Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

Como eu precisava de repouso, fiquei na casa da minha mãe.

- Any, bebê... - Ela disse numa tarde após eu ter vomitado todo meu almoço - você não tá progredindo; não consegue manter nada no estômago e está cada dia mais fraca e pálida. Isso me apavora, hija. Não quero ver você passando por todo o sofrimento daquela doença maldita novamente. E agora que não é só você... - ela falou, tocando meu ventre.

- Mãe, eu não estou com anorexia nem com bulimia. Não se preocupe. Eu estou fraca, é só isso. Eu andei tão ocupada com os shows que esqueci completamente da minha alimentação. E - tirei a mão dela da minha barriga - eu não estou grávida. (n/a: é sério meninas, ela não tá grávida :D)

Ela assentiu e se retirou. Logo meu telefone tocou, era Ponchito.

- Sinto tanto sua falta, - ele disse assim que eu atendi. Meu coração apertou dentro de mim. - estou morrendo de saudade.

- Eu queria estar com você agora. 

- Fique boa logo, preciso da minha parceira. Não aguento mais dançar sozinho e cantar nossas músicas com a Maite. É estranho - eu ri.

- Eu sei amor, logo vou estar com vocês. Onde vocês estão?

- Guatemala. Tão perto... - ele falou.

- E ao mesmo tempo tão longe. - completei.

- Como você está? - ele perguntou, preocupado. - Já fazem 3 semanas, amor.

- Amanhã pela manhã vou ao médico novamente. Ainda não consigo manter nada no estômago. - suspirei. Não queria preocupá-lo, mas tampouco queria mentir.  Ouvi seu suspiro de frustração do outro lado da linha.

- Não consigo te imaginar assim, Any. Não suporto isso, é demais pra mim.

- Eu estou me esforçando, Poncho. - falei, ofendida.

- Eu sei, amor. Eu sei o quanto você se esforça e o quanto você sofre; é isso que me frustra. 

Ouvi seu bocejo reprimido, sabia que ele estava cansado. - Vai dormir, tá? Amanhã a gente se fala.

- Não quero - murmurou. Eu ri baixinho, ele seria sempre meu bebê.

- Vai bebê. Eu te amo.

- Eu também, meu amor. Mais que tudo.

- Sempre. Boa noite, Poncho.

- Boa noite, minha vida. - ele respondeu, e eu desliguei. Me recostei nos travesseiros, sorrindo. Pela primeira vez me permiti imaginar como seria minha vida ao lado de Poncho, se algum dia me casasse com ele. Minhas amigas me julgavam por não tocar no assunto, mas elas não entendiam o quanto seria doloroso pra mim me permitir sonhar com isso, e de repente tudo desmoronar. Eu não aguentaria ver isso acontecer; era mais seguro e mais saudável me privar desse sonho. Mas naquele momento, não consegui reprimir a imagem em minha mente: eu entrando na igreja, e Poncho me esperando no altar. Imaginei-me feliz, com um ou dois filhos que teriam o sorriso dele. Depois, guardei tudo isso dentro de mim de novo. Poncho não falava de casamento, jamais. Eu me contentaria em estar por perto, fosse do jeito que ele quisesse.