Fanfics Brasil - Capitulo 12 - Defesa Contra as Artes das Trevas O Outro Menino que Sobreviveu - Harry Potter

Fanfic: O Outro Menino que Sobreviveu - Harry Potter


Capítulo: Capitulo 12 - Defesa Contra as Artes das Trevas

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A seleção de casas era sempre um espetáculo a parte na vida escolar, a casa para qual o aluno fosse mandado, o acompanharia para o resto da vida. O chapéu seletor como sempre, fez seu número musical pedindo união e coragem a todos. Os alunos do primeiro ano foram colocados em fila e foram sendo chamados, um após outro. E cada vez que o chapéu gritava, a casa anunciada procurava fazer mais barulho na comemoração que a casa anterior. Findo esse ritual de iniciação, o diretor se pôs em pé e a professora McGonagall bateu de leve em seu cálice. O tilintar teve o efeito de sinos, as conversas foram diminuindo, até o silêncio ser completo.


– Boa noite a todos – começou Dumbledore – Aos que estão chegando, sintam-se em casa. Aos que estão retornando, sejam bem-vindos de volta. Eu gostaria de apresentar a todos nossa nova professora de Defesa contra a arte das trevas: Profa. Augusta Longbottom.


– Eu não disse? – cochichou Hermione com trinfo na voz, quando a bruxa se levantou para agradecer as tímidas palmas que recebia em saudação.


– Bem, ainda há algumas coisas que eu gostaria de lhes falar, mas penso que seria maldade de minha parte privá-los por mais um instante que seja desse delicioso banquete que nos aguarda. Bom apetite.


Ao término exato da sua frase, todos os tipos de pratos materializaram-se sobre a mesa. O tilintar de talheres e taças encheu o salão. Quando acabaram de comer a sobremesa, o diretor se levantou mais uma vez:


– Agora que os senhores estão fartos e satisfeitos, deixem-me lhes dar alguns avisos de principio de ano letivo. Aqueles entre vocês que tem acompanhado as noticias, sabem que vivemos tempos conturbados, e devido a esse motivo, tivemos nossa segurança redobrada. Então, peço lhes encarecidamente, que não façam pouco de nossos esforços, e procurem não saírem escondidos dos terrenos da escola, - seu olhar recaiu e demorou-se um pouco mais sobre os gêmeos Weasley – Devo avisá-los também que a copa de quadribol desse ano foi cancelada.


A esse aviso, diversos protestos irromperam por todo o salão. Olívio Wood, capitão do time da Grifinória, foi um dos mais exaltados. De dedo em riste, ele berrava pra quem quisesse ouvir:


– É tudo calúnia, nós nem chegamos perto da vassoura deles, ninguém pode provar nada, o senhor não pode cancelar a copa por um ou dois braços quebrados. – quando percebeu que era um dos únicos que ainda falava, sua voz foi diminuindo até sumir completamente, o diretor o encarava placidamente.


– No lamentável incidente, ao qual acredito que o senhor se refira senhor Wood, - começou o diretor calmo, mas com um inconfundível traço de repreensão na voz - o saldo fora de cinco pernas, quatro braços, dezenove dedos, sete costelas e um pé quebrado, além de vinte e duas unhas arrancadas e três orelhas despregadas. Incidente esse, que, ocorrido no último jogo do ano passado, deixou nossa querida madame Pomfrey, com a enfermaria sobrecarregada por mais de um mês. E o senhor tem razão, não podemos provar nada. Mas já que tocamos no assunto, devo avisá-los, que o armário de vassouras está agora sobre um curioso feitiço que eu mesmo coloquei, então sugiro que qualquer um que tenha idéias de azarar as vassouras adversárias novamente, pense melhor.


– Sim senhor. - Olívio sentou-se novamente. As orelhas, num forte tom de vermelho escarlate, equivaliam a uma confissão assinada. Da mesa da Sonserina, vieram alguns murmúrios jurando vingança.


 


– Como eu dizia, antes de ser interrompido, a copa de quadribol desse ano foi cancelada, pois estaremos sediando o Torneio Tri-Bruxo.


