Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

POV Anahí

Não consigo explicar como o tempo passou depois disso, porque na verdade não sei bem. Sei que Alfonso ficou um tempo no flat onde morava. Ele insistiu muito para que voltássemos, mas eu não cheguei a cogitar essa hipótese. Hoje, 6 meses depois disso, admito que eu ainda o amo muito, mas as circunstâncias mudaram completamente. Quando Giovanna nasceu - aliás, ela é linda e esperta. Tem quase 4 meses, e tem os olhos do pai -, Poncho esteve comigo durante todo o tempo; desde as constrações no meio da noite, quando eu liguei para ele porque realmente precisava que estivéssemos juntos neste momento, até agora. Sim, estamos morando juntos de novo. CALMA! Eu já vou explicar...

Flashback: Cidade do México, 27 de setembro, 21H50.

Eu havia acabado de jantar comida indiana com minha irmã, e ela saíra há pouco tempo da minha casa. Tomei um banho, sentindo um desconforto na minha barriga que imaginei ser pelo peso e o tempo de gestação; já que Giovanna poderia nascer a qualquer momento. Bem, eu não imaginei que seria agora. Deitei na cama, pronta para dormir quando senti algo morno entre minhas pernas. 

- Caramba - murmurei, torcendo para que não fosse isso -, já? A mamãe tá sozinha, filha. 

Liguei para Poncho, sentindo uma dorzinha enjoada em meu ventre.

- Any? - ele atendeu no primeiro toque.

- Amor, quer dizer, Poncho - emendei rapidamente - a Nana vai nascer - sussurrei.

Em menos de 10 minutos, ele estava na porta, perguntando o que fazer.

- Pega a bolsa no quarto com as roupinhas dela, e a minha no nosso MEU quarto - gaguejei.

Ele foi, e voltou voando. - Vem, amor, nossa filha vai nascer!

Poncho me ajudou a entrar no carro, e logo estávamos na clínica. Eleonor já me esperava com tudo pronto - já que meu marido (ex, sei lá), ligara no caminho.

- Finalmente chegou o momento, Any - ela sorriu, enquanto eu me agarrava na base da cama, tentando controlar a dor absurda. 

- Calma, amor. - Poncho pediu, e eu segurei sua mão. Não iria pensar na mágoa, nem no que ele havia feito. Naquele momento, eu precisava dele. 

As contrações foram aumentando gradualmente, até que exatamente às 02h00, alegando que Eleonor me transferiu para a sala do parto. Eu gritei, berrei, chorei, esperneei, até que com uma simples fala de Poncho, tudo se acalmou:

- Eu estou aqui. Não importa o que aconteceu, eu estou aqui agora. Nossa filha vai nascer a qualquer momento e isso depende de nós. Eu te amo, sim? Estamos juntos nessa.

Assenti, fazendo força o máximo que pude, então uma dor extremamente intensa, e ouvi um chorinho.

Poncho não soltou minha mão até que Eleonor entregou Nana para ele. Observei seu rosto enquanto ele a via, e lágrimas saíam de seus olhos. Uma expressão apaixonada tomou conta dele, e um sorriso bobo invadiu seus lábios.

- Caramba, amor! Ela é perfeita - ele fungou, beijando a testa pequena de Giovanna. Ele me entregou a bebê, e um calor imenso e diferente de tudo na vida invadiu meu peito. 

- Oi, princesa - beijei seu nariz -, bem vinda, filha.

Minha filha tinha nascido, e nada mais importava.  Ela era linda, os cabelos fartos amontoados em cima da cabeça, castanhos como os meus. Seus olhos se revelaram verdes como os de Alfonso, mas somente pudemos confirmar algumas horas mais tarde, quando ela os abriu.

Minha família e a de Poncho nos esperavam, e quando fomos para o quarto, a bagunça começou. Discussão entre minha irmã e minhas amigas para serem madrinhas, gente querendo pegar Nana no colo, enfim. Durante os dias que fiquei no hospital, não conseguia imaginar felicidade maior. Isso acabou quando voltei para casa.

- Eu não vou te deixar aqui sozinha - Poncho disse, sentando comigo no sofá. Eu assenti, tirei o seio e encaixei a boquinha de Nana, que sugou, sedenta. - Como é isso?

- Isso o que?

- Amamentar - ele disse, franzindo a testa. Eu gargalhei.

- É estranho, admito. Mas ao mesmo tempo é tão mágico saber que ela depende de mim pra isso, sabe?

Ele assentiu, passando um dedo por meu rosto. - Você nasceu pra isso.