Fanfic: Até que enfim a gravidez | Tema: Fátima Bernardes e William Bonner

 William chegou no consultório do doutor Francisco, o médico que
cuidava do tratamento, quando ouviu seu nome ser chamado pela
secretária do médico.
 - Já posso entrar?
 - Pode sim. O senhor quer um café ou uma água?
 - Uma água, por favor.
 William foi conduzido pela secretária até a saleta onde o médico
estava. O encontrou de pé, encostado na mesa, como se esperasse
William.
 O doutor Francisco era um homem alto, um pouco acima do peso, com
barba e bigode bem aparados. O branco de seu jaleco era, de fato,
branco, como há muito não se via nos consultórios médicos. Sempre bem
educado e muito carismático, o médico já era quase da família.
 - Boa tarde, William!
 - Boa tarde doutor! - e ambos se cumprimentaram. - Como vai?
 - Bem, obrigado. E você?
 - Nervoso. Ansioso... O senhor pareceu sério no telefonema de algumas
horas atrás.
 - É, mas vamos falar disso depois. Primeiro, queira sentar-se.
 Francisco foi até sua cadeira e William sentou-se também.
 - Como está nossa paciente preferida? - brincou Francisco,
referindo-se a Fátima.
 - Tão ansiosa quanto eu! Vamos doutor, por favor, conte o que o
senhor viu quando abriu esse exame.
 - Calma, William... Eu quero saber como ela está se sentindo física e
emocionalmente.
 - Fisicalmente ela está normal. Continua a mesma mulher linda que sempre foi!
 - Maridos são suspeitos... - brincou o médico. - Mas continue, por favor.
 - E emocionalmente está estavel, pelo menos por enquanto. Faz um
tempo que não a vejo chorando no banho, ou até mesmo quando corta os
legumes pra fazer nossa comida. Entretanto, não sorri mais como
antigamente. Caso esse tratamento não der certo - e William foi
interrompido pela secretária do médico que trouxe um copo com água
para e ele e uma xícara de café para o doutor.
 - Com licença, desculpe atrapalhar. Trouxe a água do senhor William e
seu café, doutor Francisco.
 Ela deixou a bandeja com a xícara e o copo em cima da mesa e saiu do
consultório.
 Enquanto o doutor tomava seu café, William prosseguiu.
 - Caso esse tratamento não der certo, não sei onde aquele
coraçãozinho vai parar. - e, por fim, tomou sua água.
 - Bem, William... - Francisco largou a xícara na bandeja e pegou o
exame de gravidez de Fátima. - Quando nós começamos o segundo
tratamento, eu já sabia que as chances de gravidez seriam bem maiores
do que foram na primeira. Porém, ainda assim, eu pedi para se manterem
firmes. Deus sabe o que faz!
 - Sim, e nós tentamos fazer isso, porém é difícil...
 - Eu sei, eu sei. Agora, quando fizemos esse novo exame com a Fátima,
eu tive certeza de que daria "positivo".
 - Mas?
 - Abra. - e então entregou o exame a William.
 Ele simplesmente largou o copo na bandeja e segurou firme o exame,
como se fosse uma bomba-relógio. Olhou para o doutor novamente que lhe
encorajou com o olhar. Então, sem mais demoras, respirou fundo e abriu
o envelope. Correu os olhos até encontrar o resultado.
 - Então, quer dizer que...
 - Sim, quer dizer que o tratamento deu certo e que a Fátima está
grávida! - e então Francisco abandonou a expressão séria e sorriu
juntamente com o William.
 - DOUTOR, ESTAMOS GRÁVIDOS! EU E A FÁTIMA, NÓS... NÓS ESTAMOS
GRÁVIDOS, DOUTOR! - William festejava. - NÓS CONSEGUIMOS, DOUTOR!
 E então William ficou ali por mais algum tempo, festejando com o
médico seu novo momento.

Fátima estava na sala da maquiagem, terminando de se arrumar quando
ouviu seu telefone tocar.
 - Não vai atender, Fa? - brincou Marcelo, o maquiador.
 - Me alcança ele, por favor?
 Assim que atendeu o telefone, Fátima ouviu a voz de William do outro lado.
 - E então, amor? - Fátima tremia, estava com medo.
 - Fátima, você está sozinha?
 - O Marcelo está comigo.
 - Lembra da nossa promessa? - e William ainda comemorava.
 - William, eu... eu...
 - Só depois dos três meses, amor! - brincou William, relembrando
Fátima da promessa de contar somente depois de três meses de gravidez,
para terem certeza do que estavam falando. - AMOR, NÓS ESTAMOS
GRÁVIDOS!
 - AH! WILLIAM! ENGRAVIDAMOS? - e a essas alturas Fátima já havia
pulado da cadeira e estava pulando feito criança. - AMOR!
 E ali ficaram, comemorando por telefone juntamente com Marcelo.