Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

Dirigi o mais rápido que pude para a casa do Poncho, e quando estava no elevador meu coração parecia querer saltar do peito. Levei a mão até a campainha duas vezes antes de conseguir tocá-la. Criei coragem o suficiente, e logo Poncho abriu a porta. Estava lindo. Não conseguia acreditar em quanto mais velho ele ficava, mais lindo se tornava.

- Any... Nossa. Meu Deus, você é... você está linda. – Ele disse enquanto me puxava para um abraço. Ah, esse perfume...

- Obrigada, você também está muito bonito. – Sorri, olhando para baixo.

- Vem, estou terminando o jantar. Você quer beber alguma coisa?

- Uma taça de vinho, obrigada. – Eu não sei o porquê, mas sentia vontade de correr dali e me esconder. Eu não sabia o que fazer, o que falar. Parecia um peixinho fora d’água.

- Ay, Carmen. – Ele riu enquanto eu o acompanhava até a cozinha. Me sentei junto à bancada enquanto ele me servia a bebida, e logo estava à vontade. Ajudei Poncho a fazer a salada, enquanto conversávamos sobre tudo. Ele me perguntou sobre Ana Pau, e eu lhe contei o quanto ela havia crescido, que estava seguindo os passos da mãe e da tia para a carreira artística.

- Falando nisso, Any, você não sentiu falta desse mundo durante esse tempo em que se afastou?

- Senti, muita. Parecia que me faltava algo, não sei. – Eu disse enquanto colocava a mesa. Poncho havia feito parrilla, o cheiro estava maravilhoso.

- E por que você se afastou, foi pelo Velasco? – Ele fez uma careta enquanto me servia.

- Não... Mais ou menos. Ele queria que eu estivesse em todo lugar com ele, sem pensar na minha carreira. Eu não suportei, e resolvi deixar tudo.

- Você o ama? – Poncho perguntou, sentando-se a minha frente.

- Não sei. Não. Acho que só amei uma pessoa em toda minha vida, e não foi ele. – Poncho balançou a cabeça, e abriu a boca pra falar algo, e quando eu notei que havia falado demais, soltei: - A comida está ótima, Poncho, você cozinha muito bem.

- Ucker? – Ele falou. Eu demorei alguns instantes para deduzir que ele estava se referindo a Ucker como o único amor da minha vida.

- Não, claro que não. Falando nisso, onde está a Perla?- Poncho deu de ombros.

- Ela saiu do país.

- Que pena, quando ela volta? – Eu questionei. Estávamos a pouco tempo do show, que tipo de namorada deixa o país antes de uma data importante para o namorado?

- Eu não acho que ela vai voltar. – Ele respondeu, e me disse que eles haviam terminado há algumas semanas, quando questionei o motivo ele disse que foram divergências, que ele queria uma coisa e ela outra diferente. Eu não dei muita importância para isso, sabia que um relacionamento de tanto tempo não acabaria assim. O jantar estava maravilhoso, e após ajuda-lo a pôr a louça suja na máquina, nos sentamos no sofá para um café. Conversamos por mais algum tempo e depois Poncho pegou minha mão, dizendo:

- Eu senti muito a sua falta, Any. – Ele levou minha mão aos lábios e eu sorri, e conforme havia prometido para mim mesma, não procurei sinais em nada. Éramos somente dois amigos num jantar.

- Eu também senti sua falta. Estou feliz de ter tudo isso de volta. – Eu respondi olhando para cima. Realmente, estava feliz por ter minha vida de volta.

- Any? – Ele chamou. Olhei-o, e Poncho estava muito perto de mim. Com a mão que estava livre, ele acariciou meu rosto, e eu pensei que ia tossir meu coração ali mesmo. Por onde seus dedos passavam, deixavam um calor diferente, especial. – Quem foi seu único amor? – Ele sussurrou. Minha respiração acelerou. Como ele poderia não saber que o único homem que amei foi ele mesmo? Abri a boca para responder, porém não conseguia soltar nenhum som. Poncho aproximou seus lábios dos meus e eu não consegui me afastar, não consegui pensar em nada. Nós dois pulamos quando meu telefone tocou. Rapidamente peguei-o e vi que Velasco estava ligando. Desliguei o celular e olhei para Poncho, que havia se virado.

- Poncho... – Eu sussurrei, tocando seu ombro. Ele segurou minha mão e com a mão que estava livre puxou meu rosto para si. De repente seus lábios estavam se movendo contra os meus de uma forma tão delicada, e então sua língua entrelaçou-se à minha tão docemente, que me tirou todo o fôlego. Por minhas veias corria fogo derretido, e só o que pude fazer foi acariciar seu rosto e tentar de alguma forma não explodir em seus braços. Poncho me puxou para mais perto, me prendendo em si, e só parou de me beijar quando o ar nos faltou.

- Sou eu, não? Eu fui seu único amor, não fui Any? – Ele colou sua testa na minha. – Porque você foi o meu. - Ele sussurrou, sem abrir os olhos.

Eu assenti, e mesmo sabendo que era errado, que eu iria sofrer e que não poderia lidar com isso depois, eu precisei dizer: - Foi você, Poncho. Só você.