Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

- O Derrick? Aquele Derrick?

- Tá de brincadeira né? - eu ri, achando graça de seu ciúme; quando tive uma ideia. Guardei-a pra mim até mais ou menos um mês depois, quando começaram as gravações.

POV Poncho

Giovanna tinha se tornado a luz da minha vida. Eu sempre quis ser pai, mas o que ela representava na minha vida era algo fora do comum, um sentimento tão forte que eu desconhecia. Agora, aos 5 meses, ela já balbucia e faz gracinhas. É uma garotinha linda, linda, linda.

Quando Any começou a gravar, eu tomei a decisão de continuar de férias e aproveitar minha filha. Era uma maneira de curtir esse momento pelo qual nós tanto esperamos. Confesso que eu também estava muito preocupado com minha esposa tão próxima daquele cara de novo. Caramba, já foi horrível pra mim aguentar os dois de mimimi no set na época da novela, e agora que eu havia ferrado com tudo - sim, eu me arrependi -, ela estava novamente contracenando com ele, e pior: como um casal. E pior ainda: eu desconfiava que eles... que eles... Argh, vocês entenderam.

Meu telefone tocou, era ela:

- Oi. Como esta a Nana?

- Muito bem, ela está dormindo agora, acabou de mamar.

- Hm.. ela está se adaptando bem à mamadeira? - ela perguntou,e pude imaginá-la mordendo o lábio ao perguntar isso.

- Sim, Any. Não se preocupe, ela ainda estará sã e salva quando você chegar. A não ser que você queira que eu vá te buscar com ela.

- Pode ser. Tchau. - Anahi respondeu, e desligou.

Passei o resto do dia ouvindo Nana balbuciar para o desenho da TV, e eu nunca pensei que fosse me divertir tanto ao ver uma cena dessas. Quando eram mais ou menos 19h, agasalhei-a porque fazia muito frio, e fomos buscar Any.

- Você está com saudades da sua mãe, né? - perguntei, colocando-a no bebê conforto.

Nana deu um gritinho, zangada, fazendo um biquinho idêntico ao que Anahí faz quando está descontente.  Eu ri.

- Tá bem, tá bem. Já estamos indo buscá-la.

Dirigi devagar até os estúdios da Televisa, parando aqui ou ali para que as pessoas pudessem mimar Giovanna, que se exibia, orgulhosa. Quando avistamos Anahí, Giovanna começou a pular no meu colo, dando gritinhos.

- Oi, meu amor - Any murmurou, rindo da reação da filha, que esticou-se para ela. - Oi Poncho.

- Olá. - Abri um sorriso, que se fechou no instante em que Derrick se aproximou de nós, pegando uma mãozinha de minha filha.

- E aí, Poncho?

Acenei com a cabeça, pegando Giovanna novamente. 

- Vou te esperar no carro, Anahí. - falei, saindo.

Algum tempo depois, Any chegou com os lábios inchados no carro, o que fez meu estômago revirar ao perceber como eles ficaram daquela forma. Não trocamos nenhuma palavra até chegar em casa, onde ela foi tomar banho e eu levei Nana para o nosso quarto. Minha filha resmungava e choramingava como se conversasse comigo, e eu sentia meu peito apertado.

- Eu sei, filha. O papai também ama a mamãe, mas ele foi burro o suficiente pra perdê-la. Eu espero que você entenda isso quando crescer.

Nana pôs uma mão gordinha em meu rosto, e eu a beijei, deitando-a no meu peito e pegando no sono pouco tempo depois.

POV Anahí

Quando saí do chuveiro, ouvi Poncho falando com Giovanna, e meu coração se derreteu. 

Eu realmente estava ficando com Derrick, mas não significava nada pra mim. O que eu mais queria agora era ter minha família, como uma família de verdade. Sem pensar muito, antes que me faltasse coragem deitei-me ao lado dos dois e dormi também.

No dia seguinte, acordei com o choro de Nana, e fui amamentá-la. Poncho não estava em casa.

- Alô? - perguntei, atendendo ao insistente telefone.

- E aí, amiga?

- Ah, oi Dul. Tudo bem?

- Eu sinto muito por você e Poncho. Ele tem falado comigo e com o Ucker, sabe? Ele sente muito sua falta.

- Isso não importa, depois do que ele fez.

- Mas você já pensou em reconsiderar?

- Ele te pediu pra me ligar - constatei, chocada.

- Ele está um trapo, Any! - Dulce o defendeu. 

- Não, Dulce. Eu não vou perdoar Poncho porque ele te pediu pra você me ligar. Não desse jeito, não assim! - explodi.

- Como, então? - Poncho perguntou, entrando no quarto. Desliguei o telefone e me virei pra ele.

Soltei Giovanna no berço novamente e saí do quarto para que ela não me visse chorar. Quando chegamos ao nosso quarto, eu desabei, deixando tudo o que estava reprimido nos últimos 7 meses, toda a mágoa, toda a raiva, a dor, deixei tudo fluir.

Poncho se ajoelhou na minha frente, e ele também chorava, mas eu não conseguiria olhar pra ele naquele momento.

- Perdão, amor. Por tudo que é mais sagrado, me perdoe. Eu cometi o pior erro da minha vida, me tornei algo que eu nunca quis ser... Eu... Eu só preciso da minha vida de volta, da nossa vida.

Fiquei um tempo tentando respirar, tentando desesperadamente encontrar um motivo pra me manter forte na decisão de não perdoar Poncho, mas não conseguia pensar em nenhum.

- Você consegue entender como eu me sinto? - perguntei.