Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

- Não sei. Agora eu só quero dormir. – Eu não sei por que raio estava tão triste, mas estava. Mesmo tendo ganhado de novo o beijo com que sonhara por anos, e meu coração estava em pedaços. Dulce me abraçou e como a boa melhor amiga que era, dormiu ao meu lado. Acordei as 6h da manhã e levantei-me para ir ao banheiro. Quando me olhei no espelho dei um grito, e em alguns instantes Dulce estava com um cabo de vassoura na porta do banheiro, gritando:

- EU MATO, EU MATO!

Eu ri e balancei as mãos para ela: - Calma Dul! Volta a dormir. Eu me assustei com esse ninho de rato no meu cabelo. – Peguei a escova e comecei a desfazer os nós. Dulce resmungou algo e voltou para a cama. Decidi que teria que tomar um banho, estava com a mesma roupa de ontem, havia dormido sem tirar a maquiagem nem nada. Sentia o cheiro de Poncho no meu vestido; toquei meus lábios sem acreditar no que tinha acontecido. Apesar de nossos beijos serem reais, eu achava que Poncho não sentia o mesmo por mim.  Mesmo agora eu não podia acreditar. Talvez ele tivesse me beijado porque estava sozinho, não sei. Tomei meu banho, e fiquei por muito tempo sob a água quentinha, sem pensar em nada. Quando eu tinha acabado de secar meu cabelo, meu telefone tocou. Era Neni.

- Liga a tv, agora.

- Calma aí. Andei até o quarto e pressionei o botão do controle remoto.

“Anahí divulga fim do noivado com o governador de Chiapas, Manuel Velasco. Terá sido Poncho o pivô da separação? A cantora foi vista saindo da casa de seu companheiro de banda na noite passada.”

E em seguida passaram imagens minhas saindo do prédio onde Poncho mora. Droga. Eu de jeito nenhum quis envolver Poncho nisso, que droga.

- Any? – Neni disse.

- Desculpe, eu estava distraída. Caramba, o que eu vou fazer? Neni, eu ligo mais tarde. Te amo.

- Também te amo, se cuida bebê.

Sentei na cama, e Dulce sentou ao meu lado.

- Você já viu?

- Acabei de ver. O que eu faço?

- Liga pro Poncho.

- QUÊ? TÁ MALUCA?

- Sério, ele já ligou mais de cinco vezes e ainda são – ela olhou pro relógio – oito horas.  

- E eu falo o quê? Não, não vou ligar. O Guillermo vai resolver isso, eu sei.

Fui tomar meu café da manhã com a Dul, e depois ela foi para casa dela.

Quando era quase meio dia, começaram as ligações. Maite, Poncho, Chris, Poncho, Ucker, Poncho, minha mãe, Poncho, Pedro, Poncho, Velasco, Poncho. Claro que eu não atendi nenhuma dele. Entrei no twitter e resolvi apagar o fogo sozinha.

O fim do meu relacionamento não tem nada a ver com o Poncho. São apenas boatos.

Enviei uma mensagem à minha família, aos meus amigos (menos a Poncho) avisando que iria viajar. Precisava ficar uns dias sozinha, me focar no trabalho e em mim mesma. Deixei meu celular com minha mãe, e dirigi até o aeroporto felizmente sem ser vista por ninguém – o que era quase um milagre. Ainda faltava cerca de duas semanas para o show, eu teria tempo suficiente. O destino que escolhi foi Espanha, uma cidadezinha escondida, no meio do nada, chamada Foquilla. Fiquei em uma pousada onde havia chalés, e pedi para que ninguém soubesse que eu estava ali. Todos me receberam muito bem, e pude fazer o que desejava. A única fonte de comunicação que eu tinha ali era a internet. Entrei no twitter e nas minhas menções só havia a loucura das traumadas. Curiosa, entrei no perfil de Poncho e para minha surpresa, havia:

Te extraño @Anahi

Porra, Poncho! Fiquei olhando para a tela do computador e resolvi não postar nada. Os dias passaram rápido demais, e faltando três dias para o show, voltei para o México. Minha mãe foi me buscar e assim que liguei meu celular, choveram mensagens.