Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

Um mês se passou e Maite teve que tomar uma providência sobre seu guarda roupa. De maneira nenhuma, sua pequena barriga poderia ser notada por William. Ela agora visitava ele com menos frequência. Se falavam mais por telefone. Ela usou a desculpa de estar numa época de avaliações no colégio, para não levantar suspeitas.

Experimentando algumas roupas, só de lingerie, ela se olhava no espelho. A pequena barriga era linda e bem redondinha. Já estava meio durinha. 

- Meu bebê. - sorriu, suspirou. - O que será que você é, hm? Será que seu papai te aceitará? Por enquanto não posso contar. Isso colocaria em risco a vida dele. Você entende, né? 

Apesar de estar com 2 meses e pouco. Alguns sintomas da gravidez não a abandonaram. 

- Hmmm. - fechou os olhos e se desequilibrou, segurou na mesinha antes que caísse. - Esse enjôo não para nunca, meu Deus. 

Vestiu apenas um short e se deitou. Pegou um livro que tinha comprado, mas o enjôo não deixava ela se concentrar na leitura. 

- Vou ligar pro seu papai. - pegou o celular e discou o número de William, que atendeu em segundos. 

- Oi, vida. - ele disse.

- Amor, oi... tá ocupado? 

- Hum, agora não. Precisa de alguma coisa? 

- Precisava de você aqui mas... meu pai tá em casa, então nem rola né. 

- Uhum... quer conversar? Sua voz tá meio... fraca. 

- É... uns remédios que tomo, me deixam assim.

- Está mal? Você não me disse nada. 

- Não, não é nada... só dor de cabeça. 

- Certeza? 

- Absoluta. - ela garantiu. - E você? Como está? 

- Com saudades suas.  

- Own, eu também estou. 

- Quando vamos nos ver novamente? 

- Hum... Não sei direito amor. Acho que logo. Mas não pense que estou querendo me livrar de você. 

- Rum, - ele sorriu. - espero mesmo. 

Um pequeno silêncio se dominoi na linha. 

- William... -ela disse. 

- Oi?

- Você... gostaria de ter... um filho comigo? - perguntou, aflita. 

William ficou em silêncio. Estava pensando se realmente queria aquilo. Se um filho seria bom. Sorriu do nada. A resposta era sim.

- Sim, eu quero ter um filho com você. Um não, vários. 

- Mesmo? - ela sorria. 

- Sim, é sério. Mas acho que não agora... deixa o futuro se ajeitar. 

- Uhum... claro. -suspirou. 

- Mas por que tá me perguntando isso? - ele sentiu algo forte dentro de si, e resolveu perguntar. 

- Na-não, nada. E... -ela quis mudar de assunto. - como vão as coisas com aquele carinha?

- Jeremias? Ah, ele é ótimo. Sabe vender tudo, e bem rápido. 

- Humm...

- Você não gosta dele né?

- Não. Ele não me trás uma boa energia. 

- Amor, você também dizia isso do Caio.

- Caio é diferente. Odeio admitir isso, mas ele é. Caio fala na cara tudo que pensa. Esse tal de Jeremias é um falso. 

- Como você pode dizer isso se nem conhece ele?

- Coisa de mulher. Sexto sentido. E você... o quanto conhece ele pra dizer que ele é um bom cara? 

- É... pra falar a verdade, não conheço tanto, e até concordo que ele seja bem misterioso. 

- Pra você ver que não tô ficando louca. 

- Hum -riu. - Tá sim, minha louquinha. 

- Você é um idiota. 

- E você adora que eu sei.  

- É, mais ou menos. - ela riu. 

- Eu sei disso. - riu também. - Amor, preciso desligar, vou fazer umas coisas... se der, depois eu te ligo. 

- Tá certo.  Beijos, se cuida. 

- Beijos, obrigado. 

Ele desligou e Maite deixou o celular em cima da cama. Tirou algumas fotos da barriga, mas não publicou em nenhum lugar. A fome, que por sinal a cada dia ficava maior, chegou. Maite foi para a cozinha e preparou um enorme sanduíche que tempos atrás ela não aguentaria comer. Preparou vitamina morango misturado com ovomaltine e passou Nutella no sanduíche, nem ligando para o fato dele ser 100% salgado. 

Augusto chegou em casa e foi direto para a cozinha. Maite estava de costas e se virou ao notar que alguém tinha chegado. Como estava apenas de sutiã e short, os olhos de Augusto foram direto a barriga. Ele arregalou os olhos. Sua filha estava grávida.