Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

É bastante intrigante como as coisas acontecem. Uns têm de tudo, e outros não têm de nada. Mas quando acontece algo raro e confuso? Quando o que visívelmente não tem nada mas no fundo tem tem de tudo?

Este era o caso de William.

William era jovem, estava no auge de seus 27 anos. Um rapaz bonito e diferente de seus colegas de "trabalho", ele era culto. Sim, culto. Ele era inteligente e havia estudado nas melhores escolas de Ipanema. Você deve se perguntar o por quê dele ser traficante, certo? Algumas pessoas viram traficantes apenas para ajudar sua família. Porém o caminho do crime, todos sabem que é praticamente sem volta. Dependendo de quantos anos você fique preso, poderá voltar e começar do zero. Mas nem todos têm a "sorte" de serem presos numa cela pequena com pouca ventilação. Alguns morrem de primeira. Com alguma bala perdida, algum traficante inimigo ou é morto por algum policial. 

Voltando ao assunto "William", o que levou esse rapaz que tinha de tudo, entrar para o mundo do crime? Como eu disse antes, ele tinha de tudo. Porém, faltava o carinho do pai. Pedro, pai de William sempre dizia ao filho que ele seria um perdedor, um fracassado. O que fez William se revoltar, virando o que ele é hoje. Mas Will não se importava (pelo menos, fingia que não). 

Ele acordou, e olhou a vista pro mar, olhou toda a favela em volta e suspirou.

Caio, seu "braço direito" se aproximou e deu um tapinha nas costas de Will.

- Tá pensando em quê? - Caio perguntou.

- O que? Ah, Caio... hum, nada de mais não.

Caio riu dando um pequeno empurrão em William.

- Ahhh nada não, né? Seeei. Conta pra mim, quem foi a mina que te deixou assim.

William brincando, apontou um revolver pro amigo.

- Que mina, o que. Você acha que eu perderia meu tempo me apaixonando?

- Uhum, sei. Todas as minas daqui são caidinhas por você.

- Isso não significa que eu também seja por elas. Não quero saber de compromisso não, Caio.

- Já que você tá dizendo, quem sou eu pra discutir?

- Vamos mudar de assunto. - William disse. - Você sabe do Gui?

Caio se sentou de frente para William e o encarou sério.

- Tudo na mesma, cara... A tal juíza, Silvana, não diminuiu a pena não. E nem aceitou fiança.

- Mas que merda!!! Ela sempre faz isso, e não é de hoje que eu quero meter uma bala na cara dela para deixar de prepotência.

- Prepo..o que?

- Prepotência! Quando alguém abusa muito do poder que tem.

- Entendi. Mas o que você pretende fazer?

- Ainda não sei. Mas ela e aquele maridinho delegado que também é outro prepotente, vão ter uma liçãozinha.