Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

POV Anahí

Poncho e eu ficamos juntos naquela noite. Foi uma das melhores da minha vida.

- Ah é? - Ele disse quando eu admiti isso. - E por quê? - Poncho indagou, beijando meus cabelos. Nós estávamos abraçados no chão da sala, na minha casa.

- Porque você se abriu comigo. Logo você, que é tão fechado...

- Eu não vou ouvir meu orgulho, se isso significar perder você.

- Eu te amo, Poncho. Eu me arrependo de ter perdido todos esses anos tentando encontrar um pouquinho de você em cada pessoa que cruzava meu caminho.

- Como assim? - Ele perguntou, franzindo a testa.

- Eu tentava te achar, sem saber, em cada pessoa que eu via. "Aquele ali tem os olhos parecidos", "esse outro tem o mesmo timbre de voz"... Uma vez, eu saí com um cara porque ele usava o mesmo perfume que o seu. E outra vez, beijei outro só porque os lábios dele eram parecidos com os seus. - Poncho fez uma careta.

- E ele beijava como eu? - perguntou, revirando os olhos.

- Não - respondi - não há nada no mundo que se compare a isso. - Falei tocando seus lábios. Ele me beijou pronfudamente, e eu senti como se fosse feita de gelatina. Quando estava com ele, nada parecia tão certo, tão predestinado. Eu não sei porque lutei tanto contra isso.

Acordei de manhã com o telefone de Poncho berrando. Olhei pra ele, e ele parecia tão tranquilo dormindo, que não tive coragem de acordá-lo. Levantei na ponta dos pés e fui atender a chamada na cozinha.

- Alô?

- Bom dia, aqui é do Hospital Jesús Nazareno, eu gostaria de falar com o Sr. Herrera.

- Ele não se encontra no momento, mas você pode me dizer de que se trata e eu passo o recado pra ele. Tem algo a ver com a Srta. Gálvez?

- Exatamente. Nós a retiramos do coma induzido, mas não sabemos se ela vai resistir; e ela insiste em ver o Sr. Herrera e uma moça que se chama Anahí; a senhora conhece?

- Sou eu. Não se preocupe, em alguns minutos estaremos aí. - Eu respondi, e desliguei. Respirei fundo e fui acordar Poncho.

- Poncho, - eu disse acariciando seus cabelos. - acorda.

Ele piscou algumas vezes, sonolento. - O que foi? - disse com a voz rouca.

Eu acariciei seu rosto: - Tiraram a Perla do coma induzido, e ela quer nos ver. Não sei se ela... - eu não tive coragem de repetir as palavras da enfermeira. Ele se levantou rapidamente, visivelmente nervoso.

- Ela vai...?

- Não sei, amor. Vista-se, nós precisamos ir vê-la. - Eu disse.

No caminho para o hospital fui acariciando-o na tentativa de acalmá-lo. Quando chegamos à clínica e dissemos o nome de Perla, imediatamente nos levaram até o quarto dela. Eu a tinha visto poucas vezes, mas ela estava horrível. Grandes círculos ao redor dos olhos, pálida. Eu estaquei na entrada, e Poncho caminhou até ela, tocando sua mão:

- Perla, sou eu. Ela abriu os olhos, desorientada. - Poncho? - Ele assentiu. - Eu queria ver você.

- Estou aqui - Poncho respondeu.

Perla balançou a cabeça: - E a Anahí? Ela veio?

Poncho olhou pra mim e eu me aproximei da cama. - Estou aqui.

- Que bom. Eu tenho que conversar com você. Pode nos dar licença, Poncho?

Poncho assentiu e se retirou, me deixando a sós com Perla.