semanas e alguns dias de gravidez, o que fechavam dois meses. Havia
combinado com William um jantar de comemoração com alguns amigos, o
que lhe tiraria o sono, literalmente.
 Assim que saiu do banho, Fátima ficou atordoada por não saber que
roupa usar. Não conseguia assimilar o que combinava com o quê e chamou
William, a fim de pedir-lhe uma ajuda.
 - O que foi, amor?
 - Não sei que roupa usar.
 - Mas amor, é apenas um jantar com alguns amigos. Nada absurdo!
 - Eu sei, eu sei. Mas e se eu ficar mais a vontade e todos vierem bem
vestidos? E se eu for a única vestida pra uma noite de gala? O que eu
faço?
 - Na dúvida, liga pra uma amiga! - sugeriu William, piscando um dos
olhos e saindo do quarto.
 Logo, Fátima pegou o telefone e ligou para Veridiana, pra saber o que
a amiga usaria.
 - Uma camisa e uma saia. Por quê?
 - Ah! Está bem... Eu não sei o que usar!
 - Fique a vontade, Fa. Não ligamos pra luxo!
 Ela desligou o telefone e voltou suas atenções para a roupa que
usaria. Depois de muito procurar, encontrou um vestido laranja, que
havia ganho de sua avó. Era largo, com pregas da cintura pra baixo e o
comprimento era de dois dedos acima do joelho. Colocou uma sandália
dourada de salto médio e apenas penteou os cabelos, bem curtos por
sinal. Brincos pendurados em cada orelha e um colar simples, que
William havia lhe dado de presente quando completaram o segundo
tratamento, como se fosse pra dar sorte. De fato, havia dado. Por mais
simples que parecesse, aquele era o colar mais lindo que já havia
recebido, pois simbolizava uma nova vida sendo gerada.
 Assim, se olhou no espelho e estranhou o tamanho da barriga. Apenas
dois meses e já havia barriga de grávida naquele corpo! "Estranho...",
pensou Fátima.
 Pegou seu celular na mão e desceu as escadas.
 William mal prestou atenção na mulher, lhe deu um beijo na testa e
subiu correndo as escadas, de dois em dois degraus: estava atrasado.
 Tomou seu banho em menos de meia hora e pegou a primeira roupa que
viu na frente. Calça jeans e camisa branca; roupa que combinaria, sem
dúvida nenhuma, com o vestido de Fátima.
 Se olhou no espelho, viu que tava bom e calçou um sapa tênis marrom,
fugindo da combinação de cores. Deu uma ajeitada no cabelo e olhou em
volta.
 Sorrindo, desceu as escadas.
 - Amor, ninguém chegou? - Fátima, que havia ido até a cozinha, se
virou para William com um copo d`água na mão e seu vestido girou,
quase mostrando a roupa íntima que usava. - Meu amor! - exclamou ele,
boquiaberto com a beleza da mulher.
 - O que foi?
 - É bege? - brincou ele, se referindo à calcinha da mulher.
 - Mais tarde você descobre!
 Ela sorriu e sentou no sofá novamente pra ver televisão. Porém,
quando passou por William com o vestido quase justo na barriga, não
pode deixar de perceber que algo ali havia crescido.
 - Você já engordou?
 - Hã? - e ela se virou pra ele. - Isso é coisa que se pergunte, William!?
 - Desculpa amor, mas você não pode estar barriguda. É apenas o segundo mês.
 - Barriguda. - disse ela, se referindo a maneira da palavra de
William. - E eu também achei estranho, mas não posso ter engordado.
 E antes de começarem uma longa conversa, alguns dos convidados chegaram.

 O jantar estava indo conforme o planejado. Música boa pra
descontrair, bebida de qualidade que contava com vinho, drinque e
cerveja - além de água para a grávida - e também comida boa. Carmen, a
empregada do casal, havia feito rocambole de guisado, com presunto e
queijo. Arroz e feijão para deixar tudo mais familiar e almondegas
assadas.
 Estavam todos comendo e conversando, quando Fátima sentiu algo
estranho. Se recostou na cadeira que estava e passou a mão na barriga,
enquanto mordia os lábios. Com uma das mãos, segurou a outra de
William.
 - Amor, uvas! Três. Eu quero comer três uvas bem roxinhas.
 - Mas uvas, amor? E onde eu vou encontrar uvas a essa hora e nessa época?
 - Por favor. Uva, William. - e ela continuava mordendo os lábios e
massageando a barriga.
 Sandra, muito brincalhona, não perdeu a oportunidade.
  - Dizem que se o desejo não for atendido, o bebê nasce com cara
daquele desejo.
 - Isso é mentira. Muitas vezes eu não pude comer tijolos e o meu
filho não nasceu com cara de tijolo. Nem vem, Sandra. - retrucou
Márcia.
 - Ela está brincando, amor!
 - Essas duas! - exclamou Carmen, colega da redação e amiga do casal.
 - Certo! Gabriel, Felipe, Ernesto... Vocês me ajudam a encontrar uva?
 - Claro, Wil. Deixa nossas meninas com elas mesmas! - e Gabriel riu.
- A gente já volta.
 Todos se despediram e lá estavam os quatro a procura de uvas roxas.
 E lá pela uma hora da madrugada voltaram todos. Quando chegaram na
casa de William, não viram ninguém na sala, nem na cozinha e nem no
escritório. As luzes estavam apagadas e então todos foram até o
segundo andar, onde acharam todas as mulheres no quarto de Fátima e
William, experimentando roupas, rindo e brincando.
 - Amor, trouxe as uvas! - disse William, assim que abriu a porta e
viu todas ali.
 - Obrigada, Wil! Mas... - e ela olhou para a barriga.
 - Não, tudo bem. Eu sei que eu demorei. Mas não foi fácil achar uvas
roxas nessa época do ano! Desculpa.
 - Eu ainda estava com esse desejo! - mentiu Fátima. - Obrigada por
não desistir! - e ela o abraçou, o beijando em seguida. Todos riram e
bateram palmas.
 Assim, depois de mais algumas conversas, todos foram embora, deixando
Fátima e William sozinhos, que subiram e trocaram de roupas.
 Estavam deitados quando Fátima recebeu uma mensagem de Sandra:
Curte essa noite, amiga! Ele trouxe uvas roxas pra você! Como eu
queria uvas roxas hoje! Beijos, Sandra.
 - Quem era?
 - A Sandra. Mandou beijos!
 - Mas ela recém saiu daqui - e antes que William pudesse continuar,
Fátima se aconchegou em seu braço e o beijou.
 - Estou cansada, amor. E aposto que você também. O que acha de
dormirmos essa noite?
 - Eu acho ótimo! - sorrindo, os dois se beijaram e deitaram melhor para dormir.