Fanfics Brasil - Capitulo 11 - O Expresso de Hogwarts O Outro Menino que Sobreviveu - Harry Potter

Fanfic: O Outro Menino que Sobreviveu - Harry Potter


Capítulo: Capitulo 11 - O Expresso de Hogwarts

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Tiago fora, desde criança, um piloto de vassouras excepcional; Quando terminou Hogwarts, recebeu vários convites para times de quadribol da segunda divisão, e em menos de um ano, já atuava na liga profissional. Desde então, ganhava a vida como apanhador, o que lhe rendia um ótimo salário por ano. Mas em suas tímidas tentativas de dirigir um carro, ficou claro que era e sempre seria um fracasso. Da primeira vez que se viu atrás de um volante, quase atropelou um cachorro e seu dono, arrancou um parquímetro do chão e estacionou com duas rodas em cima da calçada, no exato lugar onde se encontrava um hidrante minutos antes.


Quando os Potter resolveram comprar um carro, ficou decidido que Lilian seria a motorista da família. Eles raramente usavam o veiculo, pois ambos preferiam aparatar, e quando tinham de ir a alguma residência bruxa na companhia de Harry, geralmente usavam a rede de flu. Ir para a estação de King’s Cross, era uma destas raras ocasiões. Por conta do malão do garoto, mais a gaiola de sua coruja Edwirges, o carro era sempre uma boa opção.


Ao estacionarem na frente da estação, Lilian reconheceu o Ford Anglia dos Weasley:


– Vejam, os Weasley já chegaram. – comentou a motorista, enquanto manobrava.


– Arthur é louco de gostar de dirigir isso aí. – comentou Tiago.


– Louco ele é de enfeitiçar o veiculo, isso sim. – tornou sua mulher – Imagine o perigo que ele corre ao fazer esse carro voar.


– Ele não é tão ingênuo assim Lily. Jamais deixaria o ministério descobrir que anda burlando suas próprias leis.


– E quem está falando do ministério? Estou me referindo a Molly; se ela descobre o que ele andou fazendo... Coitado. Desde que eu descobri que o carro deles podia voar, tenho mantido um quarto reservado no St. Mungus no nome de Arthur Weasley, para quando Molly também descobrir.  


Ainda rindo, os três entraram na estação e dirigiram-se ao vão entre as plataformas nove e dez. Antes, porém que pudessem atravessá-la, como de costume, uma forte mão segurou Tiago pelo ombro esquerdo:


– Potter?


Marido e mulher levaram rapidamente as mãos às varinhas, mas foram interrompidos no meio do ato por Rubeo Hagrid, o gigantesco guarda caça da escola, que se aproximava gritando seus nomes e acenando:


– Tiago, Lily, Harry.


– O senhor é o senhor Potter? – tornou a insistir o homem que havia lhe segurado o braço.


Depois de passado o susto inicial, Tiago percebeu que o homem lhe encarava timidamente.


– E quem deseja saber?


– Roscoe Humbfrey – apresentou-se – Auror, sou um dos encarregados do ministério pela segurança no embarque dos pequenos hoje para Hogwarts.


– Sim senhor Humbfrey, sou Tiago Potter, por acaso sou considerado ameaça agora pelo ministério? – respondeu Tiago irritado.


– Não senhor, é que... – O homem ruborizou-se enquanto procurava palavras.


– Diga logo, qual é o problema?


– Problema nenhum senhor, - sua face se tornando cada vez mais escarlate – É que meus filhos me fizeram prometer, sabe, se eu visse o senhor. Eles são fãs dos Wimbourne Wasps, e o senhor foi magnífico na última temporada.


Tiago sentiu como se um nó se desfizesse em seu estomago, era a primeira vez que um fã lhe abordava na rua.


– Caramba homem, e precisa quase me matar do coração? – Tiago sorria aliviado. – como posso fazer seus meninos felizes?


– Um autógrafo para cada um seria o ideal senhor, eles são em cinco.


Hagrid os alcançou nesse momento:


– Olá Rubeo, - cumprimentou Lilian – o que você faz aqui? Não deveria aguardar as crianças na escola?


– Ordens – respondeu, estufando o peito com orgulho - O ministério providenciou um esquadrão de aurores para acompanhar o trem de hoje. Um em cada vagão, pelo que eu soube, mas Dumbledore achou que seria mais seguro se eu também estivesse presente.


Tiago unindo-se novamente ao grupo cumprimentou:


– Olá Rubeo.


– Dia Tiago – respondeu com a testa franzida - Mas afinal, o que estava acontecendo ali?


– Não, nenhum problema, apenas um fã de quadribol querendo um autógrafo para seus filhos.


– Oho, filhos né? Sei. Vou fazer de conta que acredito.


– O que você quer dizer com isso?


– Até parece que vocês não sabem. – brincou Hagrid com ares divertido.


– Sabemos de que Rubeo? Não estou entendendo aonde você quer chegar.


