Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

POV Poncho:

Voltei pra casa e Perla já não estava mais lá. Deixou apenas um bilhete dizendo que ficaria na casa dos pais até que eu esclarecesse as coisas – eu achei estranho, mas de certa forma me senti aliviado. Eu me sentia um nada. Por que a mulher que eu amava não confiava em mim? Me expulsou de sua vida como se eu fosse um lixo. Eu não sabia direito o que fazer, mas não iria atrás dela. Não agora. Depois de hoje, conheci um lado que nem imaginava existir. “No encuentro aún algún antídoto, para entender que todo terminó. Intento salir de la soledad, darle al destino una oportunidad… Más vuelvo a caer cuando pienso en ti, no soy nada sin ti…” Eu ia sofrer e chorar, é claro. Começando por agora… “No sé como, no sé cuando, olvidarte me hace daño…”

Fiquei rolando na cama até que amanheceu, sem conseguir pegar no sono. Meu telefone tocou e não pude evitar pensar que fosse Any, eu parecia uma criança. Meu coração gelou quando realmente vi seu nome na tela.

- Amor? – Eu disse num fiapo de voz.

- Poncho – não era a voz dela – é Neni. Eu quero que você me explique o que aconteceu. Por favor.

Contei para ela o que Perla havia vindo fazer, e o que Any tinha visto. Ela disse que eu precisava contar para Anahí.

- Como, Neni? Ela não me ouve.

- Eu tenho um plano... – Ela começou a arquitetar, me contando como faríamos. – Ela não vai ter outra escolhe senão escutar, Poncho.

Desliguei o telefone, e prometi a mim mesmo que seria a última tentativa. Tomei um banho e arrumei minhas coisas para o show, e fui mais cedo do que o habitual para o estádio. Quando cheguei não havia ninguém além dos técnicos, fui para o local onde tinha combinado com Neni. Pouco tempo depois que entrei, ouvi suas vozes no corredor e me escondi no banheiro.

- Any, vem cá – Ouvi Neni dizer – mandaram você esperar nesse camarim aqui – ela falou e ouvi o som da porta se abrindo.

- Mas como, aqui? Esse não parece meu camarim – Any disse.

- Não sei, mana. Te mandaram pra cá. Bem, já vou! – Ouvi o som de um beijo, e a porta se fechando. Depois ouvi Anahí gritando para que Neni abrisse a porta, foi quando eu fui até ela e chamei:

- Anahí.

Ela se virou e me olhou petrificada. – O que você tá fazendo aqui?

- Como você não quis me escutar de outro jeito, precisei apelar – revirei os olhos – fica quietinha só 5 minutos pra eu explicar, tá?

Ela não disse nada e eu tomei isso como um sim, e tive certeza quando vi seus muros caírem através de seus olhos. Suspirei.

- Eu te amo, Any. Você é a única coisa que me importa. – Ela baixou a cabeça, balançando-a. – Eu jamais te trairia, você não entende?

- Eu não sei o que vi, Poncho. Mas eu já sei que ela vai ter um filho seu – Anahí sussurrou com a voz trêmula, e então começou a chorar. Meu peito apertou, e eu tive vontade de abraça-la para que não chorasse mais.

- Você devia ter me contado.

Eu me ajoelhei a sua frente e segurei suas mãos. – Eu sei amor. Me perdoa, por favor. Eu não quero te fazer sofrer, não quero sofrer, não quero ficar sem você.

- Perla foi até minha casa ontem – ela limpou os olhos – ela me disse que não aconteceu nada entre vocês.

- E você acredita em mim agora? – Ela assentiu – Eu te amo, Anahí.

- Eu também amo você, você sabe disso. Mas não podemos ficar juntos, parece que não fomos feitos para isso.

- O quê? Nós vamos dar um jeito, Any, Por favor, não joga tudo pro alto.

Ela continuou balançando a cabeça em negativa – Você vai ser pai, Poncho. Isso é algo com que eu nunca vou poder competir. Vamos ser somente amigos, e ponto final.

Eu queria responder, queria gritar, queria beijá-la, fazer alguma coisa que a impedisse de me deixar. Minha voz não saía, eu mal conseguia respirar. Ela secou as lágrimas que teimavam em cair e se levantou.

- Acho que já devo ir.

- Anahí...

- Vai ficar tudo bem, Poncho. – Ela me interrompeu.

Inspirei e assenti, me levantando. Quando ela parou à minha frente e pôs as mãos no meu rosto, tive uma minúscula sensação de encerramento, o que não impediu que meu coração se estilhaçasse.

Eu me inclinei par beijar sua bochecha e abri a porta com a chave reserva.

- Todos vão ficar sabendo que estamos acabados, não vão? – Ela disse.

Olhei de relance para o lado oposto onde ela estava, tentando segurar as lágrimas – Você não é a única atriz aqui, Any.

Deixei-a ali sozinha, recusando-me a olhar pra trás. De agora em diante, o amor da minha vida seria somente uma colega de trabalho. Eu não sabia ao certo que expressão tinha no rosto, mas não queria que ela visse. Minhas pernas tremiam enquanto eu me dirigia ao camarim que dividia com Chris e Ucker. Entrei cambaleando, e Chris me entregou uma garrafa de tequila, com uma expressão de compaixão no rosto.

- Vocês já sabem? – perguntei com a voz partida. Eles assentiram.

Caí de joelhos e fui cercado por aqueles que considerava meus irmãos, que colocavam as mãos na minha cabeça e nos meus ombros, em sinal de apoio.