Fanfic: Enseñame ♥ I e II Temporada - {Finalizada} | Tema: Ponny, AyA, Rebelde, RBD

Meninas me desculpem o post horrível, eu não tive tempo pra desenvolver o capítulo por conta da faculdade, mas prometo recompensar vocês. Não me matem, é uma cena muito triste mas dá emoção à web e é um capítulo introdutório aos outros que vão fazer sentido mais tarde, certo? Esse é um dos capítulos que finalizam a temporada, mas mesmo assim perdão pela bosta que ficou. Se quiserem comentar, eu vou ficar feliz :(

O tempo passou rapidamente, e logo tive que me separar de Poncho para irmos nos arrumar para o show. O meu figurino foi o colã azul marinho que usei na MDWT, me deu muita sorte na primeira vez que usei. Botas pretas, cachos no cabelo, maquiagem forte e pronto: lá estava a boa e velha Anahí. Sorri pra mim mesma no espelho.

- Tu sentiu muita falta disso hein? - Dul perguntou, abraçando minha cintura.

- Sim - eu ri, pegando as mãos dela - Dulce, preciso de um favor.

- Quê? 

- Pelo amor de Deus, não deixa o Carlos chegar perto de mim nunca mais!

- Aquele cara é um idiota, fica tranquila. Já tô sabendo o que ele tá tentando fazer - ela falou, ajeitando meu cabelo.

- Poncho? - arrisquei. Ela balançou a cabeça.

- Ele falou pro Ucker, que falou pra mim, que falei pra Maite que falou pro Chris. Ninguém vai deixar ele encostar 1 dedo em você. Você e Poncho merecem ser tãããão felizes! - ela gargalhou.

Eu sorri e a abracei. - Obrigada, María. 

- 2 MINUTOS! - alguém gritou lá fora, e nós saímos do camarim para encontrar os outros. Depois de nossa oração, subimos ao palco. Apesar de todos saberem que Poncho e eu éramos um casal, não ficamos nos agarrando todo o tempo nem nada, continuamos iguais. Cantamos nossas músicas juntos, fizemos nossas coreografias como sempre, e eu me senti muito melhor assim. Brincamos todos os seis juntos no palco, gritamos, cantamos, dançamos... foi um dos melhores shows da minha carreira.

<b>POV especial: Dulce</b>

Nossa turnê continuou, e ninguém deixou que Carlos chegasse perto de Any. Se por algum motivo Poncho tinha que se ausentar, alguém sempre ficava com ela; porque eu realmente estava preocupada. Na verdade todos estavam.

- Dul, esse cara olha pra ela como um obcecado ou algo assim, ele é doido - Maite disse um dia, o que me fez prestar mais atenção no comportamento dele. Eu esperava para contar ao nosso produtor e ele mandasse esse tipo embora, mas Pedro nunca voltava para junto de nós, sempre com compromissos da sua nova novela. Numa noite depois de sair às escondidas com Ucker, quando estava voltando para o meu quarto, que ficava de frente para o de Anahí, ouvi uma voz masculina vinda dali. Eu sabia que não era Poncho, porque ele estava na Colômbia gravando um programa. Me aproximei da porta, colando meu ouvido no mogno frio e gelei. Não consegui distinguir o que o homem falara, só pude ouvir a voz de Any assustada. Um arrepio percorreu meu corpo ao ouvir aquela voz: era Carlos. Sem saber direito o que fazer, voltei sem fazer barulho para o quarto de Ucker.

- UCKER! - bati desesperadamente na porta.

- Voltou, meu amor? - ele abriu a porta, me olhando - O que aconteceu, por que você está pálida desse jeito? - falou quando notou meu estado. Peguei a mão dele e apertei.

- Você tem que vir comigo! Carlos está no quarto da Any, sabe Deus fazendo o quê! Por favor, Ucker! - sussurrei angustiada. Ele apertou os lábios e sussurrou de volta:

- O QUÊ? FILHO DA PUTA! - falou, eu botei a mão na boca dele.

