Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

Pouco tempo depois eu cheguei ao estúdio, onde Derrick me recebeu com um sorriso. - E aí? Funcionou?

- Ele não estava feliz, se é o que quer saber. Não sei se isso foi uma boa ideia, Derrick.

- Você sabe que isso funciona. - Caminhamos juntos para o set - Um homem só dá valor quando está prestes a perder.

- Mas eu não quero que ele me queira como uma propriedade ou algo do tipo. Uma posse. 

- O que você quer, então? - ele questionou, segurando minha mão.

- Eu queria que isso nunca tivesse acontecido. Nada disso.

Ele assentiu, solidário. Gravamos o dia todo e uma parte da noite, o que fez eu me distrair um pouco. Derrick e eu estávamos fingindo um romance. Algo infantil, eu sei, mas enfim.

Antes de ir pra casa, resolvi levar Nana para ver minha mãe. Poncho não disse nada quando cheguei em casa e a vesti com um casaquinho rosa de lã.

- Toma - ele disse, enrolando a filha num cobertor pesado da mesma cor do casaco. - Tá fazendo muito frio.

- Obrigada. Não devo demorar. - falei, beijando seu rosto. Ele ficou surpreso, mas assentiu.

- Eu vou dormir no flat hoje, mas vou esperar vocês voltarem pra dar tchau pra Nana.

- Hm? - perguntei, chocada.

- Isso não tá funcionando, Any. Nós dois - ele explicou, ao ver minha expressão confusa. - Claramente você não vai me perdoar, e eu não quero nos fazer passar por essa tortura de estarmos juntos a quase cada segundo do dia.

Eu balancei a cabeça, ainda espantada e saí. Cheguei à casa da minha mãe e depois que ela mimou a neta que acabou dormindo, tomamos um chá juntas. Quando ela me questionou sobre meu casamento esquisito, eu contei-lhe tudo.

- Cariño, o amor de verdade é assim. Você não precisa ter medo ou vergonha de aceitá-lo de volta se isso for o que você quiser fazer.

- Mas e se ele fizer de novo?

- Tudo bem, ele errou. Mas perceber o erro é meio caminho andado para remediar o dano que ele causou. O que você deve considerar é se vale a pena pra vocês. Nós não vamos te julgar, você sabe disso.

- Eu te amo, mãe - choraminguei, deitando-me no colo dela, sem conseguir dizer mais nada.

- Ya lo sé. Eu te amo também, princesa.

Coloquei Giovanna no bebê conforto do carro, e dirigi lentamente pelas ruas do DF. Pouco tempo depois de tanto rodar, notei o que estava fazendo: eu estava adiando a volta pra casa, porque não queria ficar sozinha lá. Eu sentiria falta de Poncho. Aceitar esse fato me fez temer mais ainda o que me esperaria ao chegar, mas era algo que eu tinha de fazer.

"Deus, me ajude", murmurei pra mim mesma enquanto o elevador subia até o nosso andar. Quando entrei no apartamento, ele estava sentado no sofá, assistindo a um filme, eu acho.

- Olá - eu disse, sentando-me ao seu lado.

- Oi - ele sorriu, beijando Nana, que ainda dormia no meu colo. - Ela capotou mesmo, né?

- Sim. Estou faminta - notei -, vou procurar algo pra comer. Você quer? 

- Quero, estava te esperando. Só vou colocá-la no berço e já volto.

Eu assenti, indo pra cozinha. Enquanto eu revirava os armários, ouvi Poncho perguntar quando entrou:

- Como foi seu dia?

- Corrido. Eu já devia estar dormindo, mas eu precisava ver minha mãe.

- E o Derrick? - ele murmurou.

- Vi ele também, ué. Ele trabalha comigo.

- Ele te beijou?

- Poncho! - ralhei.

- Sim?

- Não. - respondi, de má vontade.

- Graças a Deus - ele respondeu, me puxando pela cintura e grudando os lábios nos meus. O choque foi a primeira sensação, seguido pelo desejo, que me fez segurar sua nuca e puxá-lo pra mim, beijando-o com sede.

Poncho grunhiu ao toque de nossas línguas, e enganchou minhas pernas, apoiando-me no balcão. Eu não queria me entregar, mas a saudade era tão grande...