Fanfic: Até que enfim a gravidez | Tema: Fátima Bernardes e William Bonner

 Assim que chegou na redação, Gabriel viu que William caminhava de
cabeça baixa, então se aproximou do amigo.
 - E aí cara? O que aconteceu?
 - Nada, Gabriel.
 - Quem nada é peixe. - disse ele, bem-humorado.
 - Vamos até meu camarim que lhe conto tudo.
 - Espera... Foi assim que você engravidou a Fa? - brincou.
 William revirou os olhos e os amigos foram até o camarim de William.
Gabriel sentou no sofá, enquanto William sentou em uma cadeira
perdida. Baixou a cabeça novamente e deixou o amigo mais preocupado.
 - Abre a boca, William! Fala alguma coisa.
 - Desculpe... Não é tão fácil contar o que irei te dizer agora.
 - Certo. Mas eu preciso me preocupar ou está tudo bem?
 - Tá tudo bem, na verdade. É que fazem mais de 6 meses que eu e a Fa
não... nós não... Enfim! - ele gesticulava com as mãos, incapaz de
explicar com palavras.
 - Não acredito! - Gabriel se levantou e teve que rir. Não que fosse
engraçado, ou melhor era, mas não estava rindo do amigo. E sim da
situação. - Desculpa Wil, mas você não tem cara de quem não transa com
a mulher há mais de seis meses. Você sabe... O casal tem fama de
sedento! - brincou ele.
 - Rá! Eu sei disso... Mas nunca mais rolou nada. Ainda tem sede, tem
desejo, mas não tem a consumação disso tudo. Eu amo ela e sei que ela
me ama também, mas com a gravidez nós acabamos...
 - Sei como é. Aliás não, eu não sei. Mas de qualquer forma... -
Gabriel fez uma pausa, sentou novamente e encarou William. - E os
beijos, como são?
 - Hã? - ele foi pego de surpresa.
 - É cara, como estão os beijos? Quentes, mornos ou frios? Se é que tem beijo...
 - Tão normais, como sempre.
 - Ah!
 - Frios. - ele cedeu. - Nem lembro da última vez que nos beijamos com
vontade mesmo.
 - Tem que tomar cuidado pra paixão não acabar. Sabe como é...
 - Vou conversar a respeito com ela hoje a noite. Mas igual não
poderemos fazer nada. Repouso absoluto.
 Gabriel cobriu o rosto com as mãos e riu, enquanto ouviu baterem na
porta. William abriu e viu Leandro, um dos jornalistas. Ele informou
que estavam chamando os dois para a reunião de pauta.

 - Dona Carmen, a senhora pode vir até aqui? - perguntou Fátima
educadamente para a empregada.
 Ela estava no quarto, se preparando para assistir o Jornal Nacional
quando, de repente, lhe veio uma vontade de saber se o que estava
acontecendo com ela e William era uma coisa normal. Por falta de
amigas no momento, ela teve que recorrer à empregada.
 - Pronto, senhora.
 - Sente aqui, por favor. - a empregada sorriu e sentou-se na beira da
cama. - A senhora é casada?
 - Sou, sim senhora. Fazem quase 20 anos. Por quê?
 - É mãe, não é?
 - Um casal. A senhora me desculpe, mas são modestamente lindos!
 - Acredito que sim. Mas por favor, preciso da sua ajuda.
 - Minha ajuda? Com os bebês?
 - Não. Na verdade é um conselho.
 - Conselho? E de que se trata?
 - Meu casamento com o William esfriou. Há mais de seis meses que nós
não transamos. A senhora me desculpa a conversa e a maneira de falar,
mas estou desesperada. Demoramos tanto para ter esses filhos, mas não
quero perder o William por causa deles! A senhora me entende?
 - Entendo, sim. Quando eu fiquei grávida do primeiro filho, ficamos
quase 1 ano sem transar, eu e o meu marido. Só depois, na segunda
gravidez, que descobri que sexo não interferia em nada na gravidez.
Porém...
 - E como foi pra senhora? Quase 1 ano?
 - Foi estranho. Ele tinha que compensar com outras coisas.
 - Como por exemplo? - Fátima estava ansiosa.
 - Carinho de madrugada, presentes, mimos de quando éramos apenas
namorados... Essas coisas! Fora o tempo que passávamos juntos. Ele
teve que ser bem maior pra poder suportar a falta do corpo a corpo. -
e ambas ficaram vermelhas. - Me desculpe...
 - Não foi nada! Então é quase normal isso? Não é um fenômeno isolado?
 - Acho que não. Pelo menos já passei por isso.
 - E quando tudo volta ao normal? E como é?
 - Com nós foi natural. Estávamos sem dormir faziam 2 dias e
extremamente cansados. Ele me abraçou, nos beijamos e então não
paramos mais e ficamos sem dormir por mais uma noite.
 - Foi bom?
 - Maravilhoso. Sentíamos saudades um do outro... Mas não adianta
forçar a barra.
 Fátima sorriu e abraçou a empregada. Surpresa com o carinho, ela só
pode retribuir também. Depois de um tempo, a empregada desceu e Fátima
ficou sozinha no quarto de novo, vendo o jornal que acabara de
começar.