Mais uma vez, todo o salão se uniu para interromper o discurso de Dumbledore com algazarra, ouviam se todo tipo de exclamação:


– Ele disse Torneio Tri-Bruxo?


– Eu sabia, eu sabia!


– Quando começa?


– Quem vai competir?


– Será que da pra azarar as vassouras deles?


– Qual será o prêmio?


– SILÊÊÊÊNNNNCIOOOOOOO. – Ecoou uma voz cavernosa e gutural por todo o castelo, o grito foi tão alto que trincou diversos copos. Vários aluninhos do primeiro ano se abrigaram chorando em baixo das mesas. Todos olharam boquiabertos para a mesa dos professores. A nova professora estava de pé, com a varinha apontada para o pescoço.


– Obrigado Profa. Longbottom.


– DISPOOOOOONHAAAAAAAAA. – O novo berro ecoou ainda mais alto. A própria bruxa se assustou e baixou a varinha rapidamente – Desculpe.


– O Instituto Durmstrang de Magia e Feitiçaria, - prosseguiu Dumbledore – foi fechado dois anos atrás, como devem saber. Karkaroff, seu diretor, fazia parte dos Comensais da Morte e foi executado por Voldemort quando não se apresentou novamente ao seu mestre. O Ministério da Magia Búlgaro encerrou as atividades daquela escola desde então.


Não se ouvia nem um sussurro por todo o salão, o diretor estava lhes passando informações da qual estavam ávidos a tempos.


– O torneio Tri-Bruxo, foi idealizado para que jovens bruxos de varias nacionalidades pudessem interagir. Então Hogwarts, Beauxbaton e Durmstrang; as três maiores escolas de magia da Europa se reuniam uma vez a cada quatro anos e seus campeões competiam entre si. Com Durmstrang fechada, foi necessário convidar outra escola: O Colégio Imperial de Feitiçaria Luz D’ouro. – Dumbledore fez uma pausa para a costumeira interrupção, mas essa não veio, o silencio da expectativa era absoluto.


– Os fatos porém, se sobrepõem aos planos até dos mais precavidos. Durmstrang foi reaberta este ano. O que nos deixa num impasse. Não podíamos desconvidar nossos amigos lusitanos, mas também não podíamos deixar de fora uma das escolas fundadoras do torneio. – Sendo assim, esse ano, excepcionalmente, teremos quatro escolas participantes. – McGonagall levantou-se e começou a aplaudi-lo, no que foi imitada por todo o salão.


– Nossos convidados irão passar a maior parte do ano letivo convivendo conosco, não preciso frisar o fato de que devemos passar a melhor imagem possível em termos de cordialidade e hospitalidade. Confio nos senhores para isso. E agora: Cama, pois vejo que alguns dos senhores já se encontram quase dormindo, o que essencialmente era uma mentira, pois os alunos estavam pendurados em cada palavra do diretor.


Já em seu quarto, na torre da Grifinória, tentando digerir essas novidades, Harry achou que seria muito difícil dormir naquela noite, mas assim que encostou a cabeça no travesseiro, dormiu quase que instantaneamente.


 


 


Durante o café da manhã do dia seguinte, as mesas estavam mais tumultuadas do que nunca. Era dia em que os diretores de Casas, passavam os horários de aula para os alunos; por conseqüência, ninguém saia do salão principal antes de conversar com um dos professores. Quando Harry, Rony e Hermione conseguiram pegar seus horários, já estavam cinco minutos atrasados para a primeira aula, que seria de DCAT.


– Como vocês acham que é a nova professora? – quis saber Rony.


– Não me lembro de ter visto nenhum livro publicado por ela na biblioteca.


– Mas se Dumbledore a contratou, ela deve ser boa não é?


