Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

POV Poncho:

Eu estava em casa com os outros quatro. Tinha ido ao hospital e nada tinha mudado. Perla ainda estava inconsciente e eu ainda estava puto com ela.

- Any não vai voltar pra mim - eu disse ao cair no sofá.

- O que significa isso, Poncho? - Dulce me olhou. 

- O que houve ontem à noite não era um jeito de dizer que ela queria ficar comigo. Ela estava dizendo adeus. - Eu coloquei as mãos na cabeça em cima da cabeça. 

- Você não sabe disso.

- Eu conheço ela.

- A Any se preocupa com você. 

- Ela não me ama.

Dulce suspirou, e Maite disse: - Você não sabe nada. Olha, dá um tempo pra ela. Any não é igual as mulheres que você tá acostumado. Ela fica apavorada fácil. A última vez que alguém mencionou ficar sério ela desistiu de tudo e mudou de estado, você sabe o que aconteceu com o Velasco. Isso não é tão ruim quanto parece.

- Você acha? - Eu olhei para a Maite, sentindo um pouquinho de esperança.

- Poncho, ela fez isso porque os sentimentos dela a assustam.

- Por que ela fez isso? Ela não confia em mim?

- Ela não confia nela mesma. Mas você precisa confiar em mim. - Mai disse, me abraçando. - Vai tomar um banho, depois nós vamos sair para comer. Ucker disse que podemos fazer uma noite de pocker aqui.

- Eu quero ver ela. - Maite empalideceu. - Que foi?

- Ela não vai estar em casa.

- Vocês vão sair?

- Ela vai. 

- Com quem? - Só me levou alguns segundos para lembrar: - Alex.

Dul assentiu. Eu não conseguia acreditar que ela ia fazer isso comigo. Era cruel. Decidi tomar um banho pra me distrair. Liguei a água, deixando o vapor aquecer o banheiro antes de entrar. O reflexo no espelho me assustou. Círculos escuros sob meus olhos cansados, minha postura que uma vez foi confiante agora estava caída. Eu estava horrível. Quando entrei no chuveiro, deixei a água correr sobre meu rosto, mantendo os olhos fechados. Anahí não saía da minha cabeça. Não era a primeira vez; eu via ela toda vez que meus olhos fechavam. Agora que ela não era mais minha, era como estar preso em um pesadelo. Eu sentia falta dela. Deus, eu sentia falta dela, e tudo o que tinha acontecido estava mais e mais dentro da minha cabeça. Minhas mãos repousaram sobre a parede do box, eu fechei meus olhos.

- Por favor volte. - eu disse em voz baixa. Ela não podia me ouvir, mas isso não me impedia de querer que ele voltasse e me salvasse da dor que eu sentia sem ela. 

O que as meninas disseram tinha sentido. Nós dois tinhamos uma maneira horrível de lidar com nossas emoções, e eu sabia, no segundo em que eu percebi que tinha me apaixonado por ela, que ela iria me destruir. A água quente lavou a raiva e o medo, e um novo otimismo tomou conta de mim. Eu não era um idiota que não tinha ideia de como conquistar a mulher que amava. Em algum lugar em meus sentimentos por Any, eu tinha esquecido disso. Era hora de acreditar em mim de novo, e lembrar que Any não era apenas uma mulher que podia foder meu coração, ela também era minha melhor amiga. Eu sabia como fazê-la sorrir, e suas coisas favoritas. Eu ainda tinha uma carta. Depois que saímos pra comer, ficamos em casa vendo um filme, todos juntos. Menos ela.

Eu segurei meu celular que havia comprado horas atrás, lutando contra o desejo de ligar para Any pela décima vez.

- Por que você não liga já? - Ucker perguntou.

- Ela ainda está no encontro, provavelmente. É melhor eu não... interromper. - eu disse, tentando empurrar o pensamento do que poderia estar acontecendo da minha mente.

- Você não quer interromper? - Chris perguntou surpreso.

Sentei no sofá, olhando para o nome de Any na minha lista de chamada.

- Foda-se - eu disse, tocando seu nome. O telefone tocou uma vez, e outra, e outra... Meu coração batia forte contra minhas costelas, mais do que nunca.
Any atendeu. 

- Como está indo o encontro, Any?

- O que você quer, Poncho? - Ela sussurrou. Pelo menos ela não estava ofegando.

- Quero ir beber amanhã. Preciso da minha parceira.

- Beber? Você não podia ter me ligado mais tarde? - Ela quis dizer de um jeito grosso, mas o tom em sua voz era carinhoso. Eu achei que ela estava feliz por eu ter ligado. Ela não queria estar lá.

 Como eu vou saber quando vocês vão ter terminado? Ai. Desculpa. - Eu brinquei.

- Ligo pra você amanhã tá?

- Não. Você diz ser minha amiga, mas nós não podemos sair juntos? - Ela fez uma pausa, e eu a imaginei revirando aqueles lindos olhos azuis. Eu estava com ciúmes porque Alex poderia vê-los ao vivo. - Não revire os olhos. Você vai ou não vai?

- Como você sabe que revirei os olhos? Está me perseguindo?

-  Você sempre revira os olhos. Sim? Não? Você está desperdiçando um tempo precioso do seu encontro.

- Sim - ela disse em um sussurro alto, um sorriso em sua voz - Eu vou.

- Eu te pego em casa.

O relógio acima da televisão chamou minha atenção. Minutos rolavam lentamente, e quanto mais eu dizia a mim mesmo para parar de prestar atenção, mais olhava para os números. Depois de uma eternidade, meia hora tinha passado. Eu me senti mais entediado e inquieto e até mesmo segundos eram uma tortura. Tirar os pensamentos de Any e Alex da minha cabeça se tornou uma luta. Finalmente eu levantei.

- Saindo? Ucker perguntou com um esboço de sorriso.

- Eu não posso ficar aqui. Você sabe como Alex deve estar espumando pela boca por ela. Isso tá me deixando louco.

- Ela não vai transar com ele. É a Any. - Chris disse.

Eu esfreguei a parte de trás do meu pescoço. - Você tá certo. Eu acho que você está certo. Quer dizer, eu espero. Se eu fizer alguma merda é capaz dela me mandar pro inferno.