– Depois que a Black Lupin lançou seu pôster, montado na nova Silverlight, seus autógrafos estão cotados em dez galeões cada, segundo a revista “Pomo de Ouro”; Aposto que o Fã ali, tinha vários filhos né?


– Cinco, - confirmou o jogador - mas que história é essa de pôster? Assinamos contrato ontem, eles não tiveram tempo de lançar propaganda nenhuma ainda.


– Disso eu já não sei de nada, só sei que desde a Copa Mundial que sua foto tem circulado por aí.


– Aqueles trapaceiros duma figa.


Ainda irritado com seus amigos, Tiago conduziu a família por entre as plataformas, e em questão de instantes estavam na já conhecida plataforma nove e meia. A fumaça impregnava o ar, diversas famílias conhecidas despediam-se de seus filhos.


– Harry, aqui, - o garoto reconheceu a voz de seu melhor amigo, avistando-o em meio à família. Todos eram facilmente reconhecíveis pelos cabelos cor de cobre.


Despedindo-se rapidamente dos pais, ele tentou sair correndo.


– Calma aí garotão – disse a mãe, segurando-o pela gola da camisa, seus pés ainda teimavam em correr no mesmo lugar – Você vai passar o ano inteiro com seus amigos, me de um beijo aqui.


Meio constrangido, meio divertido, Harry estalou um beijo nas bochechas da mãe, e a apertou num forte abraço. Abraçou o pai também antes de pedir timidamente:


– Posso ir?


– Vai filho, e escreva com regularidade para sua mãe, - recomendou o pai – com toda essa história, nós vamos ficar preocupados se não nos escrever.


         Ao aproximarem-se dos Weasley, puderam ouvir as recomendações de ultima hora que Molly dava aos filhos:


         - E vocês dois, - era a vez dos gêmeos – mais uma única coruja da escola, e eu juro que arranco uma orelha de cada um para nunca mais serem confundidos novamente.


         - Dia Arthur, - cumprimentou Tiago. – Alguma novidade no ministério?


         - Dia Tiago. Não, nada de novo ainda.


         - Era de se supor que com toda essa agitação e segurança em torno de Hogwarts, o torneio fosse cancelado.


         Harry, Hermione e os Weasley pararam de conversar na mesma hora:


         - Que torneio? – Perguntaram ao mesmo tempo.


         - Torneio pra ver quem é mais curioso. – ralhou o Sr. Weasley – Mania mais feia essa de prestar atenção na conversa dos outros.


         - Prometemos nos comportar o ano inteiro... – começou Jorge


         -... Ou pelo menos até o natal... - continuou Fred.


         -... Se nos contarem do que se trata esse tal torneio. – Completaram os dois.


         Arthur pareceu pensar na proposta, mas a Sra. Weasley interrompeu seus devaneios de um ano escolar perfeito:


         - Agora escutem aqui os dois. – começou a Sra. Weasley.


         - Pense bem Molly, - cochichou Arthur aos ouvidos da mulher – Quatro meses inteiros de sossego, nenhuma coruja, isso seria um recorde imbatível.


         Molly Weasley olhou feio para o marido, e continuou como se não o tivesse ouvido.


– Com ou sem torneio, vocês vão se comportar. Não escutaram o que eu falei ou será que não acreditaram, por que se não acreditaram eu posso dar uma amostra grátis aqui mesmo.


         - Não mamãe, - apressaram-se em dizer – acreditamos em cada palavra.


         Sob o olhar severo da mãe, entraram sem mais palavras no trem, que começava a apitar chamando os retardatários.


         Harry, Rony e Hermione procuraram um vagão vazio, e se instalaram confortavelmente. Instantes depois alguém bateu a porta. Era Luna:


         - Posso me sentar com vocês? – perguntou com ar sonhador – os outros vagões estão ocupados.


A viagem prosseguia tranqüila, Harry e Rony discutiam quadribol, Hermione devorava seu exemplar do “Hogwarts – Uma História” enquanto Luna folheava tranquilamente um exemplar do “Pasquim”e foi justamente ela quem percebeu primeiro, reclamando:


– É impressão minha ou esfriou de repente?


Só então eles perceberam pequenos cristais de gelo que se formavam nas janelas do trem.


– Você tem razão, - concordou Hermione intrigada consultando o relógio – O que será que houve? Ainda são três da tarde.


– Não sei, vamos dar uma olhada. – Sugeriu Rony.


Ao saírem para o corredor, deram de cara com outros alunos que também estavam curiosos. O ronco metálico e estrondoso da locomotiva foi diminuindo de ritmo e volume, até que o trem parou. Uma escuridão anti-natural foi invadindo o vagão aos poucos, por onde se olhasse podia se ver rostos assustados, mas que continuavam olhando, estranhamente hipnotizados com a cena fantasmagórica que formava-se. As luzes foram acessas, piscaram por alguns segundos e tornaram a se apagar.


