Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

- Essa brincadeira não tem graça, Poncho. – Ela disse depois de alguns minutos em silêncio.

- Eu queria dizer que é brincadeira, Dulce. Eu vou ser pai. – Respondi, me sentando. Ela sentou ao meu lado, e o pingo d`água foi quando ela me abraçou. Eu chorei feito uma criança.

POV Anahí.

Minha mãe me buscou na casa de Dulce, e como ela não tinha a mínima ideia do que havia acontecido entre mim e Poncho, perguntou quando chegamos à sua casa:

- O que houve filha? – Ela me olhou preocupada, acariciando meus cabelos.

- Nada, mãe. Eu só não estou num dia legal.

- Eu te conheço, Any.

- Eu sei. Só me abraça, mamãe. – Disse, e ela me envolveu em seus braços. Eu chorei como um bebê e ela me acolheu como se eu realmente fosse um. Tysha me embalava, murmurando palavras de conforto. Neni entrou com Ana Pau, e eu sequei minhas lágrimas rapidamente.

- Tititi! – Minha sobrinha disse, me fazendo lembrar de quando era pequena. Eu a abracei fortemente, forçando um sorriso. Ficamos conversando um tempo, e eu notei que Neni me olhava muito. Minha mãe entendeu, e pediu pra que Ana Pau subisse pra pegar algo com ela. Assim que elas saíram, Marichelo disse:

- O que aconteceu?

- Como assim? – Me fiz de louca.

- Não mente pra mim, Any. Eu te conheço. Como está seu namoro?

Ao ouvir isso, não consegui mais conter as lágrimas. Voltei a chorar, e Neni segurava minha mão, acariciando-a.

- O que ele fez?

- Ele estava com a Perla – respondi, ela balançou a cabeça.

- No creo.

- Por quê? Eu vi.

- Ele não faria isso, Any. Poncho deve ter uma boa explicação.

- É melhor ele ter mesmo – Tysha disse, entrando na sala.

Minha mãe e minha irmã tentaram me distrair com Ana Paula durante o resto do dia. Funcionou, até certo ponto... Quando a noite chegou, meu coração parecia querer explodir de dor. Peguei meu celular, e havia quase 200 ligações de Poncho, Dulce e Maite. Liguei para Dulce:

- Oi, Dul. Só liguei pra dizer que tá tudo bem.. Quer dizer, não tá, mas você entende né?

- Any amor, me escuta! Não desliga, por favor! – era a voz de Poncho, eu gelei – Eu não tive nada com a Perla, eu juro, onde você tá? Me fala onde você tá e eu vou te buscar.

Não consegui responder, desliguei na cara dele. Me afundei nas cobertas, abracei meu travesseiro e deixei que as lágrimas rolassem.

http://www.youtube.com/watch?v=eucT-oUF5ps – Y no puedo olvidarte

“ [...] Y vuelvo a caer cuándo pienso en ti

No soy nada sin ti...

 Y no puedo olvidarte si te veo en todas partes

Si en el último beso, me robaste el aliento

Y no puedo olvidarte si te llevo en la sangre

Sin el último abrazo, aún me pierdo despacio

Y no puedo olvidarte” [...]

Como a masoquista que era, me permiti lembrar de tudo, de cada beijo, cada toque, cada palavra... não sei em que momento adormeci, porém acordei com alguém acariciando meu cabelo. Abri os olhos que estavam irritados por conta das lágrimas, e imediatamente voltaram a se encher quando vi quem estava ali.

- Não grita, por favor. – Ele sussurrou.

- O que tá fazendo aqui? Quem te deixou entrar? – Respondi, me encolhendo. Eu me sentia tão machucada que procurava me manter fechada em mim mesma, como se a qualquer momento eu fosse quebrar.

- Neni abriu a porta pra mim. Me escuta – ele pegou minha mão – eu não tive nada com a Perla essa noite, Any. Ela foi até lá pra me contar uma coisa, e eu acabei pegando no sono. Ela se aproveitou disso pra encenar aquilo – Poncho falava rápido, como se esperasse que eu pudesse interrompê-lo. Foi exatamente isso que fiz.

- Poncho, para. Me poupe disso, por favor. – Sussurrei, sem forças.

Ele balançou a cabeça, e lágrimas encheram seus olhos – Por que não acredita em mim?

- Você não vê como eu estou, Alfonso? Já não foi o bastante o que fez com ela?

- Eu não fiz nada, Any, eu juro. Eu juro por tudo que é mais sagrado, juro por Deus, por você, por nós.

Balancei a cabeça em negativa, apontando a porta. – Sai.

- Any...

- Eu mandei você sair! – Gritei e me joguei contra ele, estapeando-o, com raiva. – Sai daqui, sai Alfonso!

- Amor, para, me escuta, eu juro que não fiz nada! – Ele tentava segurar meus braços mas eu me debatia enquanto gritava. Ouvi alguém correndo pelo corredor e Neni apareceu na porta.

- Poncho, deixa ela.

- Não, Neni! Eu não fiz nada! – Ele gritou.

Eu me sentei na cama e desabei novamente. Realmente a dor de uma traição é a pior que existe. Parecia que eu estava em uma novela mexicana, literalmente. Eu estava tão cansada de chorar... E aquele era só o primeiro dia.