Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

William olhou imediatamente para Maite. Como assim, grávida?

Maite estava esperando um filho dele. Ele olhou para Betinho, que por um momento observava Maite chorar, sentada no chão cobrindo seu rosto de tanto desespero que sentia.

- Eu tô grávida... vamos ter um filho, William. - ela repetia baixo entre os soluços de seu pranto.

William engoliu seco e olhou novamente para Betinho. Imaginou que aquele um dia poderia ser seu filho, na mão de outro traficante ou até mesmo um policial.

- Você disse que está... grávida? 

Maite não respondeu, apenas chorava. Parecia que ela seria a próxima a ser executada ali. 

- Fala alguma coisa, amor... - William se ajoelhou na frente de Maite, tocou a barriga dele. - A gente vai mesmo ter um filho?

- Solta ele. - Maite pediu.

- Me responde primeiro se...

- SOLTA ELE!!!! - Maite berrou, interrompendo a fala de William.

William se levantou e foi até Betinho, que agora, chorava de felicidade. Will desamarrou a corda que estava entrelaçadas nos pulsos dele, fazendo-o ficar totalmente livre. Ele olhou para Maite, agradescendo com um sorriso, fazendo ela responder com outro sorriso rapidamente exibido. 

Caio, que também estava pasmo com a cena, se retirou para que eles pudessem conversar sozinhos.

William olhou Maite nos olhos. 

Ele estava meio perdido e confuso naquele momento. Precisava rapidamente de uma explicação.

- Como assim grávida? Você vai ter um filho meu?

Maite engoliu o choro e encarou William, fez que não com a cabeça.

- Óbvio que não. Não estou grávida.

- Então por qual motivo mentiu?

- Por qual motivo menti? Você ainda tem coragem de me perguntar. Você ia matar o cara. E o que me intriga de verdade é que você nem se importou de eu estar aqui ou não. Quem é você, afinal?

Wiliam abaixou a cabeça e levou sua mão ao rosto.

- E tudo isso por causa de um acerto de contas? SÓ PELO DINHEIRO? Se você não queria que ele devesse, era só não vender mais drogas fiado. Mas não, parece que você teve o prazer de deixar dívida e mais dívida se acumularem, para depois matar.

- Maite, deixa eu te explicar.

- O que você fez não tem explicação, William. Será que não notou que na frente dessa arma havia um ser humano prestes a morrer? 

- Mas é o meu trabalho... - William tentava argumentar.

- Trabalho? Você não é Deus, para tirar a vida de ninguém.

- Maite, me escuta.

- Anda, diz. Quero ouvir o que você tem pra me dizer.

- O cara não valia nada, é um viciado como outro qualquer.

- PORRA, E SE FOSSE TEU FILHO? AMARRADO IGUAL UM ANIMAL FEROZ NA MIRA DE UMA ARMA. O QUE VOCÊ FARIA? O QUE FARIA? - Maite berrou, apertando as mãos.

- Provavelmente... isso ia doer muito em mim.

William olhou Maite por um instante. Ela tirava o anel de noivado que ele havia dado um mês atrás.

- O-o que tá fazendo? - Will perguntou.

- Se você não a capacidade, de separar as coisas, eu não quero ficar com você. Você é um monstro. Não quero te ver nunca mais.

Maite, colocou o anel na mão de William e se levantou. Ele a segurou, tentando não deixa-la ir, mas ela pediu para que ele não a tocasse e seguiu andando. Sem táxi, nem onibus, nem nada... apenas com seus pés. No caminho para casa, ia chorando, e despertando a atenção de alguns curiosos na rua. Lembrava cada momento do rosto desesperado do rapaz. Quando não aguentou mais, sentou num banco que havia na praia e chorou ainda mais.

William foi para casa, se sentou e olhou pro anel.

- Meu amor, me perdoa...