Do fim do corredor, os alunos podiam ver três vultos que se aproximavam vagarosamente. O do centro, que parecia ser o líder, não passava de um garoto, magro e alto, de andar claudicante. Parecia mais se arrastar do que realmente andar, o cheiro de carne putrefata o antecedia. Os dois vultos que o ladeavam, vinham deslizando suavemente, os mantos esfarrapados cobriam todo o rosto, as mãos magras estavam cobertas de sarna e feridas. Uma nevoa fria cobria o chão e todos foram acometidos por uma tristeza profunda, uma certeza de que nunca mais na vida seriam felizes.


– Dementadores, - Harry ouviu alguém gritar, seguido do baque surdo de uma porta se fechando com violência. O barulho pareceu desfazer a estranha fascinação que mantinham todos paralisados. Pelo vagão todo se ouvia gritos e portas se fechando.


Indiferente a balburdia ao seu redor, o trio continuava avançando. Já bem perto deles, Harry  finalmente pode reconhecer a face do garoto:


– Harry Potter, - murmurou a criatura.


Vindas de trás dos dementadores, faíscas azuladas precederam um forte jato de luz alvíssima, que cegou aos quatro amigos. Quando recuperaram a visão, os dementadores haviam sumido. Neville Longbottom estava caído no corredor, mãos e pés unidos por uma força invisível. No esforço de se ver livre, ele se debatia loucamente, deixando pequenos pedaços de pele e carne podre espalhado por todo o chão.


Parada ao seu lado, com a varinha em riste; uma senhora, já de idade avançada, trajando uma longa capa negra, que combinava com seu chapéu, onde havia um urubu empalhado.


– Estupefaça – ordenou a bruxa, e Neville parou de se debater, como um brinquedo cuja pilha acabou, então ela abaixou-se e fez a coisa mais repugnante que qualquer um poderia fazer. Deu um beijo na face da coisa inconsciente ao seus pés e murmurou – Desculpe querido.


Os quatro retornaram para sua cabine discretamente, e começaram a discutir o que haviam acabado de presenciar.


– Quem vocês acham que ela é?


– Augusta Longbottom – respondeu Luna com segurança – papai fez uma entrevista com ela, ano passado.


– A avó de Neville? – perguntou Harry incrédulo – você tem certeza disso Luna? O que ela estaria fazendo no expresso de Hogwarts?


– Só há duas possibilidades lógicas né Harry. – Respondeu Hermione irritada.


Como nem Rony nem Harry viam qualquer lógica nessa situação de doidos, ficaram esperando a amiga lhes explicar.


– Ela tem razão,– Disse Luna, apoiando Hermione.


– Claro que tenho. – concordou a menina com prazer.


– E se vocês parassem um pouquinho pra pensar teriam chegado à mesma conclusão que nós, sozinhos. – Continuou a loira.


– Isso mesmo.


– Ou ela é uma vampira a soldo do ministério, ou é só uma aparição alucinógena, provocada pelos gases de dilátex que tem nos feijõezinhos de todos os sabores.


– É isso aí. – concordou Hermione – NÃO, não é nada disso. – corrigiu-se apressadamente.


– Eu quis dizer que ou ela é uma auror, e está aqui para garantir nossa proteção, ou é uma passageira, e nesse caso ela é uma nova professora, pois somente professores e alunos, tem permissão para viajar nesse trem.


– Ela não é um pouco velha para ser auror? – concluiu Rony.


– Eu também acho, então, é quase certo que conhecemos nossa nova professora de Defesa contra as Artes das Trevas.


– Ainda acho que ela pode ser uma vampira. – arrematou Luna antes de voltar para sua revista.


– Mas o que mais me intriga nessa história toda, é: Como Neville chegou até aqui. Ele não tinha ido para Azkaban? E aqueles dementadores? Pareciam estar escoltando-o.


Rony e Hermione tinham se feito as mesmas perguntas, mas não as colocaram em voz alta, por receio de assustar o amigo. Os três sabiam que a única missão de Longbottom na terra, era matar Harry. E se os dementadores o haviam soltado, era sinal de que o ministério não tinha mais controle algum sobre a temida prisão.


Tanto a escuridão, quanto o frio repentino haviam desaparecido. Os quatro terminaram a viagem quase em silencio, cada um remoendo seus próprios pensamentos. Quando já estavam quase chegando, Hermione fechou seu livro com força e exclamou:


– Acho que descobri.


– O que? – perguntaram ao mesmo tempo os garotos, Luna apenas levantou os olhos com o mínimo de curiosidade.


– Que torneio é aquele que seus pais estavam comentando.


– E qual é?


– Bem, Hogwarts só sediou um tipo de torneio até hoje, mas já faz mais de cem anos que ele não é realizado em nenhuma escola da Europa, devido ao seu alto índice de mortalidade.


– Certo Hermione, mas que torneio é esse afinal de contas? - impacientou-se Rony.


– O torneio Tri-Bruxo.


Ainda aquela noite, a garota teria a prova que estava certa.



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Autor(a): Gelmo

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • e7potter Postado em 02/05/2015 - 23:20:19

    pfv continua, tá otima sua fanfic.


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