Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

- Ótimo, amor. Minha mãe já saiu. - Maite avisou.

- Finalmente. Pensei que ela não iria nunca.

- Olha, vai com cuidado, se cuida hein. Não fica dando bobeira pelo caminho. - Maite disse, ajeitando uma mexa do cabelo dele que teimava em cair.

- Você já disse isso umas quarenta vezes hoje, Mai. - ele riu.

- Ah é? Pois bem, então eu não vou me preocupar caso você tome um tiro ou seja atropelado.

- Vai, eu sei que vai. - ele se aproximou e lhe deu um selinho. - Te amo, viu?

- Também te amo. Agora vai.

William atravesou a porta e pegou um elevador. Quando chegou lá embaixo, viu que Silvana ainda estava no prédio. Virou o rosto e caminhou na direção da favela. Caminhou de pressa para chegar lá.

                                           ***

Mais tarde, no meio da aula de matemática, Maite fazia os exercícios e conversava com Dulce:

- Sabe que o Christopher perguntou se você não estava mais afim dele. - Maite riu.

- Pior que eu tô, cara. Ele parece um bebêzinho, tão lindo. 

- Que lindo o que, lindo é o meu loirinho, apenas.

- Ahhh não, o Chris tem uma carinha de inocente que dá até pena.

- Hummmm né... Mas diz, você vai continuar bancando a díficil?

- Sem sombra de dúvidas, Maite. Não vou parar até ter ele na palma da minha mão.

- E você acha que conseguirá?

- Isso eu já não sei, mas que eu vou traçar aquele anjinho, isso eu vou.

As duas riram. A coordenadora entrou na sala de aula, pedindo licença ao professor.

- A aluna Maite poderia me acompanhar até a diretoria?

- UHHHHHHHHHH! - os outros alunos berraram.

- Hum, eu fiz alguma coisa? - Maite perguntou a Coordenadora.

- Não. O problema não é com a senhorita e sim com seu irmão, Mateus.

Maite deitou seu caderno fechado e seguiu a coordenadora. Se perguntava o que seu irmão havia feito dessa vez, se tinha brigado em sala de aula, xingado a professora ou alguma outra rebeldia que esses adolescentes adoram fazer. Quando entrou na diretoria, viu Mateus de cabeça baixa. Pensou que provavelmente ele estaria passando mal ou com dor de cabeça. 

- Sente-se. - a diretora pediu, apontando para a cadeira a frente de sua mesa.

- O que aconteceu, diretora? - Maite olhou para o irmão e em seguida olhou para a diretora.

- Seu irmão, Mateus e outro menino que foi suspenso ainda pouco, mataram aula e ficaram no banheiro vendo revistas pornográficas.

- Revistas pornográficas? - Maite perguntou ao seu irmão. - Eu nem imaginava que você tinha algo do tipo.

- Na verdade, - adicionou a diretora. - a revista era do outro menino.

- Entendi. 

- Esse Colégio, prioriza a ética dos alunos. E em nossa opinião, revistas de homens nús ou até mesmo de mulheres, não abre a mente de ninguém. - a diretora continuava a dizer.

- Entendo e concordo com a senhora, esse tipo de revi... - Maite deu uma pausa. - Perai, a senhora disse revistas de homens nús?

- Sim, eu disse. Era esse tipo de revista que seu irmão e o rapaz da sala dele estavam vendo.

Maite olhou com espanto para Mateus que não sabia onde enfiar a cara. Ela desconfiava, chamava o irmão de gay, mas sabe como é... coisa de irmãos, nunca imaginaria que ele chegaria a ver um tipo de revista assim.

- Bo-bom, e o que a senhora pretende fazer em relação a isso?

- Suspende-lo, como suspendemos o outro rapaz. Você concorda?

- Sim, claro. É justo.

A diretora preparou alguns papéis, e fez com que Maite assinasse, autorizando a suspensão do irmão. Ela nem ao menos conseguia pensar direito sobre algo, com aquele susto rodando sua mente como um fantasma. Mateus foi liberado, então a diretora decidiu que Maite também seria para poder leva-lo para casa.

Maite pegou seu material em sala de aula e foi caminhando para casa com Mateus, que não disse nenhuma palavra sobre o acontecimento.