Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

No dia seguinte, Maite já não conseguiu mais enrolar William. Foi semanas sem se verem, e o contato era apenas por telefone e Facebook. Saindo do colégio, Maite sentiu uma mão tocar sua cintura e se virou. Sorriu e disse:

- Amor! :3

- Oi, minha sumida. - ele lhe selou um beijo na testa dela e sorriu. 

- Que surpresa, você por aqui.

- Sim. - riu. - Se você não vem até a mim, eu venho até você. 

- Não seja ridículo. - ela sorriu. 

O olhar de Maite, as vezes parecia preocupado e sempre depois de um sorriso, aparecia o sinal de que ela estava tentando não chorar, desabar. William percebeu isso há semanas, mas Maite sempre dizia que estava tudo bem, ele não se conformava com a resposta, mas se ela não dizia, ele também não podia força-la.

Alguns alunos do colégio, pararam e ficaram olhando a cena. Maite abraçada com um traficante que muitos dali conheciam muito bem. Ela não ligou, ele também não. Os olhares não paravam, uns de medo, outro de curiosidade, outros de vergonha. 

- Falaram que ele está obrigando ela a ficar com ele. - pessoas diziam.

- É, sempre desconfiei disso. Que abuso! 

Maite ficou sem jeito ao notar que William ouviu os comentários a respeito deles. Suas bochechas coraram e ela olhou para ele.

- Ahm, vamos pra sua casa amor? - ela sugeriu. 

- Ahm, claro... Vamos. 

Um táxi parou e eles entraram. Foram em direção a favela. Durante o percurso, William acariciava o cabelo de Maite, que sorria, adorando sentir aquelas carícias. Maite dava vários beijos no rosto do noivo, que ainda sem saber, apoiava a mão na barriga dela, acariciando e sendo afastado rapidamente. 

Ao chegar, William deu uma de cozinheiro e preparou algo para Maite comer. Pela primeira vez, ele via Maite comer feito um homem, também, estava comendo por dois. Era normal. 

- Nossa, amor! - ele riu. - Que fome é essa?

- Ahm, é que... teve educação física, e eu não comi no intervalo. - ela disse, inventando essa desculpa. 

- Quer mais? - ele sugeriu, olhando até com certo medo pelo modo que ela comia. 

- Quero, por favor. 

Ele pegou o prato dela e encheu de comida novamente. Maite sorriu ao ver o prato vindo em sua direção. Já era o terceiro. Parecia que quanto mais comia, mais sua fome aumentava. 

O terceiro prato sumiu em questão de segundo, sem exagero algum. William, abismado com aquela situação que acabara de presenciar, ficou de boca aberta por um instante. 

- Com licença. - Maite retirou da mochila uma pequena maleta que carregava contigo pra todo lado, pro uso de sua higiene bucal. Entrou no banheiro e escovou os dentes, lavou o rosto e ajeitou o cabelo. 

Olhou a porta a abrir, e em seguida viu William vendo em sua direção. 

- Acabou?  - ele perguntou baixinho, abraçando Maite por trás. 

- Uhum... quer usar o banheiro? 

- Não. A única coisa que quero agora, é você. - ele a beijou, levantando-a e a colocando em cima da pia.

Maite apertou o cabelo dele com vontade, e sentiu um calor ao notar que a mão dele, estava em contato com sua intimidade. 

- Hmmm. - gemeu. - William, a gente não pode. 

- Não pode por quê, hein? - ele disse, usando seu sussurro sexy, para provocar ainda mais.

- Po-porque não. - ela se levantou, saindo do banheiro. 

- Ah, vai amor... sinto sua falta. - beijou o pescoço dela, faxendo a mesma se arrepiar. 

- Hmm meu Deus, isso é muita tentação. - falou baixo, mas resistindo, se afastou. 

- Que foi, May? - ele suspirou. - Cê não quer? 

- Quero, mas não posso. 

- Tá menstruada? 

- Não, não é isso. 

- Então, o que é?

Ela olhou pro outro lado e disse:

- Não posso te dizer.

- Amor. - ele revirou os olhos ao ouvir aquilo. - Você pode me dizer tudo, ouviu? Eu vou estar do seu lado sempre. 

Maite pensou bem.

- Mesmo? - mordeu os lábios de nervosismo. 

- Mesmo!

Ela respirou fundo, deu alguns passos pela cozinha e olhou para ele com medo, aflição pell que iria acontecer. 

- William... - levou a mão na testa. - Eu tô grávida! 

Ela pode sentir o coração de William bater mais rápido. Os olhos dele estavam arregalados e sem reação pelo que acabara de ouvir. Então era isso, esse era o mistério que agora ele sabia. Entendeu cada comportamento maluco que Maite teve. O que será que ele faria?