Ainda estavam discutindo isso quando chegaram a sala de aula. Perceberam que apesar de atrasados, não eram os últimos a chegarem, ainda faltavam vários alunos. A Profa. Sequer levantou a cabeça quando entraram e procuraram uma mesa de trabalho vazia. Quando a sala finalmente estava cheia, ela fechou o livro que estava lendo, levantou seus olhos para sala e disse:


– Fui informada pelo diretor, que essa turma já viu de criaturas das trevas a contra-azarações. Mas pelo que pude ver, o único professor que ensinou algo de valor para vocês foi o Prof. Belby.


– No entretanto, para evitarmos distrações inúteis, perguntas impertinentes e afins, deixem-me explicar algumas coisas: Primeiro, sim, eu sou parente de Neville Longbottom; sua avó paterna, para ser mais exata. Segundo; eu sei que a língua de vocês por vezes é mais rápida que o cérebro, então devem estar sabendo do incidente no trem. Aquele não era meu neto. Meu neto morreu a dois anos, aqui nesta mesma escola, salvando a vida de seus amigos.


– Professora, - interromperam-na – Acho que Neville lhe falou sobre mim, sou Draco Malfoy. Era muito amigo de seu neto.


Longbottom o encarou por longos minutos sem dizer nada, quando era evidente o desconforto do garoto, ela se pronunciou:


– Sim Malfoy, meu neto falava de você, de como você fazia questão de lembrá-lo a cada dia que seus pais eram vivos, enquanto os dele estavam mortos. De como você frisava a todo instante que sua família possuía muito mais ouro, de como a cicatriz dele não o fazia melhor do que ninguém, e outras coisas do tipo. Você ira perceber senhor Malfoy, que talvez eu seja um pouco mais difícil de impressionar ou intimidar. E se você voltar a me interromper enquanto falo, será a ultima coisa que vai fazer como jogador de quadribol, pois eu juro que passo-lhe uma detenção para cada dia de jogo de sua casa. Compreendeu?


Draco, que era pálido por natureza, estava agora mais branco que um fantasma. Apenas acenou positivamente com a cabeça.


– Então, como não estava avisado, desta vez você perderá apenas dez pontos para a Sonserina, por conta da intromissão.


– Como eu dizia, - voltou à aula - este ano iremos rever o tópico contra-azaração e começaremos a estudar as maldições. Agora, deixem-me ver... – ela correu os olhos pela lista de chamada, escolhendo um nome ao acaso -  Quem é Simas Finnegan?


– Sou eu professora. – prontificou-se com entusiasmo o garoto


– Estupefaça.


O feitiço atingiu o menino bem no meio do rosto, com tanta força que Simas deu uma volta completa em torno de si mesmo antes de despencar em cima dos livros.


– Isso senhores, é chamado de “Estuporar” o adversário. Que houve Srta...?


– Granger, Hermione Granger. – Hermione olhava horrorizada para o corpo caído de Simas.


– O que houve Srta. Granger? O meu método de ensino a deixa chocada?


– A sra. não deu nem um aviso a ele sobre o que pretendia fazer.


– E a Srta. acha, que se eu fosse um comensal da morte, teria pedido licença para estuporá-lo antes? Menos dez pontos para a Grifinória pela falta de perspicácia.


O fato de ter perdido pontos e ser acusada de falar bobagens numa aula, pareceu deixar Hermione ainda mais escandalizada do que o tratamento dispensado a Finnegan.


– Mas professora, nós nem sabemos fazer uma magia escudo ainda.


– Então está na hora de aprenderem, não é verdade Srta? Reúnam-se em pares e treinem alternadamente. Um de vocês tente o feitiço “Estupefaça” o outro gire a varinha assim e diga bem claro, “Protego”. Deixem-me demonstrar. – ela voltou a lista de chamadas, escolhendo outro nome - Ronald Weasley!


Rony Tremia da cabeça aos pés quando se levantou:


– Sou eu Pro-professora


– Não tenha medo menino, venha cá, venha cá. Agora preste atenção. Aponte-me sua varinha, gire o pulso e diga: “Estupefaça”. Eu levantarei um feitiço escudo para me proteger, não tenha receio de me machucar.


