Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

Maite abaixou mais ainda a cabeça e começou a chorar, ouvindo os gritos do pai. Ele realmente estava furioso, e não era a toa. Sua filhinha, estava indo para um caminho sem volta. Coitado, tão enganado. Mal sabia que na verdade, Maite estava defendendo o irmão. Quando decidiu parar de gritar, disse num tom mais baixo:

- Vá pro seu quarto. Quando sua mãe chegar, eu falarei com ela.

Maite fez que sim com a cabeça, se levantou e foi indo para o quarto. Mateus olhava para ela com a maior cara de pau. Ele sabia que era dela, mas seu olhar fazia parecer que ele tinha avisado Maite sobre "se drogar". Mas ela não se importou. Se contasse que era do irmão, ele sem dúvidas abriria a boca sobre seu namoro. E isso, era arriscado e as consequências seriam piores. 

Maite entrou no quarto, tocou sua barriga e estranhou. Sentiu algo subindo na sua garganta e correu pro seu banheiro vomitar. Vomitou tudo o que tinha comido no almoço. Estranhou até, pois não estava naqueles dias, que eram as vezes que ela ficava mais enjoada.

- Ain! - tocou sua barriga e antes que pudesse recuperar o fôlego, lá estava, vomitando de novo. 

Quando finalmente o enjôo deu uma pausa, se levantou e lavou o rosto. Provavelmente, algo que comeu lhe fez mal, acontece... Logo em seguida, se deitou. 

Mateus entrou no quarto da irmã, para saber o por quê ela havia tomado sua culpa. 

- O que você quer?  - Maite disse, sem olhar pra ele.

- Conversar. 

- Sobre?

- Esse acontecimento de ainda pouco. 

- Hum, quer saber por quê eu mexi nas suas coisas? - revirou os olhos. 

- Não. 

- E então? 

- Por que me defendeu?

- Não te defendi. Apenas tomei sua culpa. 

- E por que você fez isso?

- Não importa, já fiz. 

- Me diz.

- Você deveria era me agradecer!  - ela exclamou. - Além de eu me ferrar por tua culpa, ainda sou obrigada a ficar respondendo perguntas? 

- Por minha culpa uma ova, viu? - ele bufou. - Se tu se meteu foi por quê quis. 

- Não importa mais, já fiz, já me ferrei, agora vaza.

Mateus deu de ombros e saiu, como ela havia pedido. Não queria discutir, nem correr o risco que ela mudasse de idéia. Não era bobo nem nada, deixou quieto aquele assunto.