- Fala baixo!

- O que tá acontecendo aqui hein? - Chris falou, chegando com Maite. Ucker puxou o braço dele e fomos explicando aos sussurros até que chegamos ao quarto da Any, eu tremia feito vara verde, me agarrado à Maite e tentando ouvir algo lá dentro. 

- Any abre, sou eu, Chris. – disse batendo na porta.

Murmúrios e barulhos lá dentro, e Chris bateu de novo, dessa vez mais forte: – Anahí, abre essa porta ou eu vou chamar a polícia!

- O que você tá fazendo? - perguntei em voz baixa.

- Ele vai ser obrigado a abrir, afinal não pularia do 23º andar. – Um barulho horrível se fez, e Any abriu a porta, pálida e nervosa. Olhei pra ela, seu pijama estava todo rasgado, principalmente no busto.

- No banheiro - ela sussurrou com os olhos arregalados. Eu balancei a cabeça, e Ucker entrou correndo com Chris, nós fechamos a porta e puxei Any pelo braço, entrando no meu quarto. Abracei-a e começamos a ouvir os ruídos. Maite ligou para a recepção e mandou chamarem a polícia. Continuamos a ouvir gritos e barulho de coisas quebrando por algum tempo até ouvir sirenes e alguns instantes mais tarde mais gritos. Paramédicos examinaram Anahí, levando-a para a sala privada dentro da suíte, saíram uns minutos mais tarde alegando que o ato não se consumara e que ela estava bem, mas só para garantir deveríamos levá-la ao hospital mais tarde já que ela recusara-se a ir com eles. Depois os meninos entraram no quarto, cercando-nos.

- Any, você tá bem? – Ucker perguntou, mas ela não respondeu.

- Gente, será que ela tá em choque? Ela não disse nada ainda, nem uma palavra – Maite observou. Anahí começou a chorar, agarrando-se a mim, e apenas alguns minutos depois por algum milagre de Deus, Poncho chegou.

- Por que é que me mandaram pro seu quarto Dul... – ele disse entrando e parando ao ver a cena: todos nós como uma bola sobre a cama, e Any encolhida no meio.

- O que houve? – Poncho disse, se aproximando. – O que aconteceu?

- Mano... Você chegou mais cedo – Ucker falou, levantando-se.

- É, eu consegui chegar antes. Mas que merda tá acontecendo aqui, o que houve com vocês? ALGUÉM ME RESPONDE! – ele gritou quando ficamos em silêncio, tentando chegar perto de Any que se encolheu.

- Para, não grita po*rra! – Chris falou, segurando Poncho. – O Carlos tentou estuprar a Any! – jogou, na lata. Poncho parou, olhando ele.

- CHRIS! – nós ralhamos.

- O QUE? CADÊ AQUELE FILHO DA PU*TA? EU VOU MATAR ELE – Poncho gritou, jogando alguma coisa no chão. Ele realmente parecia um louco, e eu por um segundo fiquei grata por ele não estar lá na hora. Any levantou da cama e se atirou nos braços dele, tentando pará-lo enquanto os meninos tropeçavam nas palavras, tentando dizer que ele já estava preso.

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Avicii - Hey Brother

A cena foi dolorosa de ver. Os dois sentaram no chão, e eu entendi que na verdade Any estava tentando acalmar Poncho. Mesmo assustada e ferida como estava, ela estava preocupada com a reação dele, o tempo todo. Eles choravam, um preocupado com o outro, um querendo dar a vida para ver o outro bem. Poncho pedia perdão por não estar lá pra protegê-la e Any se agarrava nele, como se precisasse daquilo pra viver. E na verdade, eu sabia que ela precisava. Nós quatro nos abraçamos a eles, embora o clima estivesse pesado, eu agradecia por poder estar junto deles naquele momento. Nós éramos uma família. Era isso que nós fazíamos: protegíamos uns aos outros.