Rony olhou para a turma, engoliu em seco. E sem muita convicção, fez o que lhe fora mandado fazer:


– Estupefaça. – Um luz tênue saiu da ponta de sua varinha em direção a profa.


– Protego.


Rony estava tão radiante de ter conseguido algum resultado na primeira tentativa, que nem teve consciência do raio vermelho que o atingiu.


– Estupefaça. – a velha senhora tinha uma agilidade que não condizia com sua idade aparente. – O que foi dessa vez Srta. Granger? Eu não disse nada sobre não contra-atacar. É de se supor que num duelo o adversário revide seus ataques.


 


 


Com o decorrer das primeiras semanas, as aulas de defesa, passaram a ser as mais aguardadas e temidas ao mesmo tempo. Ninguém negava que estavam aprendendo muito mais magias defensivas, mas era quase uma questão de vida ou morte, pois ou aprendiam a se defender ou eram trucidados durante as aulas. Rony e Harry reclamavam numa manhã, durante o café, da aula que tinham tido no dia anterior:


– Eu só consegui despregar minha língua na hora do jantar. – dizia Rony – Deve ser ilegal isso que ela está fazendo, TEM de ser ilegal.


Hermione, que desde a primeira aula, vinha se mantendo afastada o máximo possível da professora, disse baixinho:


– Ela é louca.


– De quem vocês estão falando? – entraram na conversa Fred e Jorge – da “Mangusta Longbottom”?


– Se você suspeita que ela seja louca, - disse Fred - nós temos certeza. Hoje de manhã ela soltou um trasgo montanhês em cima de nós.


– Ouvimos dizer – continuou Jorge – que Dumbledore ficou fulo da vida com ela. O que é uma pena, foi realmente divertido lidar com aquele trasgo.


– Vocês também são doidos. – contrapôs Hermione irritada – Algum aluno poderia ser morto nessa insensatez.


– Ah! Qualé Mione, - defendeu Jorge – Você tem de admitir que aprendeu muito mais com ela em duas semanas do que, em dois anos com Quirrell e Lockhart.


– E além do mais – completou Fred - conhecemos você, e sabemos que acima de tudo, gosta de aprender.


– Certo, - concordou a menina contrafeita – Mas deve existir outros métodos de ensino. Eu nunca vi a Profa. McGonagall estuporar ninguém na sala de aula.


Naquela tarde, ao entrarem na temida sala de aula, a história do trasgo já era do conhecimento de todos. Os alunos espiavam por cima dos ombros apavorados, como se esperassem que um trasgo adulto pudesse pular de repente sobre eles.


– Boa tarde senhores. – cumprimentou-os ao entrar em sua sala – Hoje veremos a azaração do corpo preso. Para isso eu trouxe um voluntário.


A classe toda se encolheu.


– Esse, vocês devem conhecer, é Argo Filch, e irá nos ajudar hoje.


O famigerado zelador parecia meio assustado:


– Eu realmente acho que não será uma boa idéia professora.


– Cale-se homem, tivesse pensado nisso antes de ir dizer a Dumbledore que eu estava estuporando os alunos em minhas aulas. Agora estou proibida disso, mas a proibição não fala nada sobre você.


– Mas professora, eu só estava congratulando a senhora, - Filch agora estava claramente entrando em pânico – Disse a ele que a senhora sabia como tratar os alunos, que era a melhor professora que ele já havia arranjado para a escola.


– O Feitiço do corpo preso é: Petrificus Totalis – Longbottom explicou para a classe – Vamos tentar. Agora corra homem, não posso demonstrar nada se você ficar aí parado.


– Devo insistir que isso não é necessário.


Com um piparote de sua varinha, a bruxa fez pipocar pequenas explosões entre os pés do zelador:


– Corra eu disse, vamos, vamos. – sem alternativa, Filch tentou uma corrida rápida em direção a porta, mas foi pego antes de dar meia dúzia de passos - Petrificus Totalis.



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Autor(a): Gelmo

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • e7potter Postado em 02/05/2015 - 23:20:19

    pfv continua, tá otima sua fanfic.


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