Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

4 semanas torturantes tinham passado, comigo parecendo um morto-vivo nos compromissos, e com uma Anahí fechada, abatida e pálida. Quando éramos obrigados a interagir, como nos shows, ela jamais me olhava nos olhos e nos beijos nossos lábios mal se tocavam, fora dos palcos ela falava somente o necessário. Eu não conseguia comer nem dormir direito. Os outros já começavam a reclamar do clima pesado, e a turnê nacional estava no fim. Teríamos alguns dias livres antes da mundial começar por conta do Ano Novo e eu estava em casa com a Perla. Não estávamos juntos, ela dormia no quarto de hóspedes e não conversávamos nada além do bebê. Ela tentava se aproximar mas eu não tinha a mínima vontade. Chris abriu a porta do meu quarto num rompante:

- Ucker quer falar com você.

Eu mantinha meu celular na cozinha, o ponto mais longe do meu quarto no apartamento. Se não fizesse isso, a vontade de pegá-lo e ligar para Anahí seria enlouquecedora. Ele jogou o telefone em mim.

- Que p*orra, Chris, eu falei pra você...

- Eu sei o que você falou. Você tem 18 chamadas perdidas.

- Todas do Ucker?

- Uma é da Usuária de Calcinha que estava na sala e saiu quando eu cheguei.

Peguei o telefone de cima da minha barriga, estiquei o braço e abri a mão, deixando-o cair no chão.

- Preciso de tequila.

- Você precisa é de um banho, você tá cheirando merda. Também precisa escovar a droga dos dentes, fazer a barba e passar desodorante.

Eu me sentei.

- Você tá falando um monte de m*erda, Chris, mas parece que eu me lembro de ter lavado sua roupa e feito sopa pra você durante três meses depois que você levou um fora.

Ele me olhou com desdém, pegou meu celular e apertou  alguns botões, então jogou o aparelho de volta na minha barriga.

- Liga pro Ucker, p*orra.

Ergui o telefone junto ao ouvido.

- E aí, cu*zão. O que tá fazendo? Por que não atende o telefone? Eu quero sair hoje a noite! – Ucker disse.

Olhei feio para a nuca do Chris, mas ele saiu do meu quarto sem olhar pra trás.

- Não estou a fim. Liga pra Dulce.

- Ela vai estar lá, é véspera de Ano Novo. Vamos ver ela, né? A não ser que você tenha outros planos...

- Não, eu não tenho.

- Você só quer ficar aí deitado e morrer?

- É bem por aí. – suspirei

- Poncho, eu te amo irmão, mas você tá sendo um tremendo via*do. Ela era o amor da sua vida, eu entendo. É um saco, eu sei. Mas goste ou não, a vida continua.

- Valeu aí, doutor.

- Escuta, eu vou te buscar as dez. Se você não estiver pronto e quero dizer de banho tomado e com a barba feita, vou ligar pra um bando de gente e dizer que você tá dando uma festa na sua casa com seis barris de cerveja grátis e garotas de programa.

- Merda, Ucker, não faz isso.

- Você sabe que eu faço, então anda. Às dez, ou você vai ter convidados as onze. E dos feios.

Soltei um gemido.

- Porra, eu te odeio.

- Não odeia não. Te vejo em noventa minutos.

Eu me sentei, olhando ao redor no quarto. Eu me imaginei sentado num bar enquanto o mundo festejava ao meu redor, ignorando o fato de que eu estava deprimido e segundo Ucker e Chris (que é gay) – agindo como um vi*ado.

Criei coragem o suficiente pra ir tomar banho e fazer todos os rituais de higiene negligenciados nas ultimas semanas, e quando Ucker chegou, nós fomos no carro dele. Chris disse que levaria uma amiga pra mim.

- Cara, me diz que você não fez isso.

- Fiz sim, você precisa.

- Vocês vieram! – Dul disse, pegando três garrafas de cerveja e colocando no balcão pra nós.

- Eu disse que vinha – Ucker sorriu, se inclinando e deu um selinho nos lábios dela. Conversamos um pouco, porque Dulce teve que dar atenção às suas irmãs que estavam com ela.

- Vocês estão...? – comecei

- Não – Ucker balançou a cabeça – Ainda não. Ela tem alguém, mas ele só precisa pisar na bola mais uma vez e ela vai perceber o babaca que ele é.