Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

Silvana chegou do trabalho. O clima em casa estava tenso e ela notou isso, assim que chegou. Viu Augusto sentado no sofá, sua perna direita tremia por ansiedade e ela sabia que isso não era um bom sinal. Ele olhava para o nada, distante e pensativo. Parecia concentrado. Ela se aproximou e tocou o ombro do marido. 

- Boa noite, querido. 

- Que bom que você chegou. - sua voz não era de alegria e sim de preocupação. 

- Por que diz isso? Aconteceu algo? 

- Sim, aconteceu. 

Silvana se sentou, para ouvir melhor. 

- Então me diz, o que te fez ficar assim?

Augusto olhou para Silvana, colocou a mão no bolso e tirou o pequeno pacote dali. Silvana arqueou sua sobrancelha, imaginando o que um pacote de pó estava fazendo com seu marido. 

- Não é meu, se é o que está pensando. 

- De quem é então? 

- Maite! 

- QUE??? - ela não pôde conter o grito. - Como assim? 

- Eu entrei em casa e ela estava com isso na mão. 

- Mas isso não significa que é dela. - retrucou.

- Ela mesmo admitiu. Pelo o que entendi, Mateus sabia, mas não a dedurou.

Silvana levou sua mão a testa. Como podia? A educação que havia dado a sua filha era outra. Maite sabia exatamente que males faziam todos os tipos de drogas. Onde foi que ela tinha errado?

Silvana deixou Augusto na sala, foi andando até o quarto da filha. Nem se quer bateu na porta, saiu entrando, buscando explicações. 

- O que significa isso? - Silvana disse. 

-Ah, oi para a senhora também mãe. - sorriu. 

- Não é hora para gracinhas, Maite. O que é isso que seu pai acabou de me contar? 

- Se você já sabe, não vejo nenhum motivo para me fazer perguntas. Faz outra coisa, sei lá. Bate aquele martelinho e me prende logo de uma vez. 

- Me explique, AGORA!

- Tá. - Maite bufou. - Eu comecei a usar esse ano porque acho da hora, ok?

- Acha da hora? - Silvana ironizou. - Achará da hora quando estiver em uma clínica de reabilitação? Quando ficar dependendo dessa droga?

- Por favor mãe. Eu sei quando parar. 

- Isso é o que todos dizem. 

- Mãe, a vida é minha! Deixe eu fazer o que quero. 

Mas que merda era aquela? Maite estava agindo como se realmente estivesse usando aquela droga. Bem que dizem, que quando mentimos, podemos acreditar a qualquer momento na nossa própria mentira. Era para Mateus estar resolvendo essa briga com os pais, não ela. Mas ela aguentou as pontas e seuiu até o fim. 

- A sua vida está dentro da minha casa, se não está satisfeita, saia.

- OK, EU SAIO! - ela gritou. 

Silvana usou a frase errada na hora errada. Maite pegou uma pequena mala e tirou do guarda roupa várias peças de roupas. Silvana, ao contrário de que Maite estava pensando, não a proibiu. Deixou ela seguir com aquela cena. Em poucos minutos, ela estava com toda mala pronta.