Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

O plano de Jeremias já estava formado e prestes a entrar em ação. Com uma lábia de bandido, conseguiu fazer uma lavagem cerebral em William. Caio havia cansado, literalmente cansado de tentar avisar seu amigo. William não era nenhuma criança. Ele era um homem que já entendia muito bem as coisas da vida e não precisava de nenhuma babá para ficar lhe dizendo o que fazer e como fazer. 

- Isso, Augusto. Você entendeu o plano muito bem. Ele tá bastante ansioso por isso, e já vamos sair daqui. Isso. Assim que eu enviar o SMS, você vem com toda equipe para a tal loja. Ok. Ok. - Jeremias desligou e se aproximou de William, com aquele sorriso idiota que carregava em seus lábios. 

- Então, cara? Esse assalto rola ou não rola? - William ria, mostrando que realmente estava bastante ansioso para aquele acontecimento. 

- É claro que rola, chefinho. - Jeremias respondeu. - Quando quiser ir, nós vamos e fazemos a limpeza naquela loja.

- Você é um cara esperto, Jeremias. Muito esperto. Essa convivência contigo já está se tornando uma grande amizade. 

- É claro. Uma grande e fiel amizade. - como um ser humano podia ser tão falso? Mentir descaradamente assim, como se tivesse falando a verdade. 

- Caio, vamos? - William perguntou para o amigo que estava sentado observando aquela cena.

- É, vamos. - se levantou e foi caminhando em direção ao carro. 

Os três entraram no carro e Jeremias foi dirigindo até a cidade com um sorriso no rosto. O celular de William tocou e o nome de Maite foi exibido na tela. Pegou para atender, porém Jeremias retirou o celular da mão dele e pôs sobre a perna.

- Nada de mulher agora. - Jeremias não queria que ele e sua futura esposa tivessem mais contato algum. Deixou o celular desligado e continuou dirigindo. 

- Tá certo, depois eu ligo para ela.

- Ligue sim.

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Em casa, Maite tentava falar com William mas dava apenas caixa postal. Se preocupou, pois ele não era muito de deixar o celular desligado e tão pouco não atender uma ligação dela. 

- Que estranho. - ela disse sozinha. - Ele não atendeu. Ah... deve estar dormindo. - riu!

Colocou o celular em cima da mesa e foi para o quarto se trocar. 

- Agora, a mamãe vai te levar para passear. - ela passava a mão na barriga enquanto dizia. - Vamos comprar umas roupinhas e uns sapatinhos lindos. 

Maite se arrumou, pegou sua bolsa e foi para a rua. Coincidência ou não, a loja para qual estava indo, era ao lado de onde William estaria em poucos minutos. Nenhum sabia da vinda do outro. 

Jeremias pisou na loja e anunciou o assalto. Os atendentes ficaram desesperados e levantaram a mão numa maneira difícil até de não reagir. 

- Se todo mundo ficar paradinho e nos der as armas e o dinheiro, todo mundo vai sair daqui vivinho. - Jeremias falava, caminhando pela loja.

- Isso! Nossa intenção não é machucar ninguém. Só queremos as armas saimos daqui. - William completava. 

As pessoas que trabalhavam ali, se olhavam com medo e desespero diante das armas dos 3 traficantes que ali estavam. 

- Não dá para ser apenas o dinheiro? - o gerente da loja sugeria. 

- NÃO DÁ, PORRA! ME DÁ LOGO ESSAS ARMAS E TU COTINUARÁ VIVO. - Jeremias gritou, fazendo as pessoas se escolherem de medo. 

A moça do caixa, com as mãos tremendo, pegava as notas. O gerente,  bem rápido, abria os vidros onde as armas estavam trancadas. 

- Mais rápido, mais rápido. - Caio exigiu. 

Jeremias se afastou um pouco e fingiu estar olhando umas armas. Pegou seu celular e enviou o SMS para Augusto: Venha, chegou a hora. 

Augusto leu, e saiu da delegacia com várias viaturas seguindo ele. Estava feliz por finalmente por a mão no seu inimigo. Aquela história de amor proibido acabaria hoje, sem dúvidas.

- Foi uma péssima idéia, William. - Jeremias sorriu, dando leves tapas no ombro dele.

- Como assim? - perguntou, mais antes que pudesse obter a resposta. Ouviu o barulho de sirenes por todo lado. 

- JEREMIAS, SEU FILHO DA PU/TA. ARMOU PARA NÓS! - Caio dizia com um ódio enorme no olhar. 

William não acreditava. William não queria acreditar. Jeremias realmente havia feito aquilo? Ele hacis depositado sua confiança naquele cara, e o que recebeu em troca? Uma facada pelas costas. 

- Eu vou acabar contigo. - William, também com ódio, olhou para Jeremias que não fingia mais, apenas ria de braços cruzados. 

- Não há tempo para isso, William, temos que sair daqui o mais rápido possível. - Caio puxou William para fora, mas os dois pararam ao notar que estavam cercados. 

- PUTA QUE PARIU! - Caio berrou. 

William, pensou rápido. Pegou o gerente da loja e o fez de refém. Não queria ir preso nem a pau.

- Largue esse sujeito. - Augusto apareceu e exigiu isso. 

- Augusto! - a face de William mudou para algo pior que o ódio. - Eu já deveria imaginar. 

