Fanfic: Levyrroni: Amor Blindado. | Tema: Levyrroni

- Visita para você. - o carcereiro disse a William, que estava no pátio. 

- Nossa, pra mim?

- Isso, é a Juíza Silvana Perroni. 

- A dona Silvana veio me ver?! - perguntou pra si mesmo, bastante curioso. 

- Parece que sim, vai recusar? 

William pensou por dois segundos antes de responder:

- Hum, vou. - suspirou. 

No caminho até a sala de visitas, pela mente de William, piscavam várias interrogações sobre o que seria aquela tão esperada visita. Será que ele finalmente havia sido solto? 

- Ahm, boa tarde, dona Silvana. - se aproximou tímido, encarando-a e reparando na pequena menina em seus braços. 

- William! - sorriu alegre em vê-lo. 

- Oi... Você por aqui, vindo me ver. 

- Não pense que esqueci de você. 

- Eu agradeço sua gentileza. Mas como conseguiu permissão para... - William se lembrou que ela era juíza. - Ah... desculpa, esqueci. 

- Não tem importância. - riu do acontecimento. 

- E essa princesinha no seu colo, tão quietinha? - perguntou curioso. 

Silvana poderia ter dito a verdade, aliás, deveria ter dito. Por um momento, quis contar, mas logo desistiu. Não estava sendo mal, como Augusto. Apenas queria fazer uma surpresa grande para William no futuro. Aquela garotinha era sua filha, mas ele nem imaginava isso. Olhava pra ela e sentia uma ligação, e por um momento lembrou de Maite. Silvana olhou para a menina, que olhava sorrindo para William, mas bem quietinha, apenas sorrindo, exibindo seus dentinhos.

- Hein? Ah, essa é minha afilhada. Linda, não? - Silvana perguntou. 

- Muito linda. - dizia, com um sorrisinho bobo no rosto. 

- Quer segurar ela enquanto vou ao banheiro? 

- Ahm, bom... - disse confuso. - Será que ela não vai chorar? 

- Ela é muito boazinha. Não chora muito. - respondeu entregando a menina para o colo do pai, e em seguida se retirando. 

William, meio sem jeito, segurava a menina, que agora olhava sério para ele. Ao notar que sua avó havia saído dali, a menina fez um biquinho, e isso fez William lembrar bastante de Maite. Logo seus olhos se encheram de lágrimas, sinal que alguém estava prestes a chorar. 

- Não, não, não, não, boneca. Por favor, não chore. - William pediu, acariciando o rosto dela, que ao sentir o toque e o amor do pai, deitou a cabeça em seu ombro, se acalmando. 

William sorriu, pois tinha conseguido evitar que ela chorasse. Silvana admirava a cena sorrindo, e tirou uma foto de longe, daquele momento único. O primeiro contato entre pai e filha. 

Ao fingir que havia voltado, Silvana disse:

- E então, "Paulinha" se comportou?

- Sim, muito. Ela é mesmo uma boneca. 

- Sim, é uma graça. 

- Silvana... - William suspirou. - Você seria capaz de me perdoar um dia? 

- Te perdoar, mas pelo que? 

- Você sabe... pela morte da... - Sem conseguir pronunciar aquele nome, ele engoliu seco abaixou o rosto. 

- Não tenho naea para te perdoar, William. Nada. Fique tranquilo. 

- Mas...

- Você entenderá meus planos para você, no futuro.  - sorrindo, lhe mostrava que não tinha nada a temer. 

- Não entendo. 

- Um dia, Você irá entender. - deu uma pausa. - Bom, precisamos ir. Fique tranquilo, você não ficará preso por 20 anos, eu mesma resolverei essa questão. 

- Obrigado. Ahm, tchau Paulinha. Foi muito legal te conhecer.  - ele disse olhando para a menina. 

- Papai! - a menina disse de surpresa, e Silvana arregalou os olhos. William não entendeu muito, mas sentiu uma forte emoção ao ser chamado assim. 

- Papai? E-ela me chamou de papai? 

- Desculpe William, o pai dela também é loiro, assim como você. Ela deve... ter se confundido. 

Sofia/Paulinha fez que não com a cabeça e apontou com o dedinho para William. 

- Nanã*! é o papai. (*não)

- Não sou não, amorzinho. Não sou seu papai. 

- Paulinha, não diga isso meu anjo. Seu pai vai morrer de ciumes. 

William sorriu sem jeito, entregou a menina para Silvana e ela se despediu. Ele tocou seu coração, que batia forte, com aquela sensação estranha de ser chamada de pai.