- Que bom que você está tendo capacidade para isso, William. - Augusta apontou uma arma para a direção dele. - Só de pensar como foi fácil enganar você, com meu policial Jeremias. 

- Bem que o Caio me avisou, eu deveria ter escutado ele. Que baixo, você hein. Não tem a capacidade de me prender sozinho, e inventa isso tudo. 

- Não é falta de capacidade, é um plano muito bem bolado. Admita. - Augusto debochava. 

- Só se for para você, que vive disso. Eu não gosto de rodeios. 

- Que pena. Eu adoro. Agora solte esse rapaz.

- Você não vai me obrigar a fazer isso. - William tirou uma pistola do bolso e apontou para o rapaz que fazia de refém. 

- Menino corajoso, você hein. - Augusto ria. 

- Mais um passo e esse cara morre. - ele disse. 

Jeremias observava a cena ainda dentro da loja. Notou que Caio estava do lado de William, e foi se aproximando dele devagar. Se tem uma coisa que sempre viu em filmes, era não ficar de costas para seu inimigo. William estava encostado na parede, e isso impedia Jeremias de fazer qualquer coisa, mas Caio não. 

Jeremias empurrou Caio para a mão dos policiais. E riu da cena, se juntando a eles. 

- Jeremias, seu traíra. - William disse, ao ver seu amigo sendo algemado.

- E na minha traição você caiu direitinho. 

- E me sinto um lixo por isso.

- Eu sei. E ganhei uma enorme coisa, com isso tudo. Talvez tudo o que você queria. Maite e seu filho. Pois é. - Riu Jeremias. - Eu criarei os dois, ela será minha esposa. Está prometida para mim. 

William sentiu seu chão cair ao ouvir aquilo. Não ia permitir nem a pau que sua Maite virasse mulher de outro. Se arrependeu por não ter se casado rápido com ela no civil, se arrependeu mesmo. Mas aquilo,  ele não iria se arrepender. 

- Tenho aqui em minhas mãos o remédio certo para sua traição. - William sem pensar duas vezes, mirou a arma na direção de Jeremias e atirou 3 vezes em sua garganta. 

Jeremias já era. Um tiro na garganta era fatal e ele sabia disso. Augusto queimou de raiva ao ver Jeremias sangrando. Estava mal, muito mal. William com um sorriso no rosto, admirava aquela cena. Jeremias caiu no chão, de olhos abertos. Sangue vazava de sua boca. Estava morto. 

Na loja onde Maite estava ouviu-se os disparos e todas as pessoas saíram para ver o que tava acontecendo. Uma multidao se formava em volta das viaturas. Muitos curiosos, jornalistas e pessoas de tudo quanto é idade viam aquela cena. Entre eles, Maite tentava ver. Foi atravessando de pessoa em pessoa e sentiu seu coração gelar ao ver que o "duelo" era entre os homens que ela mais amava. 

- Wi-William! - ela gaguejou. - Amor.

- Maite. - seus olhos arregalaram ao ver que ela falava com ele.

- O que é isso? O que tá acontecendo, pai? - o pranto começava, ela chorava e queria explicações. 

- Eu disse, que mais cedo ou mais tarde,  seu namorado ia acabar rodando em minha mão. 

- Amor... - ela tentou se aproximar, mas foi impedida pelo seu pai. - Amor, se entrega, pelo amor de Deus. 

- Desculpas, May, mas não posso fazer isso. Não quero ir preso. 

- É sua vida que está em risco, por favor. Solta esse rapaz.

- Não me obrigue a fazer isso, amor. - algumas lágrimas caiam de seu rosto!

- Eu tô te pedindo, faz isso por mim. 

- E-eu não posso, por favor...

- Você pode! 

- Se eu for preso, acabarei te perdendo. 

- Não amor, você não vai me perder. Eu vou te esperar, te juro. 

- Não vai. Eu sei disso. - chorava. 

- Acredita em mim. Faz isso por mim. Faça isso por mim e por nossa filha. 

- Amor eu... -ele abaixou o rosto. 

- WILLIAM, POR FAVOR! - insistia cada vez mais. - Faz o que tô te pedindo. Eu te amo. Por favor...

Decisão difícil, mas escolha certa. William soltou o rapaz e logo foi algemado. Maite não ligou pro pai, nada importava naquela hora. Correu até William e o abraçou forte. Os dois choravam e algumas pessoas que assistiam a cena, choravam também. 

- Tudo vai ficar bem, eu vou estar cuidando de você, vou te esperar e te ver sempre. 

- Me beija, Maite... por favor, deixa eu sentir seu beijo pela última vez. 

Ela se pôs na ponta dos pés e depositou um selinho, que rapidamente se transformou em beijo. Um beijo doce e desesperado de uma pré - saudade que se formaram naqueles dois corações. 

Um policial tentava puxar William para viatura,  mas ele resistia. Olhou para Maite e disse:

- Eu te amo,minha rainha. 

- Eu também te... - outro disparo foi ouvido e Maite havia sido atingida. Caiu no chão, desacordada e William se desesperou. 

- MAITE, NÃO!  - tentou ir até ela, mas foi puxado, em muitas lágrimas, pro carro da polícia. 

O policial fechou o carro e ele olhou para trás, tentando ver Maite, mas sua visão havia sido impedida por conta das pessoas que se aproximaram de sua amada.